Review: Samba de Amigo Party Central é pura dança e diversão!

Em 1999, uma ousada empreitada chamada Samba de Amigo chegou aos fliperamas e, pouco depois, em 2000, ao Dreamcast. Descontraído, o game em clima de folia colocava o jogador para sacudir maracas no ritmo de músicas famosas.

Era uma boa fórmula e, sem surpresas, mesmo em 2023 ela ainda funciona muito bem! Até porque Shun Nakamura, diretor do primeiro jogo, retomou o cargo para esse aguardado revival, e o cara entende muito bem do gingado.

Samba de Amigo Party Central é puro suingue

Quem jogou a não-tão-boa-assim versão de Nintendo Wii deve lembrar de como os movimentos do Wiimote não eram lá muito precisos, e de como isso atrapalhava bastante o seu desempenho e pontuação, tornando a experiência um pouco frustrante.

Felizmente, os avanços da tecnologia nesse meio tempo permitiram que os Joycons do Switch se saíssem muito melhor, e inclusive os considero uma opção bem melhor do que usar os analógicos do Pro Controller, também compatíveis, mas um tanto instáveis.

Só prepare-se para suar bastante, já que além de sacudir os controles, volta e meia as músicas são entrecortadas por “minigames” de fazer poses, copiar danças, e até fingir correr sem sair do lugar, o que garante muitas risadas e alegrias se tiver mais gente por perto.

Imagem: Thomas Schulze / SEGA

Novas formas de se divertir

Naturalmente, além de poder jogar qualquer música em poucos cliques de forma bem direta e objetiva a partir do menu principal, Samba de Amigo Party Central também traz alguns modos mais parrudos, como o World Party e StreamiGO!.

O primeiro me lembrou bastante a ideia de F-Zero 99, Tetris 99 e cia., já que 20 pessoas jogam a mesma música simultaneamente e, a cada uma das três rodadas, só os melhores vão avançando. É divertido e caótico, já que você ainda pode usar itens para sabotar os rivais.

Já o StreamiGO! é quase como uma pequena campanha, já que você precisa passar por dezenas de fases com desafios pré-determinados e condições específicas, o que garante um bom frescor à fórmula.

Imagem: Thomas Schulze / SEGA

Quanto mais você joga, mais libera dinheiro da moeda corrente do game, e ela pode ser usada para comprar uma miríade de cosméticos que ajudam a deixar o protagonista com a sua cara, o que é bem gratificante.

A seleção musical também ficou boa, no geral, mas peca pela falta de… bom, samba, justamente o gênero que dá nome ao jogo. Estranho, né? Mas não faltam hits muito conhecidos pelos fãs da franquia.

A seleção de músicas da versão base inclui pedradas como I Will Survive, I Love It, Azukita, Macarena, La Bamba e até Escape from the City, a icônica canção imortalizada em Sonic Adventure 2!

Imagem: Thomas Schulze / SEGA

Para quem não tem medo de ser feliz

Existem dois tipos de pessoas no mundo. As que vão achar simplesmente maravilhosa a ideia de, em pleno 2023, gastar horas decorando os movimentos de The Cup of Life, a música tema da Copa do Mundo de 1998, em busca da perfeição.

E existem aquelas que acharão isso uma baboseira sem tamanho, uma ideia datada e estapafúrdia. Naturalmente, esse grupo deve ficar bem, bem longe de Samba de Amigo Party Central, porque praticamente nada do seu conteúdo tem chance de ressoar com eles.

Já a turma da zoeira e mais aberta ao lado lúdico dos videogames provavelmente vai adorar desbravar a eclética seleção musical do game, que mistura algumas canções clássicas queridinhas dos fãs com novidades ousadas e divertidas.

Imagem: Thomas Schulze / SEGA

A SEGA lançará oito pacotes de conteúdo adicional ao longo de 2023, e nós já testamos até um que inclui uma trinca de hinos do K-Pop. Quem poderia imaginar que o gênero sensação do momento combinaria tão bem com o tradicional instrumento musical indígena?

É essa loucura que sempre deu graça a Samba de Amigo, e se você é fã da série como eu, provavelmente vale bastante a pena ficar de olho no novo game!