
Review: A alegria vai rolar em Once Upon a Katamari!
Confira a nossa análise completa do lançamento Once Upon a Katamari
Imagem: Bandai Namco
ra uma vez um camarada chamado Keita Takahashi. Graças à sua imaginação e criatividade, o mundo foi agraciado com o jogo Katamari Damacy em 2004. Desde a chegada do primeiro game, várias sequências foram lançadas, incluindo a mais recente de todas, o fresquinho Once Upon a Katamari.
A essa altura do campeonato, o criador e diretor já não faz mais parte da Namco, mas o seu legado segue vivo e forte no sétimo título da franquia. Afinal, os jogos de Katamari continuam tendo um loop de gameplay muito cativante e simples. Tão simples quanto rolar por aí…
Once Upon a Katamari é a sua dose diária de felicidade

Imagem: Bandai Namco
De certa forma, se você já jogou um jogo de Katamari, jogou todos, e essa máxima segue valendo em Once Upon A Katamari. Como de praxe, controlamos o pequenino e inocente Prince (e seus primos!) em missões para arrastar a bola que dá nome ao jogo dentro de um determinado limite de tempo.
Conforme a Katamari rola, ela vai grudando em qualquer objeto que seja menor do que ela e, com isso, a Katamari também cresce em tamanho. O objetivo, então, é sair procurando por objetos no cenário que podem te ajudar a crescer até alcançar novas áreas que antes eram instransponíveis. É um sisteminha de física muito gratificante e bem mais divertido na prática do que no papel, até mesmo pela skin caótica e lisérgica que cerca todo o gameplay — ainda que certos níveis sofram com eventuais problemas de câmera aqui e ali.
Graças ao senso de humor que permeia cada cantinho do jogo, seja nos diálogos inusitados ou nas interações com objetos malucos, é bem provável que você se pegue sorrindo sem parar durante o gameplay. Isso acontece em todos os jogos principais da série e também por aqui, em Once Upon a Katamari. Ou seja, espere por uma experiência bastante familiar.
E o que tem de novo em Once Upon a Katamari?
Se desconsiderarmos spin-offs, remakes, ports e remasterizações, a gente não tinha um Katamari principal inédito desde 2011, com Touch My Katamari, então já passou bastante tempo e certamente muita coisa mudou desde então, certo? Bom, sim e não.
Novamente a história mostra o pai do Prince, o King of All Cosmos (infelizmente, o jogo não tem tradução em português para todos curtirem o seu maravilhoso senso de humor) fazendo trapalhadas e, no processo, deletando a Terra ao arremessar um pergaminho mágico de forma irresponsável.
Isso é a parte familiar. A novidade aqui é que será preciso viajar no tempo para salvar o planeta, revisitando desde o Japão Feudal e Velho Oeste americano até o tempo dos dinossauros, com cada área tendo o seu próprio mapinha de overworld temático e múltiplos níveis associados.
Ao entrar nas fases, você logo vai notar que agora temos um sistema de itens que podem ser rolados também e usados como power-ups, como imãs para atrair objetos mais distantes, e até a capacidade de manipular o tempo. Além deles, agora você tem ainda mais colecionáveis para caçar, como as 3 coroas escondidas em cada nível, ou os King Tokens que são obtidos ao passar de fase, e posteriormente negociados em troca de itens cosméticos. Isso serve para aumentar bastante o fator replay e fazer valer o seu rico dinheirinho investido na compra do game.
Mais primos, músicas e coisas para fazer… talvez até demais?
Assim como a Katamari cresce rolando através das fases, a quantidade de conteúdo disponível em Once Upon a Katamari também cresceu, incluindo a adição de fases de Katamari Ball, um novo “esporte” em que você compete contra outras Katamari para ver quem rola mais pontos.
Para quem gosta do visual e estilo dos amiguinhos do Prince, boas novas: agora temos 11 novos designs de primos inéditos para conhecer e controlar (além do retorno de todos os velhos primos). Como se isso não bastasse, também passou a ser possível criar o seu próprio primo do zero!
Construindo o personagem componente a componente, você escolhe o seu tipo de corpo e cabeça, e então pode recolorir tudo e encher a criaturinha de acessórios. Com um pouco de dedicação, certamente você vai conseguir criar um primo do seu jeito e bolar personagens até mais legais que os do próprio jogo.
Além disso, temos a adição de 14 músicas inéditas, boa parte delas muito boas e no alto nível do padrão de excelência esperados de um bom Katamari, mas também há outras tantas ficando um pouquinho abaixo. Pelo menos você pode customizar a playlist, inclusive apostando em hits do passado da franquia, e jogar ao som do que quiser.
Assim fica ainda mais legal revisitar as fases em busca da melhor pontuação. Aliás, dessa vez o sistema de progressão ficou mais claro, e você tem uma série de requisitos de pontos entre fazer o mínimo para passar de fase e alcançar o desempenho nível S, com as metas sendo mostradas em tempo real na tela, o que é uma mão na roda. Parece bom demais para ser verdade? O pior é que talvez seja, porque esse excesso tirou um pouco do equilíbrio que eu esperava de Katamari.
Vale a pena jogar Once Upon a Katamari?
No papel, Once Upon a Katamari tem todos os ingredientes e elementos certos. Não só isso, ele tem até uma fartura deles, entregando tudo o que um fã poderia sonhar e muito mais. Estranhamente, mesmo assim, eu o colocaria entre a metade mais fraca dos jogos da franquia, e não na mais forte.
É tudo sobre equilíbrio. Ao invés de apostar em ter fases memoráveis, Once Upon A Katamari aposta na quantidade. Ao invés de ter poucas frases marcantes e hilárias (quem não lembra do Rei falando “BA-NA-NA” do nada?), agora temos o jogo com mais texto e cenas em toda a franquia. Ficou um pouquinho demais.
Foi uma decisão bem acertada manter o estilo e direção de arte coerentes com o visual do PS1, e aproveitar o poderio dos hardwares mais modernos para aumentar a quantidade de objetos na tela e garantir fluidez de movimentos. Mas eu sinto que o time de Once Upon a Katamari não teve a mesma sabedoria na hora de equilibrar o conteúdo.
Parece esquisito argumentar isso, e talvez seja mesmo, mas acredito que muitas vezes, na arte, menos é mais. Ao lotar Once Upon a Katamari de conteúdo e coisas para fazer, ficou mais difícil encontrar e valorizar os momentos verdadeiramente marcantes, e até a natureza relaxante do game foi um pouco afetada.
Ainda vale muito a pena jogar, e a franquia segue encantadora e viciante. Todo fã deveria jogar mas, para os novatos, talvez revisitar o primeiro Katamari Damacy seja uma porta de entrada mais recomendada para entender o que exatamente torna o gameplay da série tão especial.
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Once Upon A Katamari
Publisher: Bandai Namco
Desenvolvedora: RENGAME
Plataformas: PC, Nintendo Switch, PS5, Xbox Series X/S
Lançamento: 24/10/2025
Tempo de review: 13 horas
Once Upon A Katamari traz tudo que um fã da série poderia querer, mas não é tão redondinho quanto os melhores momentos da franquia. Ainda assim é ótimo matar as saudades do Prince.
Prós
- Cheio de conteúdo e coisas para fazer
- O loop de gameplay segue único e viciante
- Possibilidade de criar e customizar primos
- Músicas novas e clássicas dividem espaço bem
- Katamari Ball foi uma boa adição
Contras
- Excesso de conteúdo reduz o impacto e carisma
- Algumas fases são pouco memoráveis
- Um pouquinho de textos demais
- Sem localização em português
- Ocasionais problemas com câmera











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