CMA aprova aquisição da Activision se Microsoft desistir de Call of Duty
Em avaliação da compra da Activision Blizzard pela Microsoft, órgão do Reino Unido oferece opções surreais
Assim como acontece no MCU, a Fase 5 da saga da (tentativa de) aquisição da Activision Blizzard pela Microsoft traz um novo vilão: a CMA. A autoridade reguladora do Reino Unido chegou à conclusão de que o negócio é prejudicial para os gamers locais e que a única forma de aprovar a compra é – pasmem – se a dona do Xbox desistir de Call of Duty ou da Activision como um todo.
Ao que parece, a “patada” que Bobby Kotick, o polêmico CEO do conglomerado Activision Blizzard, deu no FTC, na CMA e em outros órgãos reguladores ao redor do mundo não surtiu efeito. Ou pior: fez com que eles dessem uma resposta no mesmo tom.
Microsoft vs CMA
Em seu novo parecer sobre o caso, a Competition and Markets Authority (CMA) concluiu que a compra da ABK pela Microsoft poderia reduzir consideravelmente a competição no mercado de jogos e resultar em “preços mais altos, menos opções ou menos inovação para os jogadores do Reino Unido”.
A autoridade também acredita que a passagem de Call of Duty para as mãos do Xbox pode afetar consideravelmente a balança do crescente mercado de jogos transmitidos via nuvem, com uma vantagem significativa de ofertas em cima da concorrência.
Com isso em mente, a CMA só vê 4 soluções para resolver esse impasse: pedir que toda a parte do negócio envolvida com Call of Duty seja removida da compra; excluir completamente a Activision e suas IPs da aquisição; ou que tanto o braço Activision quanto o Blizzard não façam parte da negociação – restando a King e seu portfólio mobile.
A última alternativa? Proibir completamente a aquisição da Activision Blizzard pela Microsoft e dar o caso como encerrado. Seja qual for a resposta, fica claro que o órgão se juntou às autoridades dos EUA e da Europa para fazer frente à proposta de US$ 69 bilhões da MS – e que a Sony tem mexido os pauzinhos para fazer valer seu lado da história.
E agora, como fica essa história?
Por enquanto essa não é a decisão final da CMA, apenas um parecer do órgão a respeito dos pontos que a preocupam sobre o negócio e as opções levantadas para bater o martelo a respeito do caso – embora o prospecto seja bastante pessimista.
A ideia é que Microsoft, Activision Blizzard e outras partes interessadas possam dar seu pitaco a respeito de possíveis soluções para a aquisição até o próximo dia 22 de fevereiro. As respostas diretas sobre os pontos levantados pela CMA podem ser enviadas até 1º de março e o relatório final da comissão ficou marcado para 26 de abril.
Obviamente, a Microsoft, na figura do vice-presidente corporativo Rima Alaily, já se pronunciou sobre esse novo episódio da saga:
“Estamos empenhados em oferecer soluções eficazes e facilmente executáveis que atendam às preocupações da CMA. Nosso compromisso de conceder acesso 100% igualitário de longo prazo a Call of Duty para Sony, Nintendo, Steam e outros preserva os benefícios do acordo para jogadores e desenvolvedores e aumenta a concorrência no mercado.”
A autoridade até reconhece os esforços da companhia nesse sentido e já disse que poderia considerar essa alternativa, mas daria preferência a uma solução mais estrutural e que não exigisse uma fiscalização contínua do negócio e de seus desdobramentos no futuro.
Alaily lembra também que, na pesquisa sobre o assunto feita pela própria CMA com os consumidores do Reino Unido, cerca de 75% dos respondentes disseram que o negócio – entre Microsoft e Activision Blizzard – seria bom para a competição no mercado local. Agora é esperar pelas cenas dos próximos capítulos dessa novela sem fim.
Fonte: VGC
Comentários
Surreal essa decisão da CMA, como mencionado no final do artigo, foi feita uma pesquisa com os próprios consumidores do mercado local e 75% foram a favor da aquisição.
Bela molhada de mão que esse pessoal da CMA teve da Sony, única resposta plausível pra uma decisão dessa