Bots da Condenação: como foi a volta do modo PvE do LoL

O Flow Games teve a oportunidade de entrevistar Tim Stobo, líder de design de modos de jogo do League of Legends, para entender um pouco mais como foi trazer o Bots da Condenção de volta. Confira!

Como foi trazer de volta os Bots da Condenação

Modos PvE costumam demorar bastante para aparecer em League of Legends. Eles são mais difíceis de criar do que modos PvP como URF, Arena e outros?

Eu não diria que o desenvolvimento deles é mais fácil ou mais difícil, mas com certeza exige um conjunto de habilidades bem diferente. Em algo como o URF, a gente pode se apoiar bastante nos sistemas já existentes do League of Legends. Dar aceleração de habilidade para todo mundo já muda o jogo imediatamente. A partir daí, estamos procurando exageros ou bugs que não se encaixam nesse sistema, e começamos a balancear. Isso consome bastante tempo de design, mas pode exigir menos trabalho de outras áreas.

Já os modos PvE precisam de conteúdo — algo que fica bem claro no Bots da Condenação. Primeiro de tudo: a gente precisou de uma equipe para desenvolver a IA dos bots, e foi graças ao time que atualizou nossa IA no ano passado que tudo isso foi possível.

Também é necessário arte para as habilidades aprimoradas dos Bots da Condenação, design para criar habilidades personalizadas e áudio para os sons das habilidades. É só então que conseguimos começar o processo de testes e balanceamento — o mesmo tipo de processo que um modo como o URF também passa.

Agora, se você considerar todo o trabalho necessário para cada sistema novo que adicionamos ao Bots da Condenação — as Maldições, as Missões e o próprio Veigar — dá para ver que muitas disciplinas contribuíram com um trabalho incrível para tornar o modo possível. Mais difícil? Nem sempre. Mais complexo? Com certeza!

Veigar substitui o Teemo desta vez. Ele sempre foi a primeira escolha? Vocês consideraram outro campeão?

Inicialmente, falamos sobre trazer o Teemo de volta como antes, mas queríamos explorar algo mais no estilo Raid Boss para a luta final — e o Teemo não se encaixava tão bem nesse arquétipo. O Veigar foi a primeira alternativa que testamos e, do ponto de vista temático, ele foi a escolha perfeita para mim, sem dúvidas. Ele é tão diabólico e malignamente caricato que foi muito fácil fazer tudo no Bots da Condenação combinar com a personalidade dele.

Imagem: Riot Games

Um dos designers até fez protótipos com o Shaco como chefe, e isso abriu várias oportunidades legais para jogadas furtivas e habilidades que bagunçam a cabeça dos jogadores. No fim das contas, sentimos que o Veigar era a melhor escolha para o modo como um todo — então seguimos com ele. Quem sabe exploraremos outras opções no futuro!

Alguma ideia foi descartada para o Bots da Condenação?

Nós realizamos muitos brainstormings sobre os Bots da Condenação e suas possíveis habilidades. Por exemplo, chegamos a pensar em uma Naafiri versão “101 Dálmatas”, mas quando a equipe de engenharia ouviu essa ideia, eles educadamente pediram para gente não derreter os servidores, então… nem chegamos a testar a ideia.

Também cogitamos uma dupla formada por Yasuo e Yone como Bots da Condenação, que só entraria em ação depois de 10 mortes, ou ainda um Karthus Bot da Condenação, onde os outros bots pediriam educadamente: “Querido Karthus, use sua ultimate!”

Alguns bots chegaram a ser criados, como a Annie, mas sentimos que ela não era tão legal quanto outras ideias que estávamos desenvolvendo. Outros, como o Talon, acabaram sendo assustadores demais. Se você já acha que os bots matam rápido agora, imagina um assassino com habilidades e status super turbinados!

Com outros jogos e novos MOBAs disputando a atenção dos jogadores, esses modos alternativos poderiam ganhar mais visibilidade no League of Legends ou até se tornar permanentes? Vocês já consideraram tornar esse modo permanente?

No fim das contas, isso depende de como os jogadores reagem aos modos! O Bots da Condenação está de volta porque os jogadores pediram.

Para explicar um pouco sobre como pensamos os modos de jogo, nem todo modo é feito para ser permanente. Pra gente, é importante encontrar o equilíbrio certo entre algo que tenha fator replay, ou seja, que os jogadores queiram voltar a jogar com frequência, com ajustes e balanceamentos ao longo do tempo, e, por outro lado, experiências que funcionam mais como um “respiro” dentro do LoL: modos criativos, diferentes e divertidos, que trazem um ar fresco para o jogo.

Imagem: Riot Games

O League é um ecossistema em constante crescimento, e estamos sempre abertos a testar novas ideias e ver como os jogadores respondem. O que podemos garantir é que vamos continuar experimentando muita coisa — tanto ideias novas quanto modos antigos — e esperamos que os jogadores continuem voltando para ver o que estamos preparando para os próximos patches!

Então, resumindo: no caso do Bots da Condenação, vamos decidir o futuro dele com base no desempenho enquanto estiver ativo no jogo.

Qual é a principal diferença entre o Bots da Condenação de 2016 e o de 2025?

Na verdade, são três grandes mudanças. A primeira é a IA atualizada que controla todos os Bots da Condenação. Todas as coisas legais que os bots conseguem fazer agora só são possíveis por causa dessas melhorias!

A segunda grande mudança é o próprio Doom-Boss: o Veigar. Nossa intenção foi criar uma experiência deliberadamente diferente e mais desafiadora, que exigisse trabalho em equipe e coordenação — ainda mais do que a luta contra o Teemo na versão antiga do Bots da Condenação.

Imagem: Riot Games

Também fizemos alguns ajustes no Veigar para que ele tenha um comportamento um pouco diferente nos Trials of Doom, que mudam a cada patch enquanto o modo estiver disponível — então vale a pena enfrentá-lo mais de uma vez!

E por fim, os Trials of Doom em si trazem eventos por tempo limitado que oferecem desafios e níveis de dificuldade específicos. Eles são a terceira grande mudança!

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