Review: Galaxy M35 traz autonomia de sobra
O Galaxy M35 5G traz uma ótima autonomia, mas comete deslizes em outros pontos. Confira o review!
Lançado em maio deste ano, o celular Galaxy M35, da Samsung, chegou para ser uma opção custo-benefício que entrega muita autonomia com um conjunto de hardware mais modesto.
O Flow Games recebeu uma unidade do Galaxy M35 para testes e conta o que achou do aparelho neste review. Confira!
Design e acabamento
Assim como outros celulares da linha M, o Galaxy M35 conta um visual mais simples e a maior parte do seu acabamento é feita em plástico. Mesmo assim, o aparelho não demonstra ser frágil e, diferentemente do que vimos em outros anos, a textura do aparelho não faz com que manchas de dedos fiquem evidentes.
Na parte traseira, as lentes são bem rentes ao corpo e seguem a mesma disposição que vemos em outros aparelhos da marca sul-coreana, como na linha S24. Pelo lado negativo, vale notar que o Galaxy M35 não conta com certificações, por exemplo, que o protegem a água e poeira.
Ainda em relação ao acabamento, o Galaxy M35 pesa aproximadamente 222 gramas, um peso que eu considero “no ponto”. Além dele não cansar a mão para segurar, as suas bordas levemente arredondas contribuem para ele não escorregar e ser utilizado com apenas uma mão.
Na parte de baixo, além da porta USB-C, estão presentes os seus alto-falantes estéreos. Já nas laterais, enquanto um lado traz os botões de volume e power, o outro traz a gaveta com o slot para cartões SIM e microSD.
Tela e som
O Galaxy M35 vem com uma tela Super AMOLED de 6,6 polegadas, que apresenta um bom nível de brilho. Ele não é o dos mais altos, mas funciona bem até em ambientes abertos. Já o diferencial para um celular mais de entrada consiste na sua taxa de atualização de até 120 Hz, que pode ser definida como adaptável para economizar bateria.
O único ponto negativo que tive em relação a tela foi a sua detecção automática do ambiente para ajustar o nível do brilho. Em diversas ocasiões, mesmo em um ambiente iluminado, a tela ficava com um nível baixo que chegava a incomodar em sua utilização.
Na questão sonora, o Galaxy M35 traz alto-falantes estéreos e até atinge um volume alto, mas a sua qualidade não é das melhores. Enquanto o som não com ruídos, ele não é tão cristalino como poderia e os agudos é que ficam em evidência.
De forma geral, a minha sugestão fica para usar um fone de ouvido na hora de escutar músicas e deixar o som do celular apenas para ver vídeos que não precisem de tanta qualidade nesse quesito.
Desempenho e autonomia
O Galaxy M35 é um celular de entrada e mais recomendado para atividades simples ou para quem precisa de muita autonomia. Antes de entrarmos nos detalhes do teste, vamos listar suas principais configurações:
- Processador Octa-core Exynos 1380
- GPU Mali-G68
- 8 GB de memória RAM
- Bateria de 6.000 mAh
Em meus testes, o Galaxy M35 se comportou bem para navegar na internet, escutar músicas, ver vídeos, utilizar mensageiros e outras atividades. Apesar de se comportar bem, eu não pude deixar de notar lentidões bem momentâneas, que talvez se intensifiquem com um uso do aparelho por mais tempo.
E como essas lentidões já surgiram, claro, eu não o recomendaria para atividades mais pesadas, como a edição de vídeos e afins.
Na hora de jogar, o Galaxy M35 também não se destaca, mas até que me surpreendeu. Os jogos mais simples rodaram sem nenhum tipo de problema ou lentidão.
Em casos mais específicos, como o de Diablo Immortal, eu consegui rodá-lo com tudo no máximo sem grandes lentidões. Apesar de ter feito isso, eu admito que o próprio jogo sugeriu não usar esta configuração no aparelho.
Já em jogos mais pesados, como em Wuthering Waves, a taxa média que obtive foi de 27 FPS. O título ficou jogável, mas alguns pequenos stutterings podiam ser notados. Algo a ser ressaltado aqui é que, independentemente de deixar o jogo no mínimo ou no máximo, a taxa de FPS não mudava, o que pode ser um sinal de má otimização do próprio jogo.
Para os mais interessados em números, no Geekbench 6, o Galaxy M35 atingiu 9.204 pontos em atividades Multi-Core e 993 pontos em atividades Single-Core. Em qualquer atividade, inclusive para jogar, um outro ponto positivo é que o celular pouco esquentou.
Um ponto em que o Galaxy M35 me surpreendeu foi em sua autonomia. Utilizando o celular para assistir vídeos e navegar, a sua carga desceu de 91% para 68% após três horas de uso.
Por outro lado, o tempo de carregamento do aparelho para uma carga completa com o seu carregador padrão foi de aproximadamente duas horas. Enquanto isso, em apenas 30 minutos, a sua carga foi de 0% para 25%. Esses números não impressionam, mas estão dentro da média, ainda mais levando em consideração que temos aqui uma bateria de 6.000 mAh.
Câmeras
O Galaly M35, assim como a maioria dos celulares da Samsung, conta com um sistema de cãmeras triplo para as fotos. Essas são suas principais especificações:
- Lente principal wide de 50 MP com abertura f/1.8
- Lente ultrawide de 8 MP com abertura f/2.2
- Lente macro de 5 MP com abertura f/2.4
A lente principal do Galaxy M35 consegue fazer registros com um bom nível de detalhes, mas a sua qualidade ainda deixa um pouco a desejar. Em algumas ocasiões, a iluminação fica errada e alguns elementos podem ficar escuros ou esbranquiçados demais.
A lente Ultrawide, por outro lado, até consegue registrar cores mais vivas e fiéis ao que vemos. Ainda assim, o problema com a iluminação também ocorre por aqui, mas fica menos visível e o resultado geral é melhor.
A lente macro até é capaz de tirar fotos com uma certa qualidade e sem muitos ruídos, mas o nível de detalhes acaba sendo baixo. Logo, você não consegue ver exatamente o que estaria em foco com boa nitidez. Nesse caso específico, eu não vejo muitos problemas, uma vez que é difícil encontrar aparelhos na mesma faixa de preço com uma lente macro entregando bons resultados.
Já uma câmera que surpreende de forma positiva é a para selfies. Aqui os registros oferecem cores mais vivas quando são feitos em ambientes iluminados. E, felizmente, a iluminação não sai de forma errônea, como na lente principal.
Software
Para a parte do software, o Galaxy M35 vem com o Android 14 e a interface da One UI 6.1. Uma parte interessante a ser notada, que mudou nos últimos anos, é que até celulares de entrada como este aqui passam a vir com o Samsung Knox Vault para proteger os dados.
A interface do Android é parecida com a que é vista no “sistema puro do Google”, mas a Samsung ainda deixa alguns aplicativos pré-instalados, como os da Microsoft, redes sociais e serviços de streaming. A parte positiva é que, pelo menos, a grande maioria desses apps podem ser removidos.
Um outro ponto em que a Samsung acerta no Galaxy M35 é no fato de garantir quatro anos de atualização para o sistema operacional e até cinco anos de atualizações de segurança.
Preço e disponibilidade
O Galaxy M35 foi lançado no mês de maio no Brasil com o preço sugerido de R$ 2.699, mas já pode ser encontrado em alguns revendedores com o valor em torno de R$ 1.400.
Galaxy M35 vale a pena?
O Galaxy M35 é um celular de entrada que traz um acabamento simples, sem proteções, mas que não deixa a desejar. A sua performance para tarefas está simplesmente na média, algumas lentidões até podem ser notadas, mas não é nada que comprometa enquanto jogos simples rodam bem.
Na parte das câmeras, por sua vez, o celular desaponta um pouco. Apesar das selfies sairem com uma certa qualidade, os erros que são vistos por conta da iluminação nos registros feitos com a lente principal prejudicam o resultado final.
Já o seu maior ponto positivo fica mesmo por sua autonomia gigantesca, que realmente deve ser um atrativo para muitas pessoas. Assim, o Galaxy M35 até pode ser uma opção de celular interessante, mas não pelo preço sugerido oficialmente.
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