Review em progresso: STALKER 2 tem potencial, mas falta polimento
Nós já jogamos algumas dezenas de horas de STALKER 2 e você confere o review em progresso do game; veja!
alar de STALKER 2 talvez seja complicado. Justamente por isso, em vez de fazer um review convencional ou uma prévia, estamos soltando esse conteúdo como um review em progresso: você verá diversos aspectos do game por aqui, opiniões sobre sistemas, gráficos e tudo que pode esperar.
Entretanto, assim como o review é em progresso, STALKER 2 também meio que está em progresso. É difícil precisar quantas atualizações e builds diferentes jogamos nas últimas semanas, trazendo mudanças em diversos aspectos do game e, a cada momento, correções, bugs novos, problemas na progressão e muito mais.
Então, para ser honesto você, caro leitor, e até com o jogo final que será lançado ainda hoje, passaremos um pouco mais de tempo com o game antes de dar um veredito e cravar uma nota. Afinal, temos que ter um pouco de empatia com a GCS Game World, desenvolvedora de STALKER 2: o time passou por pandemia, guerra, escritório pegando fogo, ataques cibernéticos e muito mais.
A existência desse jogo em 2024 é um teste de resiliência, mas desde que o título foi adiado múltiplas vezes eu já esperava um lançamento conturbado. E, de fato, foi. Abaixo, você confere um pouco dos méritos do game, os problemas que encontramos e um pouquinho do que esperar. Veja nossa análise em progresso!
Mundo aberto e universo são muito interessantes
Se você não conhece a franquia STALKER ou está por fora do que STALKER 2 é, não tem problemas. A ideia é juntar alguns elementos simples, mas que acabam se casando muito bem: mecânicas de sobrevivência, mundo aberto e uma trama interessante – e até alguns toques de terror.
No fim do dia, STALKER 2 parece um “immersive sim”, com um mundo interconectado e recheado de eventos que você pode explorar para encontrar loot, personagens cativantes, um universo bem construído e desafios para sobreviver ao ambiente extremamente hostil.
Nisso, a GSC Game World acertou em cheio: o game é extremamente imersivo e, na maior parte do tempo, o universo é muito coerente. Há mais de 60 km² construídos a mão, sem nenhum uso de geração procedural, e é notável o carinho e empenho para retratar uma área “real”.
Sim, caso você não saiba, STALKER 2 se passa nos arredores da usina nuclear de Chernobyl, mas que, na trama, teve outros desastres subsequentes que criaram a Zona, uma área extremamente perigosa e com segredos que podem mudar o rumo da humanidade, mas também cheia de artefatos valiosíssimos para mercenários – ou, como são chamados, os Stalkers.
A atenção aos detalhes no mapa, as facções diferentes, as histórias desse universo e a exploração estão entre os pontos mais fortes da campanha, que pode durar de 30 a 40 horas nas missões principais, e mais de 100 horas para completar tudo do mapa.
Na trama, acompanhamos Skif, um Stalker que acaba entrando na Zona de Exclusão após se apoderar de uma tecnologia e um artefato muito cobiçados e se emaranha nas tramoias dos grupos que vivem por lá. No geral, é uma trama de gato e rato, com o protagonista perseguindo pessoas que o passaram para trás e conhecendo cada personagem e facção que o apontará na direção certa.
Os jogos da série são inspirados no livro “Piquenique na Estrada” e no filme homônimo de 1979, então pode esperar muitos elementos de ficção científica, reviravoltas interessantes e figuras com histórias muito cativantes de acompanhar.
Essa conexão entre os personagens realmente dá liga no roteiro de STALKER 2. Há muitas missões principais com desfechos bem distintos (e cabe aqui dizer que o fator replay deve ser um grande ponto positivo para ver diferentes decisões), cada fação apresenta uma gama bem grande de sidequests (algumas delas com rumos diferentes que impactam o mundo do game) e muito conteúdo para quem quiser explorar.
Inclusive, esse é um dos pontos pelos quais o nosso review de STALKER 2 está em progresso: por conta de algumas dificuldades técnicas (que comento mais abaixo), tive que recomeçar o jogo e estou com quase 30 horas de campanha, então ainda há muito para ver por aqui.
No geral, pense que Fallout e Escape from Tarkov tiveram um filho: o fruto dessa união deu luz a STALKER 2. Se você gosta de shooters realistas e que requerem planejamento e estratégias, evitando confrontos em certas situações e tomando muito cuidado, há ainda mais elementos positivos para relatar.
Elementos de survival e combate tático são pontos altos
Aliado ao mundo agressivo à sua volta, estão as suas habilidades em se tornar um verdadeiro Stalker: sobreviver, adaptar e coletar itens melhores. Em sua essência, STALKER 2 é um jogo de sobrevivência em muitos níveis – e não à toa, a franquia se popularizou bastante após o lançamento do mod standalone Anomaly, mas isso é papo para outra hora.
Esse elemento de jogabilidade é enraizado durante toda a sua progressão: é necessário ter comida perto para saciar sua barra de fome, kits médicos não param sangramento (é necessário kits de primeiros socorros), sua barra de vigor esgota muito rápido e é preciso ter energéticos em mãos e por aí vai. E nem falamos da radiação.
Como é de se esperar de uma trama que se passa na zona de Chernobyl, a radiação faz parte constante dos desafios, tanto pelas áreas afetadas quanto pelos elementos da rotina. Durante as expedições, um dos objetivos que você pode perseguir é a busca por artefatos, que trazem atributos interessantes como resistência a elementos específicos, maior capacidade de carga etc.
Porém, todos eles têm algo em comum: emitem radiação. Em STALKER 2, você precisa calcular o seu objetivo atual e se preparar de acordo, seja com estoques de vodca ou remédio antirradiação, artefatos ideais ou até mesmo o espaço necessário na sua mochila.
E claro, a andança por vales, pântanos, florestas e estepes da Zona de Exclusão de Chernobyl, você vai se deparar com muitos inimigos, sejam eles humanos ou criaturas horrendas. Com certos aspectos negativos, devo dizer que, no balanço geral, essa é uma parte bem legal de STALKER 2.
A variedade dos inimigos humanos não é lá grandes coisas, mas eles se organizam bem e agem de forma interessante, buscando cobertura e até flanqueando (os armamentos variam de facção para facção).
Já as criaturas são das mais variadas: monstrengos mutantes capazes de usar telecinese, bichos que ficam invisíveis, ratos mutantes, vida selvagem completamente transformada (como cervos com armadura de pedra) e muito mais.
O mais interessante de todo esse ecossistema é que ele coexiste fora da interação e interferência do jogador. STALKER 2 tem uma tecnologia para a inteligência artificial chamada de A-Life 2.0 que, basicamente, faz com que facções humanas e monstros interajam entre si no mundo.
Esse mesmo sistema também traz uma opção interessante: a IA dos inimigos é, basicamente, os sentidos deles. Eles não sabem onde o jogador está e faz suposições sobre a sua localização, criando estratégias e se adaptando ao ambiente.
E, como se não bastasse, STALKER 2 também traz perigos “naturais” (se é que dá para chamar de naturais), como anomalias no mapa capazes de distorcer o espaço, eletrocutar, soltar magma e muito mais. Achou pouco? De tempos em tempos, a Zona de Exclusão sofre com a Exalação, uma espécie de “tempestade demoníaca” que requer um abrigo imediato para evitar a morte.
É necessário ter um jogo de cintura no começo da sua excursão pela Zona de Exclusão de STALKER 2, porque ele vai parecer bem realista (para um jogo de campanha) e difícil em um primeiro momento. Isso também se reflete no combate, que está mais para o lado de Tarkov do que o seu FPS tradicional.
As balas machucam bastante e Skif, o protagonista, não é nenhum herói: ele é apenas mais um Stalker na Zona de Exclusão. O game não tem sistema de level ou pontos de atributos muito marcante, apenas seus equipamentos. E, por conta disso, você nem precisa participar de todo confronto que encontra pelo caminho: andar para o outro lado ou contornar a situação é perfeitamente aceitável.
Você até pode coletar vestes e máscaras mais fortes no fim da campanha de STALKER 2, mas é isso: nada que impacte demais e até mesmo as armas mais fracas matam com tiros na cabeça.
Se você gosta de shooters táticos, vai se achar em casa com STALKER 2. Talvez as únicas exceções sejam as criaturas, que podem mitigar bastante dano, e o sistema de artefatos, mas nada que chegue perto de um looter shooter ou qualquer tipo de RPG.
Tudo isso na teoria é muito legal. E honestamente? Na prática até que tudo funciona bem, mas tem sua dose de problemas. E, neste aspecto, o jogo acaba criando uma confusão: são decisões ruins de design ou bugs que atrapalham a experiência?
Bugs. Muitos bugs. MUITOS bugs (mas talvez não)
Vamos tirar o elefante branco da sala primeiro. STALKER 2 foi uma experiência tão mutável durante o período de review que, neste momento, eu sequer sei afirmar se o jogo está em uma boa condição. Por conta do tempo apertado, os devs estavam constantemente realizando atualizações na versão antecipada: algumas para melhor, algumas para pior.
Por participar de um processo de polimento em tempo real, eu preciso alertar: todos os problemas que você lerá abaixo talvez já tenham sido solucionados. Ou talvez não. Mas creio que é o meu dever reportar o que eu vi e para justificar parte das frustrações durante a campanha de STALKER 2.
Dentro de um período de quase 2 semanas, o jogo ficou realmente mais polido nos dois últimos dias que precedem esse review em progresso. Mas não perfeito. Nesse momento, eu acho que a versão do game que você vai experimentar já está bem jogável e com o grosso dos problemas resolvido, mas é bom se atentar.
Eu vi muitos bugs em STALKER 2. De quais tipos? Praticamente todos. É desafiador descrever essa parte (e talvez até injusto), mas a realidade é que, a cada 1 ou 2 dias, a minha experiência mudou. Bugs de física, progressão, crash, cutscenes, texturas, “clipping” (inimigos para fora do cenário), missões que não eram encerradas, performance, som, gráficos… você entendeu.
Apesar de parecer que o jogo está bem mais polido na reta final, é difícil dizer se isso envolve a área que estou atualmente ou se são melhorias gerais (e simplesmente não tenho como recomeçar tudo para dar esse veredito). A realidade é que no lançamento, as coisas devem estar ok, mas não coloco a mão no fogo por isso.
De todos, os piores problemas foram o de progressão. E o pior? Eu não sei até agora se isso vai impactar o meu save, porque algumas missões apenas não foram concluídas – vale lembrar que vez ou outra há múltiplas quests principais em andamento.
Outros problemas de STALKER 2 que ainda acontecem envolvem inimigos presos no chão, requerendo uma busca ferrenha para concluir certos tipos de progressão (algumas vilas, por exemplo, ficam fechadas quando inimigos estão próximos), oponentes que surgem do nada no mapa, crashes e problemas de performance em determinadas sessões, menu de tutoriais travado em apenas uma informação e até o protagonista ficar preso em algum ponto do mapa.
Inclusive, algumas das situações que vivenciei não sei dizer até agora se eram bugs ou funcionalidades de STALKER 2. Algumas missões, por exemplo, podem ser perdidas caso você não preste atenção. Entretanto, tenho quase certeza de que em uma delas o personagem que me contratou apenas sumiu. Será que vacilei ou será que foi um bug?
No momento da minha campanha, não tive mais nenhum grande bug grave que me preocupasse, mas a experiência ainda não está 100% polida. E, por vivência de outros jogos assim (alô, Cyberpunk), às vezes os updates de correção podem acabar quebrando mais a campanha do que corrigindo, algo que, inclusive, fez parte do processo desse review.
O progresso foi tão atrapalhado que simplesmente não houve tempo de concluir a história a tempo. Eu espero de coração que a GCS Game World consiga concluir STALKER 2 e entregar uma ótima experiência ao público, porque há um valor bem grande no que foi produzido e uma campanha bem proveitosa. De tudo que passaram, desejo o melhor – mas não pude deixar de comentar também.
Entretanto, mesmo se STALKER 2 estivesse totalmente polido e com bugs mínimos, ainda há problemas estruturais, que comento logo abaixo.
STALKER 2 tem sua dose de monotonia e problemas
Apesar de STALKER 2 compilar algumas ideias e mecânicas que funcionam muito bem, nem todos os sistemas jogam a favor de uma experiência agradável. Toda a experiência do jogo envolve a exploração, independente se você está buscando recursos, missões principais ou paralelas.
E, para um alicerce tão forte, eu acho que há problemas para cativar o jogador aqui. O primeiro deles é a forma como você se locomove no mundo: tudo é muito longe. Lembra? São 60 km² e você só anda a pé. Os locais das missões, as vilas, tudo fica bem distante de onde você está no momento.
E sabe qual é o problema? Não há fast travel. Na verdade, até tem, mas explico a seguir. Por STALKER 2 incentivar a busca por conteúdo secundário, você estará constantemente rondando o mapa atrás de equipamentos e locais para desbravar, mas sempre estará sobrecarregado ao fazer isso.
Além de criar inconveniências, esse próprio loop é um tanto quebrado. Os equipamentos constantemente estão desgastados ou quebrados, vendê-los rende pouco dinheiro e o preço para reparar o seu próprio equipamento muitas vezes sai mais caro do que o saldo da sua expedição.
A economia de STALKER 2 é um tanto quebrada, as missões dão recompensas baixas, não há formas de reparar seu equipamento por conta, não há elementos de crafting e, talvez um dos maiores pecados, é que o próprio sistema de survival pouco evolui.
As ferramentas apresentadas no começo da sua jornada permanecem praticamente intactas, sem trazer grandes novidades. O ciclo se repete em vagar por Chernobyl, pegar muito peso, retornar a vilas para revender o que encontrou, consertar o que está usando e seguir viagem – salvo algumas exceções.
E, como dito, não há um sistema de viagem rápida convencional. Em STALKER 2 existem pessoas chamadas de “guias”, que podem levá-lo até outros guias. Em outras palavras, vilas com guias são conectadas por esse fast travel, mas é necessário desembolsar um dinheiro e eles são muito escassos. Muito.
Algumas das facções possuem médicos, mercadores, técnicos, mas não guias. Isso torna a experiência de rumor por aí muitas vezes tediosa, com muito tempo para chegar aos locais desejados e, de forma monótona, nem encontrar nada pelo caminho.
Você pode ignorar o loot de STALKER 2 e seguir as missões? Até sim. Mas, conforme mencionado, o seu equipamento se deteriora rápido, as armas começam a falhar e, se não fizer nada para mitigar isso, não terá dinheiro para o reparo. E, se arriscar mais e voltar com loot, o processo é cansativo, demorado e pouco recompensador.
Entendem a falha de design? Há maneiras que podem mitigar essa quebra grande no ritmo, como velocidade maior de movimento, recuperação mais acentuada da barra de vigor ou até um sistema de viagem rápida mais conveniente. Não é sobre desafios, não é uma reclamação sobre dificuldade: é sobre monotonia.
Vou dar um exemplo. Em uma das missões principais de STALKER 2, eu devia ir até um lugar bem longe e procurar por antenas em uma área ainda maior que requer uma armadura especial. Eu sabia onde pegar armadura (fruto de uma sidequest) e, como também estava com muito peso na mochila, achei prudente ver esse objetivo opcional primeiro (para não gastar viagem e tempo à toa).
Como o local era longe, fui para uma vila mais “próxima”, paguei um guia para ir até a vila com o traje e… ela estava trancada. Bug? Algum acontecimento do mapa? Alguma coisa do mundo que não estava ciente? De repente, retornar para qualquer lugar apenas para vender ou guardar equipamentos quadruplicou em tempo e meus recursos estavam escassos.
São essas coisas que tiram um pouco do brilho de STALKER 2. Ele tem momentos incríveis e memoráveis, missões realmente divertidas e sistemas até bem complexos e recompensadores, mas não raramente isso é preenchido com muita monotonia pela falta de mecânicas que evitem a quebra de ritmo.
Além disso, certos elementos do jogo não funcionam tão bem, como animações estranhas de inimigos (que pode ser um bug) e a opção de pulo. Sim, o pulo. Às vezes, o protagonista consegue escalar algo alto com o pressionar de um botão. Às vezes não. E há muitos “puzzles” de ambiente que requerem você acessar um prédio ou parte elevada – que é bem legal, inclusive –, mas que acaba complicando pela falta de coerência nesta mecânica.
No que STALKER 2 acerta, ele acerta muito, muito mesmo. Porém, essas coisas podem atrapalhar bastante o prazer de explorar a Zona de Exclusão e aproveitar tantas coisas positivas.
Gráficos incríveis, mas pesado de rodar
Se você viu os trailers de STALKER 2, deve ter se interessado pelos gráficos fotorrealistas dos materiais de divulgação. A equipe adotou a Unreal Engine 5 como o motor gráfico, que entrega bastante na parte técnica, além de uma direção de arte bem artesanal para representar a Zona de Exclusão de Chernobyl com fidelidade – e um retoque de ficção.
Tudo foi feito à mão e usando técnicas de fotogrametria, que escaneia objetos reais para entregar uma qualidade digna de um filme. Há pouco do que reclamar aqui em relação aos visuais, tudo é muito bem-feito e polido. Mas… é um projeto na Unreal Engine 5.
Se você conhece o histórico do motor gráfico, sabe que qualquer má otimização pode causar stutterings, problemas de performance severos e por aí vai. Eu encontrei tudo isso, mas, para ser justo, os últimos updates corrigiram boa parte desses deslizes técnicos.
A performance de STALKER 2 que pode assustar um pouco. Mesmo em uma GeForce RTX 4090, rodar em 1440p às vezes chegou muito próximo de cair abaixo dos 60 fps com os presets no Ultra – e não há nada ali tão gritante em qualidade gráfica para justificar isso.
A parte boa é que STALKER 2 tem suporte a DLSS em upscaling de imagem, DLSS 3 para geração de frames (me dando uma média de 120 a 150 fps) e recursos modernos, como ray tracing e muito mais.
Em PCs mais modestos, conversei com pessoas que também estavam jogando e o resultado parece ser bem misto: apesar de rodar razoavelmente bem com tudo no Baixo, certas partes podem fazer a experiência cair abaixo dos 10 frames por segundo. Eu mesmo vi situações como essa, mesmo em uma 4090, provavelmente fruto de bugs – e que não sei se foi corrigido.
Outro ponto incômodo é que toda vez ao abrir o jogo no PC, há um shader compilation. Isso evita travamentos e engasgos durante a aventura, mas é muito estranho isso acontecer todas as vezes (geralmente, é uma vez só e o processo só é repetido após updates do jogo ou do driver da placa de vídeo).
Não sei como STALKER 2 está rodando no Xbox, mas como ele está no Game Pass, vale a pena conferir!
STALKER 2 vale a pena? As primeiras impressões
Essa é a pergunta que não sei responder por ora e, justamente para ser justo com a equipe e com você, leitor, é o motivo por essa análise ser em progresso. Com as correções devidas chegando muito próximas da queda do embargo de análise de STALKER 2, vou precisar de um tempo extra.
Se você chegou até aqui apenas procurando uma nota, não vai encontrar. Mas, se ajuda, chutaria que por ora ele pode ser um jogo nota 8 a 8.5 se estiver bem polido – caso contrário, se você encontrar os mesmos problemas técnicos que eu ou tiver problemas sérios de performance, ele talvez seja um 6.
No decorrer dos próximos dias vamos testar STALKER 2 mais a fundo, retomar algumas coisas e comparar alguns cenários para ver se a GCS conseguiu consertar os maiores problemas e trazemos nosso veredito.
STALKER 2 pode não ser o melhor jogo que você vai encontrar, mas ele tem um potencial bem grande de entregar algo único, algo diferente do que encontramos por aí. E espero que muitos jogadores encontrem aqui o que esperavam, pois a GSC fez o possível para entregar uma experiência que acreditavam e se dedicaram. Mas voltamos em breve para dar nosso veredito.
STALKER 2 foi gentilmente cedido pela GCS Game World para a realização dessa análise.
STALKER 2
STALKER 2 entrega uma experiência bem única e incrivelmente ambiciosa, especialmente no sistema de missões complexo e mundo tão artesanal. Mas tem sua dose de problemas e bugs.
Prós
- Mundo aberto feito à mão incrível
- História interessante e cheio de reviravoltas
- Missões tem escolhas com desfechos bem diferentes
- Mecânica de combate de altíssimo nível
- Incrível combinação de gêneros traz algo único à mesa
- Gráficos de altíssima qualidade
Contras
- A exploração pode ser monótona
- Alguns sistemas poderiam ser melhores
- Muitos bugs
- Bem pesado para rodar no PC
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