Jogamos: Phantom Blade Zero é ação de arrepiar
Com visível inspiração nos jogos da era PS2, Phantom Blade Zero é grande promessa de estúdio chinês
nunciado durante o PlayStation Showcase de 2023, Phantom Blade Zero chamou atenção por suas animações extremamente fluidas num combate “dançante”, em que o protagonista foge do estilo comum e realiza uma série de malabarismos para dar cabo dos inimigos.
O Flow Games teve a chance de testar uma promissora demonstração durante a Summer Game Fest 2024, com direito a 30 minutos de gameplay e 3 chefes escabrosos, que testaram o termômetro do “soulslike”.
Aliás, vamos tirar esse elefante branco da sala logo: Phantom Blade Zero pode ser rotulado com o selo da FromSoftware ou, na verdade, se aproxima de um estilo mais clássico de ação? Vejamos.
Phantom Blade Zero: ação do jeito tradicional
Separada em três partes, a demo testada foi objetiva, com pouca exploração e muito combate. A primeira notável observação se dá no mapeamento dos comandos: os botões de ataque estão alocados na parte de inferior do controle (DualSense em nosso teste), mais especificamente no quadrado e no triângulo, não na parte de cima, como geralmente ocorre nos jogos soulslike. Bem ao estilo PS1 e PS2, sabe?
Aliás, já fica aqui nossa percepção sobre isso: não diria que Phantom Blade Zero leva esse carimbo da FromSoftware, mas certamente aproveita alguns de seus elementos, especialmente no estudo que deve ser feito para criptografar o conjunto de movimentos de um chefe e no termômetro do desafio.
Pense em Phantom Blade Zero como algo mais próximo a um Shinobi ou Tenchu do que a desgastada menção aos soulslike
Lutar é uma dança agradável: mesclar os ataques com defesa e esquiva cria uma coreografia vistosa aos olhos e sem grandes dificuldades, bastando alternar os botões pressionados com o timing das ações. Seguindo uma sinalização existente em diversos games de ação, a investida de alguns oponentes emite um brilho para que você consiga defender ou desviar no momento certo.
Pense em Phantom Blade Zero como algo mais próximo a um Shinobi ou Tenchu do que a desgastada menção aos “soulslike”, mas, se você preferir assim, algo como Sekiro talvez se aproxime da rapidez em que o sarrafo come.
Show técnico
Após alguma familiaridade com os comandos, momentos furtivos e até ataques a distância, o primeiro chefe mostrou padrões fáceis de telegrafar, exigindo razoável talento dos reflexos do jogador. As animações são exuberantes e utilizam muito bem o cenário ao redor da luta, incluindo golpes que utilizam elementos do ambiente.
Já o segundo chefe esquentou a chapa, apresentando ataques de longa distância e sequências rápidas de socos e chutes. Usar a defesa “perfeita” desencadeia uma robusta animação, seguida de efeitos que colocam o hardware à prova.
O terceiro e último chefe foi o mais carrasco. Após quatro tentativas para decodificar seus movimentos, que envolviam investidas em área e um venenoso golpe a distância, o líder da fase (parecido com o Pyramid Head, aliás) pereceu.
Antes dele, a rápida exploração nos colocou em telhados e rochedos que contribuíram para a fluidez do combate, deixando a cargo do jogador a abordagem furtiva ou barulhenta – testamos as duas e ambas são satisfatórias.
Ajustes aqui e ali são necessários na janela de defesa/esquiva e na taxa de quadros por segundo, mas trata-se de apenas uma versão inicial de um produto em andamento. E não se anime muito com o lançamento: Phantom Blade Zero é coisa para daqui “dois ou três anos”, revelou o desenvolvedor que nos acompanhou na jogatina.
Aliás, o time que assina o game é de um estúdio chinês, o S-Game, que reforça a ascensão desse emergente mercado de videogames. É possível aguardar Phantom Blade Zero com bons olhos? Definitivamente sim.
Comentários
Quero saber se vai sair pra PC isso sim…