Review: Novo Monkey Ball é o que Elden Ring queria ser
Super Monkey Ball Banana Rumble é o melhor capítulo da série e capricha no desafio elevado
uem acompanha o portal do Flow Games há um tempo deve lembrar que eu já falei por aqui que Super Monkey Ball Banana Rumble prometia ser um dos meus candidatos a GOTY, e foi um prazer testar o jogo e ver que ele realmente era tudo isso.
Recentemente, achei curiosa e emblemática a forma como a lendária franquia da Ryu Ga Gotoku Studio (sim, o mesmo pessoal do Like a Dragon / Yakuza) usou o seu perfil na rede social X para congratular a FromSoftware pelo lançamento da DLC Elden Ring Shadow of the Erdtree:
Shadow of the Banana Tree 🍌🌴
Congrats on your release @ELDENRING! #eldenring pic.twitter.com/qLg2ftRONC
— Super Monkey Ball (@SuperMonkeyBall) June 20, 2024
Afinal, muita gente anda reclamando por aí sobre como o novo soulslike pegou pesado demais no desafio. Bom, essas pessoas não durariam mais que alguns poucos minutos no mundo 8 da campanha de Super Monkey Ball Banana Rumble. Isso que é hardcore para valer!
Os prazeres de Super Monkey Ball Banana Rumble
Desde o seu primeiro jogo, a ideia da série sempre foi contar com controles simples ao máximo. Afinal, o seu criador Toshihiro Nagoshi queria mostrar que era possível trazer muita diversão e desafio apenas manipulando a alavanca de movimento.
Para tanto, a sua equipe apostou em um intrincado sistema de física. Ao invés de controlar um avatar, o nosso joystick gira o eixo do cenário horizontal e verticalmente a fim de empurrar um macaquinho dentro de uma bola até a linha de chegada (ou a uma triste morte caindo em um precipício, o que é mais provável).
Tudo começa fácil o bastante para você ir pegando o jeito aos poucos, mas logo a campanha se revela um teste para cardíacos. Para quem acha que os videogames modernos são passivos e fáceis demais, vale muito a pena encarar a campanha completa de Super Monkey Ball Banana Rumble.
Desta vez, além da movimentação pelo analógico, foi adicionado suporte a um novo botão: agora você pode carregar os seus rolamentos a fim de disparar a bolinha em velocidade, o que permite novos tipos de desafio de plataforma e maior verticalidade nos mapas, uma adição muito bem-vinda.
Outra adição legal foi a chegada da Palette. Sem entregar maiores spoilers sobre a trama — que recebeu uma tradução maravilhosa em português no mesmo nível de capricho e boas sacadas vistas no ótimo Persona 3 Reload —, ela é o coração da nova narrativa, que ficou bem fofinha e edificante.
Para quem cobra easy mode nos soulslike da vida, há mais ferramentas de acessibilidade do que nunca para te ajudar a dominar as fases. Ligando as assistências, é possível usar checkpoints, ver o melhor traçado e consultar um fantasma guia. Você também pode pausar o jogo para estudar o mapa de cada nível.
São centenas de fases para desbravar, e mesmo depois de ver os créditos finais você ainda vai encontrar um montão de novos cenários e coisas para fazer, o que é um verdadeiro deleite e, de quebra, valoriza ainda mais o seu investimento ao encher o jogo de bom conteúdo.
Do masoquismo ao party game para toda a família
Quase tudo o que você conquista no game, desde passar de fase até pegar banas douradas ou completar um modo pela primeira vez, rende pontos que você pode usar na lojinha ingame (sem “MICOtransações”) para comprar novas roupas para customizar a maioria dos personagens.
Digo “maioria” porque certos personagens especiais secretos não te deixam mudar as roupas, mas você pode se expressar de muitas formas com todos os heróis principais, e então levar essas skins para todos os modos single e multiplayer, o que eu achei bem divertido.
Há uma boa variedade de modos para você curtir no multiplayer online e offline, sendo que sem internet você também pode configurar vários bots para praticar e competir sem pressão. O único lado negativo aqui é que o hardware do Switch não consegue lidar tão bem com isso e o multiplayer sofre com FPS reduzido.
Por outro lado, as opções em si são divertidíssimas. Desde um modo para apostar corrida até outro para massacrar robôs gigantes em times, o meu favorito foi o de coleta de bananas. Dá até para pegar itens ao melhor estilo Mario Kart para botar uma pimentinha nas disputas. Ele é quase tão bom como party game como na campanha em si.
Vale a pena jogar Super Monkey Ball Banana Rumble?
Apesar de sua proposta parecer meio nichada nesses tempos em que as grandes produções de videogames estão cada vez mais formulaicas, Super Monkey Ball Banana Rumble não tem medo de elevar a sua franquia a novos padrões de qualidade e ousadia.
Misturando os melhores elementos de seu rico passado com novas sacadas que destacam ainda mais o seu gameplay, o jogo é um pacote caprichadíssimo que permite tirar muitas dezenas de horas de diversão para os complecionistas ou entusiastas de multiplayer.
É um raro jogo que sabe que o que mais importa é o gameplay e carisma, e não um orçamento inflado buscando emular Hollywood. Como uma boa banana split, Super Monkey Ball Banana Rumble sempre te deixa com um gostinho de quero mais.
Super Monkey Ball Banana Rumble
Publisher: SEGA
Desenvolvedora: Ryu Ga Gotoku Studio
Plataformas: Nintendo Switch
Lançamento: 25/06/2024
Tempo de review: 11 horas
Super Monkey Ball Banana Rumble é, ao mesmo tempo, um dos jogos com desafio mais hardcore da geração e um party game acessível para toda a família se divertir.
Prós
- Ótima localização em português
- Centenas de fases desafiadoras
- Extras divertidos para destrancar
- Fartura de modos de jogo
- Controles precisos e física bem calibrada
Contras
- Queda de FPS no multiplayer
- Raros problemas de câmera aqui e ali
Comentários
é muito desespero querer compara ou nivelar de alguma foram Elden Ring com esse jogo kkkkkkkk, foi pra chamar atenção pq quem ia ler a analise desse jogo.
Kkkk pegaram pesado hein