Nintendo no BR: “Tá valendo a pena”, diz líder ao Flow Games
Em entrevista ao Flow Games, executiva dá panorama positivo da Nintendo no país e fala sobre o futuro
s fãs brasileiros da Nintendo tiveram que amargar uma notícia indigesta em 2015: o encerramento das operações da empresa no país. Altas tributações, marketing complicado e fraco “ambiente local de negócios” estavam entre os itens pontuados pela Big N para um modelo insustentável por aqui.
A gigante voltou a operar no Brasil em 2020, no limiar da pandemia, quando o Switch já estava no mercado e ganhando rápida tração de popularidade. De lá para cá já se foram quatro anos, e a pergunta que não quer calar é: esse retorno está valendo a pena?
Afinal de contas, temos visto ampla presença da Nintendo em solo brasileiro, batendo ponto em todos os eventos importantes e aproveitando cada oportunidade para estar próxima de seu público. Para responder essas e outras questões, o Flow Games pôde conversar com Romina Whitlock, diretora de marketing para a América Latina da Nintendo of America, durante a Gamescom LATAM, onde a empresa marcou presença massiva. E sim, o panorama é deveras promissor.
Nintendo no Brasil: está valendo a pena? E a questão de localizar os jogos?
“Sim, definitivamente está valendo a pena”, responde a líder. “Planejamos por anos o nosso retorno ao Brasil, então o país é algo grande para nós, é importante para a Nintendo, está no nosso mapa”, explicou.
“Em setembro de 2020 lançamos o eShop local, depois a família de consoles e finalmente iniciamos o trabalho de localização, que vocês podem ver em alguns jogos e em futuros projetos que já anunciamos. Particularmente estou empolgada pelo futuro porque estou envolvida nesse planejamento desde o começo e é muito bom ver a recepção dos nintendistas”, explanou Romina, que, em inglês, usou o termo “nintendistas” mesmo, mostrando claro conhecimento das conversas de comunidade por aqui.
E por que determinados jogos não vêm localizados ainda?
“Acho que é uma pergunta muito válida”, adiantou a diretora. “Se quisermos construir um negócio grande por aqui, precisamos conseguir atender a essas necessidades básicas do consumidor. Não é algo fácil de se fazer, eu digo, mas é uma necessidade básica para a marca crescer aqui. Estamos ouvindo vocês sobre isso. Portanto, sim, queremos ampliar nossa audiência. O próximo The Legend of Zelda, vocês devem ter visto, será nosso primeiro jogo da franquia localizado em português brasileiro”, declarou.
A ideia é ficar não apenas por alguns anos ou coisa do tipo. Temos uma operação grande aqui. Queremos ficar e crescer
Edições especiais (de jogos, hardware ou conjuntos) chegam ao Brasil aos poucos. Como essa preocupação ressoa na Nintendo? Sobre isso, a diretora disse o seguinte:
“Sim, e antes nem tínhamos nada disso”, respondeu. “Agora temos. Logisticamente falando, quando aprendemos a trazer os jogos, os acessórios, consoles, tudo ficou mais fácil. Cada país tem suas legislações, isso faz parte. Estamos aprendendo e tentando melhorar cada vez mais nisso”, pontuou.
Mas a ideia é que essa operação da Nintendo por aqui FIQUE, certo? Não que seja um movimento temporário?
“Sim! A ideia é ficar, não apenas por alguns anos ou coisa do tipo. Temos uma operação grande aqui. Queremos ficar e crescer. Então, estamos investindo em eventos para nos aproximar dos fãs, mostrar nossos produtos e até conectar o público com nossos desenvolvedores”, detalhou Romina.
Com esse panorama positivo, a diretora de marketing da Nintendo deixou um enorme agradecimento aos fãs brasileiros. Sobre o sucessor do Switch, bem, enquanto os japoneses não falarem sobre isso, ninguém falará. Porém, observando o trabalho que a Nintendo finalmente começou a desenvolver em solo brasileiro, o fã pode ter esperança de ver o novo console vendido oficialmente por aqui no lançamento, não é mesmo? Aguardemos!
Comentários
Quando fala localizado em português brasileiro, é dublado? Ou se refere apenas a legenda? Em ambas opções é muito bem vindo
Acredito que seja apenas dublagem… Até porque os jogos da Nintendo mal tem falas.