Review: Galaxy Ring muda a forma de monitorar a saúde
O Galaxy Ring realmente facilita a forma de monitorar a saúde para criar hábitos melhores, mas pode não ser para todos
pós muito tempo em desenvolvimento e rumores, a Samsung lançou em 2024 o Galaxy Ring, seu primeiro anel inteligente. O wearable chegou prometendo uma nova forma de ajudar as pessoas a monitorarem a sua saúde com facilidade.
O Flow Games recebeu uma unidade do Galaxy Ring para testes e, após usá-lo bastante no dia a dia por algumas semanas, conta o que achou dele neste review. Confira!
Design e acabamento
Ao começar por sua embalagem, logo fica evidente que o Galaxy Ring é um produto premium. O anel vem dentro de um pequeno estojo, que na verdade é seu carregador e está dentro de um segundo estojo, sendo este similar aqueles em que joalherias entregam joias para seus clientes.
O anel fornecido pela Samsung para o Flow Games veio na cor preta, que possui um acabamento um pouco fosco. Em minha opinião pessoal, eu admito que a beleza do anel da Samsung não me saltou os olhos, mas é inegável que seu acabamento é de qualidade e realmente dá a sensação de resistência, uma vez que titânio é o seu principal material.
Já no dia a dia, o anel se mostrou bem confortável, mas eu devo fazer um alerta: ele é maior que um anel comum. Com isso, o Galaxy Ring, para algumas atividades, pode incomodar um pouco, lembrando que ele pode ser utilizado em qualquer dedo para seu monitoramento estar em ação.
Um ponto positivo a ser destacado também em relação ao seu material é que não vi qualquer sinal de riscos ou arranhões no Galaxy Ring. Ao apenas olhar para a cor fosca, uma impressão de que eles aparecerão até podem surgir, mas felizmente isso não foi o que aconteceu na prática.
Mais um destaque para o Galaxy Ring fica em relação a sua resistência a água de até 100 metros. Com isso, mesmo na hora de tomar banho ou dar um mergulho na piscina não é preciso retirar o wearable, que ainda seguirá realizando o monitoramento da saúde.
Diferentemente de um anel tradicional, como é possível notar nas fotos, o Galaxy Ring conta com alguns sensores, que não incomodam na hora de utilizá-lo, ou seja, não dá para senti-los. Apesar desse ponto positivo, existe um contra que deve ser dito.
Uma das principais funções do Galaxy Ring é o monitoramento do sono e esses sensores, assim como o de alguns relógios e pulseiras inteligentes, emitem uma luz verde. E seja por estar mais parado ou não, eu pude ver a luz do anel acendendo muitas vezes quando estava tentando dormir, algo que incomoda no escuro em um momento para relaxar.
De forma geral, mesmo com essas observações, o Galaxy Ring ainda se mostra um item elegante para utilizar no dia a dia. E o fato de contar com algumas proteções me ajudou bastante a não ficar preocupado em removê-lo antes de fazer algo.
Galaxy Ring monitora a saúde com qualidade
O principal uso do Galaxy Ring consiste em monitorar a saúde de quem está utilizando-o. Basicamente ele permite monitorar o sono, atividades físicas, ciclo menstrual, nível de stress e a frequência cardíaca.
Com todo o monitoramento sendo feito com a ajuda do aplicativo Galaxy Health, a começar pelas atividades físicas, o anel se saiu bem para medir distâncias percorridas e a quantidade de passos dados.
Para a questão de monitoramento do sono, mais uma vez, o Galaxy Ring se mostrou eficiente, ao menos em seus dados. Para começar a trazer relatórios, ele pede 7 dias de monitoramento, mas conseguiu detectar desde pequenos cochilos até sonos completos com informações detalhadas.
Apesar do ponto positivo acima, eu admito que gostaria de ver algo menos simples que a comparação com um animal no aplicativo, como o leão ao qual fui comparado. O meu ponto contra nessa questão é que a avaliação, pelo menos a princípio, pode parecer muito simples para um produto deste tipo.
Tirando a comparação de lado, o Galaxy Ring traz, sim, dados complexos referentes ao sono para mostrar se você ficou acordado em algum momento ou nos níveis REM, leve e profundo. Não somente isso, até mesmo o monitoramento da temperatura corporal é feito durante o sono.
É claro que por não ter tanto conhecimento da área da saúde para poder ler e identificar tudo o que aparece em seu relatório, a maioria dos itens ainda contam com explicações. Para o monitoramento do ronco funcionar, o celular deve ficar ligado ao lado da cabeceira, mas não consegui testar essa função.
A detecção do nível de estresse, por sua vez, não me pareceu tão precisa. Em todas as vezes que fiz a medição, que pode ser feita de forma manual através do aplicativo, ela apresentou nível baixo de stress como resultado, algo que realmente não sei se deveria sempre se apresentar da mesma forma.
Algo interessante a ser notado é que nem sempre o celular precisa estar ligado para que o Galaxy Ring faça o monitoramento. Na verdade, quando isso acontece, o anel guarda os dados para fazer a sincronia assim que voltar a ser pareado com o celular.
Quando combinados, todos esses dados formam um relatório mais completo para compor um resumo do dia com a sua pontuação de energia.
Além de mostrar dados da frequência cardíaca durante o sono e até da temperatura da pele, como mostra a imagem acima, as pontuações feitas em cada ponto, como hora de dormir e atividade do dia anterior, ajudam a identificar como melhorar seus hábitos de forma prática.
Bateria e autonomia
Em relação a autonomia, eu não tenho críticas para fazer ao Galaxy Ring. Assim como a Samsung divulga, o anel realmente pôde ser utilizado sem tirar do dedo, a não ser para um ou outro momento, por 7 dias.
Já uma recarga completa leva aproximadamente uma hora para ser realizada com o seu pequeno estojo. Então, ter que carregar um dispositivo apenas uma vez por semana para um monitoramento constante é algo realmente positivo a ser destacado.
Galaxy Ring funciona melhor com a Samsung
Um ponto importante a ser observado para quem tiver interesse no Galaxy Ring é que, como muitas marcas fazem, ele funciona melhor com a Samsung. Na prática, você até pode usá-lo com celulares de outras marcas, mas perde alguns recursos.
Alguns deles, inclusive, são bem importantes, como um que permite localizar o anel caso você tenha esquecido onde o deixou. Não apenas isso, alguns dados e a pontuação de energia mencionada anteriormente só fica disponível em aparelhos da Samsung.
E por alguma limitação estranho, mesmo utilizando um aparelho da Galaxy Z Fold5, modelo lançado ano passado pela sul-coreana, eu não tive acesso ao recurso de gestos do Galaxy Ring que permite, por exemplo, abrir a câmera do celular fazendo um gesto de pinça.
Preço e disponibilidade
O Galaxy Ring já se encontra disponível à venda no Brasil com três opções de cores (Titânio Preto, Titânio Prata e Titânio Dourado) com o preço sugerido de R$ 3.499 no site da Samsung.
Para identificar o tamanho correto do anel, o consumidor pode ir até uma loja física da Samsung ou obter um kit medidor, que é vendido separadamente por R$ 99.
Galaxy Ring vale a pena?
O Galaxy Ring é realmente um wearable diferente que muda a forma de monitorar a saúde para um jeito mais prático, mas é preciso lembrar que muitas dessas funções já podem ser realizadas com um relógio inteligente.
Apesar de deixar algumas funções restritas a aparelhos da Samsung, os relatórios gerados com os dados monitorados pelo Galaxy Ring são muito bem explicados e realmente ajudam a melhorar certos hábitos.
O seu preço é um pouco elevado e o seu uso talvez um pouco mais específico para pessoas que realmente querem monitorar a saúde em detalhes, mas o Galaxy Ring realmente inova na forma em que as pessoas podem facilitar a adoção de práticas para melhorar seus dias.
Galaxy Ring
Prós
- Acabamento resistente e com proteções
- Autonomia de praticamente 7 dias
- Monitoramento detalhado de alguns dados
Contras
- Funções restritas para aparelhos Samsung
- Anel um pouco grande
- Preço elevado
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