Bloody Ties, DLC de Dying Light 2, traz breve tempero Mad Max à jornada
Arena de matança tem boas inspirações pós-apocalípticas, mas presença passageira
antendo a promessa de longevidade de Dying Light 2, a Techland lançou, em novembro de 2022, a expansão Bloody Ties, primeiro conteúdo adicional que traz novo enredo da aventura. E o juramento do estúdio polonês, na verdade, vai além disso: a ideia é ter um ciclo de pelo menos “cinco anos de total suporte”, garantiu Tymon Smektala, diretor da franquia, em entrevista ao Flow Games.
Bloody Ties é o primeiro DLC de história do game. Nele, os jogadores poderão visitar o Carnage Hall, uma casa de ópera antiga que foi transformada em arena de batalhas, ao sabor sádico de Mad Max, em pleno apocalipse. Esse encontro não só tem ares sadomasoquistas como também apresenta uma nova área, novos personagens e uma leva inédita de missões que envolvem narrativa sobre poder e vingança.
Bloody Ties: laços sangrentos
Em sua nova jornada, o jogador vai conhecer um vasto elenco de novos personagens que, atordoados com o pós-mundo normal, trazem personalidades e relações complicadas que mexem com tudo ao seu redor.
Para não dar spoilers, o resumo é basicamente esse: Aiden, o protagonista, descobre que existe um torneio acontecendo numa região próxima de onde vive. O explorador resolve ir até o local e assim descobre a história de pessoas como Astrid (showrunner do Carnage Hall), Ciro (jovem lutador entusiasta) e Skullface (campeão brutal da arena).
Os laços sangrentos que intitulam a expansão começam daí. O Carnage Hall é, em suma, a casa de todos os tipos de conflitos. Em um momento, você se verá participando de uma briga relativamente pequena para conseguir chegar ao Spectacle. São performances de lutas inimagináveis, em que você não só terá de esmagar os infectados e outros participantes como também realizar tarefas para animar a plateia e contar a história de forma apropriada. “Pense nisso como uma peça de teatro sanguinária”, descreve a própria Techland.
Esse tempero Mad Max definitivamente é a melhor parte da expansão, embora não necessariamente se traduza em missões criativas ou tão diferentes do que você já fez antes na aventura.
Estrutura conhecida
Se por um lado você conhece um vasto elenco novo, por outro a estrutura se apresenta da mesma forma que as atividades secundárias do jogo base e não oferece atrativos que necessariamente atraiam outras audiências à aventura.
Você corre, pula, rola, saqueia e esmaga infectados em missões de vai e vem que têm a mesma roupagem, só que ambientadas num outro contexto de história, que parte do pressuposto absoluto de um conhecimento prévio do jogador, sendo muito mais convidativo a esse público retornante do que a novos ingressantes.
Isso deixa aquela incomodativa impressão de que a expansão poderia ter ido muito além do que vai, potencialmente tirando o brilho de algo que só ganhou um rápido verniz – literalmente rápido, pois o conteúdo pode ser brevemente desbravado.
Equipamento à altura da loucura
O aspecto “loucura” acaba sendo o grande diferencial de Bloody Ties. Em um lugar como esse, armas afiadas e equipamentos robustos não são exatamente sinônimos de sobrevivência. Elas também são importantes símbolos de status; imagine um coliseu de gladiadores, bem como ilustra o filme de 2000 protagonizado por Russell Crowe, em que a plateia busca entretenimento na violência.
Aqui, por exemplo, você tem o magnífico Carnage Manica, um escudo especial capaz de suportar ataques pesados. Entre os inimigos, o selvagem Gorilla Demolisher, o perigoso Cataclysm e o arremessador de coquetel Molotov Grenadier trazem o semblante necessário para o termômetro lunático desse sádico torneio.
Até mesmo um cover da eterna canção Born To Be Wild, feito em colaboração com a Massive Music, está presente no trailer de lançamento para dar o tom dessa briga de gente grande.
Bloody Ties poderia ter ido além em seu potencial? Até por também ter sofrido adiamento de data? Poderia. Mas se é sadismo apocalíptico com terror que você busca, a resposta pode atender aos sadomasoquistas de plantão.
A expansão está disponível para PS5, Xbox Series X|S, PS4, Xbox One e PC. Para jogar, é necessário ter o jogo base de Dying Light 2 instalado.
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