Felix the Cat review
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Review: Felix The Cat é um resgate protocolar de jogos legaizinhos

Se você é uma das 5 pessoas que rezavam pela volta dos jogos de Felix The Cat, bom, as suas preces foram atendidas

01.04.2024 às 17:54

Imagem: Konami

Podemos até não ser muitos fãs, mas é justamente isso que torna essa conquista tão especial. Sabe-se lá como, alguém achou que valia a pena financiar e lançar um resgate dos jogos feitos originalmente pela Hudson Soft para Nintendinho (em 1992) e Game Boy (em 1993) para a atual geração de consoles.

Então cá estamos nós, com esses belos jogos prontamente disponíveis para teste no Nintendo Switch, PlayStation5 e PS4. Ok, poucas pessoas pediram por isso, mas quem pediu certamente está feliz da vida, já que o pacotinho foi disponibilizado de forma bem competente e honesta.

Felix The Cat está de volta!

Como você pode ver no meu vídeo de teste acima, não há muitas firulas para começar a jogar. Logo no menu inicial você recebe apenas três opções: jogar a versão original de NES, de Game Boy, ou então a jamais lançada versão para Famicom. E é isso.

Há filtros mínimos de opções de customização, como a possibilidade de cortar o flickering da versão para consoles de mesa, bem presente no Felix the Cat original, rodar em resolução nativa ou tela escalonada, aplicar um simples filtro CRT, e nada além disso.

Em termos de qualidade de vida, agora é possível rebobinar alguns segundos no tempo para desfazer os seus erros, ou então salvar o seu progresso e carregar a qualquer momento através de save states, uma adição muito bem-vinda e essencial hoje em dia.

Mas e os jogos, prestam?

Apesar de passarem longe de ser indispensáveis, os dois jogos do Felix the Cat fazem um trabalho decente ao replicar as principais convenções dos platformers de sua época e dar um pouco de tempero próprio.

Na maior parte do tempo você vai lidar com fases de scroll lateral da esquerda para a direita, de vez em nunca tendo que pilotar veículos em scroll automático enquanto desvia de obstáculos e acerta inimigos.

felix the cat

Imagem: Konami

Munido inicialmente apenas de sua tradicional maleta, que aqui desfere um socão com luva de boxe em curta distância, você pode pegar e acumular power-ups que tornam o herói mais forte. Isso engloba desde um truque de mágica que causa dano em toda a hit box ao seu redor até veículos como tanques e carrinhos que possuem disparos à distância.

O gameplay é justo na maior parte do tempo e o desafio de Felix the Cat não é lá dos mais altos, o que acaba sendo bom e ruim ao mesmo tempo. Bom porque evita irritações e injustiças, mas ruim porque na prática você vai sentar, zerar e platinar o game provavelmente em pouco menos de 2 horas.

Ou seja, nas palavras do nosso glorioso editor Bruno Micali, é uma garapinha, e não muito mais do que isso. Vale pela preservação histórica desses jogos que pareciam perdidos no tempo, mas não espere por nada além disso.

Felix the Cat review
7

Felix the Cat

Publisher: Konami

Desenvolvedora: Konami

Plataformas: PS5, PS4, Switch

Lançamento: 28/03/2024

Tempo de review: 2 horas

Felix The Cat entrega o pouco que promete: dois ports com melhorias pontuais dos jogos originais de NES e Game Boy. Nada mais, nada menos. E tudo bem.

Prós

  • O retorno improvável de dois jogos antigos
  • Adição de save states e poder de rebobinar
  • Poder ligar ou desligar flickering no NES
  • Platininha fácil para a coleção
  • Vale pela preservação histórica do material

Contras

  • A trilha sonora não envelheceu nada bem
  • Você vai ver todo o conteúdo em menos de 2 horas
  • Pacote simples demais para o preço cobrado
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