Review: O amor está em todo lugar em A Concierge Pokémon
A Concierge Pokémon é uma das melhores obras inspiradas em videogames, adorável do início ao fim
stamos recebendo tantas adaptações boas dos videogames para o formato de séries e filmes que já fica até difícil lembrar de quando o resultado costumava ser diferente. A Concierge Pokémon é mais um exemplo de sucesso absoluto.
Apesar de sofrer com muitos tropeços em suas produções originais, a Netflix está embalada no que diz respeito a investir em obras temáticas de videogames. Em muitos sentidos, foi o seu Castlevania quem abriu essa nova era de ouro. E o que dizer dos impecáveis Arcane e Cyberpunk Edgerunners?
A Concierge Pokémon é uma obra mais do que digna de figurar ao lado dessas ótimas séries, e isso, por si só, já é um baita elogio. Se você gosta dos monstrinhos da Nintendo, pode assistir agora mesmo sem medo.
A Concierge Pokémon vai te fazer sorrir de orelha a orelha
O valor de produção é altíssimo, e e até difícil lembrar de outras obras em stop motion recentes que consigam evocar tanto deslumbre e imersão (talvez o também lindo Pinóquio do Del Toro? E olhe lá).
É profundamente adorável ver os monstrinhos todos felpudos, com tecidos e fiapos de diversos materiais circulando por aí, o que passa uma sensação de que eles estão realmente vivos; ou ao menos que são coisas de verdade. Dá vontade de apertar cada um deles!
Na trama, acompanhamos Haru, uma jovem que, após passar por alguns contratempos em sua vida pessoal e profissional, decide ir trabalhar e espairecer um pouco no Resort Pokémon, onde assume a função que dá nome ao seriado.
Não é uma premissa ou mesmo uma trama muito elaborada, mas não precisa ser. A Haru está lá para se redescobrir como pessoa, encontrar um novo propósito e alegrias, e a forma de fazer isso é justamente ajudando as criaturinhas hóspedes do hotel a relaxarem.
Como falei no meu canal, são só quatro episódios com menos de 20 minutos cada, então o único ponto de tristeza na jornada toda é saber que em uma tarde você pode devorar a primeira temporada completa. Dá um gostinho de quero mais.
Deleite sonoro e visual
Você sabe que as coisas vão ser boas quando já na música tema recebe a melhor notícia possível: ninguém menos que Mariya Takeuchi, a lenda do city pop (que você provavelmente deve conhecer ao menos pelo hit Plastic Love), embala a canção principal de A Concierge Pokémon.
Para quem curte o gênero, só a música já seria o bastante para garantir muitos pontos de simpatia. Olha aí o clipe oficial que não me deixa mentir. É incrível como a música combina perfeitamente com a alegria que os personagens da série evocam.
Quem já precisou trabalhar para pagar um boleto na vida sabe o quão importantes e especiais são os momentos em que conseguimos nos desligar das obrigações e simplesmente curtir o lado bom da vida, seja sozinho ou em companhia de qualidade.
O maior trunfo de A Concierge Pokémon é ter conseguido pegar esse sentimento e transformá-lo em arte, tudo embalado em uma roupagem agradável a todas as demografias.
A molecada vai adorar as cores, aventuras e personagens fofos, enquanto os adultos podem se reconectar com essa inocência, desde que o seu coração esteja aberto a isso, claro.
A Concierge Pokémon
Publisher: The Pokémon Company
Desenvolvedora: Dwarf Studios
Plataformas: Netflix
Lançamento: 28/12/2023
Tempo de review: 1 hora
Assistir A Concierge Pokémon é tão gostoso quanto passar um dia de sol na piscina. Edificante a ponto de deixar o seu coração quentinho e pedindo por mais!
Prós
- Animação soberba
- Lindo design de personagens
- Tema cortesia da lendária Mariya Takeuchi
- Edificante e inspirador
Contras
- Poucos episódios bem curtinhos
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