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Dying Light The Beast: como está a parte técnica no PC?

O Flow Games testou o Dying Light The Beast no PC e se surpreendeu com sua performance. Confira como está sua parte técnica!

02.10.2025 às 14:52

O Dying Light The Beast foi lançado recentemente e os jogadores já estão dilacerando os zumbis de formas variadas. A história do jogo também tem agradado, mas como está a sua performance no PC?

Por ser um mundo de jogo aberto e com bastante, muita gente pode estar apostando que Dying Light The Beast está pesado, mas esse não parece ser bem o seu caso pelos testes que realizamos após a chegada do hotfix 1.2.3. Confira!

Dying Light The Beast dá show em opções de configuração

Para começar, a parte boa de Dying Light The Beast é que ele traz praticamente todos os recursos que você imagina para melhorar o seu desempenho com técnicas de upscaling. Ele tem suporte para DLSS 3, DLSS 4, AMD FSR 3, AMD FSR 4 e até ao Intel XeSS.

Além de todos esses modos com geração de quadros, o Dying Light The Beast também traz o TAAU como uma técnica de upscaling mais rudimentar. O TAAU até traz uma performance aceitável, mas assim como no FSR, é possível ver elementos do jogo com menos definição quando a comparamos, por exemplo, com o DLSS em ação (clique na imagem para ampliar).

Dying Light The Beast - FSR vs TAAU vs XeSS vs DLSS

Imagem: Flow Games

Para as placas de vídeo da série RTX 50, da NVIDIA, o Dying Light The Beast ainda traz o suporte a múltipla geração de quadros, que pode ser utilizada em até 4X em conjunto com o DLSS 4.

Apesar de trazer esse ótimo suporte para a geração de quadros, o jogo roda bem na resolução Full HD e até mesmo em 1440p na maioria das configurações sugeridas pelos seus requisitos. Nos nossos testes, que incluem até um portátil, o desempenho foi bem satisfatório.

Já como mostra Daniel Owen, mesmo em processadores com 6 núcleos, caso do Ryzen 5 5600X, é possível alcançar taxas acima dos 100 FPS com o upscale no modo performance em conjunto com uma boa placa de vídeo.

Dying Light The Beast traz quatro presets no PC, sendo estes: muito baixo, baixo, médio e alto. Ao rodá-lo no Steam Deck, um modo de desempenho também é liberado com valores que mesclam opções entre o baixo e médio, exceção feita às texturas.

Nas opções gráficas é possível alterar qualidade das texturas, reflexos, modo de renderização, aberração cromática e muitos outros itens. No entanto, algo em que o jogo peca é que ao alternar entre os presets médio e baixo, a sua performance não vê tanta diferença quanto ao mudar do alto para médio, um mal indicativo para PCs mais fracos.

Dying Light The Beast - opções avançadas

Imagem: Flow Games

Um recurso que faz falta no menu de Dying Light: The Beast é um indicador de consumo de VRAM por configuração gráfica, algo que facilitaria o ajuste fino em sistemas com memória de vídeo mais limitada.

Por outro lado, a Techland implementou um limitador de FPS bastante eficiente, que permite selecionar a taxa de quadros de forma granular, quadro a quadro, em vez de restringir o jogador a valores fixos como 30 ou 60 FPS. Essa flexibilidade é especialmente útil em cenários específicos, como no uso em portáteis, que será abordado mais adiante.

Dying Light The Beast - limitador FPS (2)

Imagem: Flow Games

Para o lado negativo dos aficionados por gráficos melhores, o título foi lançado para PCs sem suporte ao Ray Tracing, mas que deve ser implementado no futuro. A Techland explica que tomou esta decisão com a justificativa de lançar o jogo com a melhor performance possível enquanto finaliza otimizações de última hora.

E como é de praxe, Dying Light The Beast também faz uma compilação de shaders antes de rodar. A boa notícia é que o processo é feito de forma rápida em seu menu, mas em algumas áreas do jogo é notório que o processo também ocorre de forma mais invisível, impactando a performance em alguns momentos bem ocasionais.

Dying Light The Beast está bonito, mas poderia estar melhor

Desenvolvido com a C-Engine (engine proprietária), Dying Light The Beast até é um jogo bonito, mas fica um pouco atrás de outros títulos recentes. Mesmo com todas as configurações gráficas no máximo, alguns elementos ficam borrados e as suas texturas não são das mais belas, sendo possível notar efeitos de pop-in, como pequenos arbustos surgindo do nada ao correr por seu mundo.

O fato de ele ter sido lançado sem Ray Tracing também faz com que os efeitos de iluminações pareçam um tanto quanto superficiais. Os modelos dos personagens não são tão realistas e parecem ter evoluído pouco em relação ao que foi visto nos outros jogos da franquia.

Dying Light The Beast - iluminação

Imagem: Flow Games

Mais um ponto que parece ter sido herdado de seus antecessores são os objetos, que na maior parte do tempo são estáticos. Até é possível ver alguns elementos do cenário sendo destruídos, mas a maior parte deles não esboça qualquer reação com as interações de Kyle Crane.

Mesmo com todos esses pontos, Dying Light The Beast ainda consegue ser um jogo bonito com os seus cenários na floresta e na cidade. A situação muda um pouco quando entramos em casas ou edifícios, que parecem destoar do resto do mundo.

Dying Light The Beast - ambiente interno

Imagem: Flow Games

Se por um lado a parte gráfica não impressiona, o Dying Light The Beast mostra que consegue rodar sem a ajuda das tecnologias de upscaling com uma boa taxa de quadros por segundo, desde que sua qualidade gráfica não esteja no máximo. Mas assim como outros títulos, ele fica melhor com o auxílio das tecnologias.

Como foi a performance com placas NVIDIA?

Em um PC equipado com processador AMD Ryzen 7 9800X3D, 32 GB de memória RAM DDR5 e placa de vídeo NVIDIA GeForce RTX 4070, Dying Light The Beast apresentou um ótimo desempenho em diferentes cenários.

Em 1080p com todas as configurações gráficas no alto e DLSS com resolução nativa (DLAA), a média registrada foi de 61 FPS. Ao mudar as configurações gráficas para o médio, a performance melhorou ainda mais e a média foi para 71 FPS.

Dying Light The Beast - DLAA Nativo 1080p

Imagem: Flow Games

Já em 1440p com a configurações gráficas no alto e DLSS na resolução nativa (DLAA), o Dying Light The Beast rodou com uma média de 59 FPS. Ao alterar o DLSS para o modo qualidade, a média saltou para 74 FPS e qualidade gráfica do jogo praticamente não foi alterada.

Dying Light The Beast - DLAA Nativo

Imagem: Flow Games

O melhor cenário possível para rodar o Dying Light The Beast, no entanto, foi ao ativar a geração de quadros do DLSS. Mantendo a configuração do upscale no modo qualidade, a média saltou para 134 FPS, sendo ainda um pouco maior em ambiente fechados.

Dying Light The Beast - DLSS Qualidade e Geração de quadros

Imagem: Flow Games

Vale lembrar que ao habilitar o DLSS e a geração de quadros, o NVIDIA Reflex é ativado automaticamente no Dying Light The Beast para diminuir o atraso nos comandos. Em nossos testes, no DLSS modo qualidade a latência média foi de 55 ms enquanto no modo desempenho foi de 43 ms. A latência com o modo Reflex ficou em um padrão bem aceitável não dando atrasos nos comandos nem mesmo ao utilizar o teclado e mouse para jogar.

Como foi a performance com placas AMD?

Em um PC com processador Intel Core i9-13900K, 32 GB de memória RAM DDR4 e placa de vídeo AMD Radeon RX 7700 XT, usando TAAU ou FSR no modo qualidade e resolução 1440p com as configurações gráficas no alto, a média ficou em 68 FPS.

Dying Light The Beast - AMD FSR ou TAAU

Imagem: Flow Games

Já com a geração de quadros do FSR 3 habilitada, a média com a AMD RX 7700 XT ficou em 120 FPS com o 1% low em torno dos 70 FPS, algo que poderia ser um pouco melhor. Dying Light The Beast também traz suporte ao AMD FSR 4, mas não pudemos realizar esse teste ao não estarmos com placas RDNA4.

Dying Light The Beast - AMD FSR e geração de quadros

Imagem: Flow Games

No caso das GPUs AMD, é importante destacar que, ao menos com o FSR 3, diversos elementos da imagem, principalmente a vegetação, tendem a ficar pixelizados. Por esse motivo, o uso de alternativas como o XeSS ou até mesmo o TAAU pode ser mais interessante para quem prioriza a qualidade visual.

Vale lembrar que, independentemente da técnica de upscale escolhida, a geração de quadros do FSR pode ser habilitada separadamente, permitindo combinações mais flexíveis entre desempenho e fidelidade gráfica.

Como foi a performance no Steam Deck?

No Steam Deck, o Dying Light The Beast se mostra pesado, mas ainda foi possível rodá-lo com uma boa taxa de FPS. No entanto, independentemente da configuração usada, notamos um pequeno atraso em seus comandos, mas que não chegavam a prejudicar sua jogabilidade.

Com o FSR, TAAU ou XeSS nas configurações padrões do modo desempenho, o Dying Light The Beast roda com uma média de 33 FPS no Steam Deck. O seu frametime, entretanto, não fica bom e isso é refletido na jogabilidade e uso da CPU chegava a subir para 60% em diversos momentos.

Dying Light The Beast - Steam Deck FSR

Imagem: Alvaro Neto/Flow Games

Já ao desabilitar o Vsync e limitar a taxa de quadros em 30 FPS, a experiência melhorou consideravelmente ao liberar um pouco de carga da CPU e o frametime ficou estável, mesmo nos momentos de ação ou com muitos zumbis na tela.

Outra configuração que apresenta bom desempenho é a combinação de qualquer técnica de upscale (TAAU, FSR ou XeSS) com a geração de quadros do FSR, limitando a taxa de quadros a 50 FPS. Com ela, o jogo fica consideravelmente mais fluido, embora ainda ocorra algum stuttering ocasional ao percorrer seu mundo.

Dying Light The Beast - Steam Deck FSR com geração de quadros

Imagem: Alvaro Neto/Flow Games

Conclusão

Em meio a uma safra de lançamentos marcados por sérios problemas de performance, Dying Light: The Beast se destaca ao entregar uma experiência técnica sólida. No geral, o título da Techland demonstra ser mais exigente da GPU do que da CPU.

Em nossos testes, mesmo com a resolução em 1080p para aumentar a carga sobre o processador, o uso da CPU se manteve em torno de apenas 30%. Vale destacar que os testes foram realizados com processadores de alto desempenho, como o Ryzen 7 9800X3D e o Intel Core i9-13900K.

Mesmo com cenários bonitos e um mundo grande para explorar, os gráficos dele podem não ser dos mais impressionantes. É notório que algumas texturas carecem de qualidade, assim como modelos dos personagens.

No PC, para obter a melhor qualidade gráfica possível, fica a recomendação de utilizar o DLSS. Apenas para parâmetros de comparação, confira logo abaixo (clique na imagem para ampliar) um comparativo entre o DLSS 3, FSR 3 e XeSS, que mostra principalmente como os objetos e alguns outros elementos ficam mais borrados ou serrilhados.

Dying Light The Beast - FSR vs TAAU vs XeSS vs DLSS (2)

Imagem: Flow Games

De forma geral, se você tiver uma CPU pelo menos razoável e uma GPU da série RTX 30 ou RX 7000, é possível rodar Dying Light The Beast entre 1080p e 1440p com médias acima do 60 FPS por segundo. Já com a geração de quadros, a situação ainda melhora e a Techland foi impecável em sua implementação.

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