Ultros: conheça o metroidvania místico com sons (reais) da natureza
Flow Games entrevistou a mente por trás da trilha sonora de Ultros, gravada no Peru para imersão ambiental
ara quem não conhece, saca só essa descrição a respeito de Ultros: trata-se de um metroidvania místico em que a protagonista aparentemente bate sua nave no Sarcófago, um útero cósmico gigante, à deriva nos confins do espaço sideral, que abriga um antigo ser demoníaco batizado com o título do jogo.
Preso no loop eterno de um buraco negro, você terá que explorar esse local inóspito e conhecer seus habitantes para entender o seu papel. Soou psicodélico o bastante? É nesse mundo alienígena tão único e diferenciado que a jornada se apresenta, contando com a clássica fórmula do ciclo de vida e morte.
No entanto, há uma grande pitada que busca incrementar a experiência: a trilha sonora. Em estilo artesanal, a sonoridade do jogo foi gravada no Peru, destino ao qual os desenvolvedores do estúdio sueco independente Hadoque viajaram para literalmente captar sons da natureza.
Para entender melhor como isso funcionou e o que o time busca oferecer, o Flow Games teve a oportunidade de conversar com Oscar Ratvader Rydelius, o responsável pela trilha sonora do jogo.
Ultros: das florestas de Peru ao mundo
Sob o rótulo de “místico”, esse metroidvania é resultado de 6 anos de pesquisa em cima de diversos temas, e o Peru – sim, nossos “hermanos” aqui da América Latina – foi uma peça chave para a realização do projeto.
“Foram 6 anos fazendo pesquisa. Peru sempre foi um sonho”, contou Oscar.
“Ultros e Peru têm uma natureza muito rica, tentamos explorar isso, preencher as lacunas da experiência com isso. É algo que muitos jogadores podem não perceber, que fica no subconsciente deles, é isso que a trilha sonora pode evocar”, relatou.
A construção do clima certo pela música
Uma das questões levantadas foi justamente o “contraste” que o jogo traz entre o bem e o mal e como a trilha sonora pode contribuir para engrandecer essa atmosfera.
Essa ideia de violência ou não violência – isso foi algo tão grande e pessoal do jogo
Além da declaração acima, Oscar reiterou que os chefes, especificamente, foram “super difíceis” de criar música em cima. “Encontrar o clima certo, o tom ideal, os chefes foram super difíceis para mim”, explicou.
E aí, rola ter um jogo nesse estilo ambientado no Brasil?
“Quem sabe o que o futuro reserva?”, adiantou o artista.
“Tivemos um ótimo guia no Peru, um grande profissional, não teria sido possível [criar Ultros] sem ele. Foi algo bastante colaborativo e importante. E sim, Brasil definitivamente é interessante!”, afirmou.
Ennio Morricone e Studio Ghibli estão entre as inspirações citadas por Oscar para o seu trabalho artístico. Ótimas referências, não é mesmo?
Ultros e sua trilha sonora cheia de sons da natureza chegam no próximo dia 13 para PS5, PS4 e PC.
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