The Last of Us: Flow Games entrevista o elenco da série

A convite do canal e aproveitando a vinda de artistas e produtores do live-action para a CCXP 22, nosso enviado especial – e querido chefinho – Davy Jones entrevistou todo esse pessoal para saber o que podemos esperar de mais uma adaptação dos games para a TV. Spoiler? A história promete ser bem diferente do que vemos com outros projetos do tipo.

Quando estiver perdido na escuridão, procure a luz. #TheLastOfUs estreia 15 de janeiro na #HBOMax e @HBO_Brasil pic.twitter.com/5CwKk6u85R

— HBO Max Brasil (@HBOMaxBR) December 8, 2022

É claro que fizemos questão de trazer todo esse material para você, leitor, aqui no portal do Flow Games. Nesta matéria, é possível conferir os melhores momentos da nossa conversa com Pedro Pascal, que interpreta Joel, Bella Ramsey, a simpática Ellie, e Craig Mazin, o idealizador de “The Last of Us” na HBO.

O mais bacana? Você escolhe como prefere consumir esse conteúdo: numa versão em texto mais rápida ou no vídeo abaixo, publicado no canal do Dava. Seja como for, venha com a gente e aproveite mais esta entrevista do Flow Games!

• Ah, e não se esqueça de que você também pode ver a segunda parte desta entrevista especial sobre “The Last of Us” – um papo com Neil Druckmann (produtor), Merle Dandridge (Marlene) e Gabriel Luna (Tommy) – clicando neste link.

O time de The Last of Us na TV

Não podemos começar o papo sobre o seriado sem falar com os artistas que dão vida aos dois protagonistas da história: Joel e Ellie.

Pedro Pascal é Joel

Uma das coisas que mais chamou atenção de Pedro Pascal não só para o projeto da série televisiva de “The Last of Us”, mas também para o papel de Joel, foi o cuidado que a equipe de roteiro e produção teve na transposição do material dos games para a TV.

Isso permitiu que ele e o restante do elenco do show se sentisse muito seguro em viver os personagens e interpretar seus arcos na frente das câmeras, já sabendo que o texto funcionava para a nova mídia.

Imagem: HBO Max

“Todo o amor que Craig Mazin tem pelo jogo e o fato de ter se unido com seu criador, Neil Druckmann, coloca a mim e outros atores em boas mãos. Temos tudo o que precisamos para nos sentirmos na pele do personagem, para respirar por ele, então é impossível não vivenciar cada detalhe dessa jornada”, explica o astro de “O Mandaloriano” e de “The Last of Us”.

Antes de ter acesso ao script e colocar os pés no set, Pascal precisou de um empurrãozinho da família para se empenhar em interpretar Joel. O ator conta que era fã da HBO e de “Chernobyl” – a minissérie anterior de Mazin para o canal –, e ficou animado quando foi chamado para falar a respeito do projeto. Foi só quando ele falou com sua irmã para falar sobre o assunto, no entanto, que ele teve noção da dimensão do show.

Fiz o meu melhor para que Craig e Neil me escalassem como Joel

“Liguei para minha irmã, que estava com meus sobrinhos, e comecei a conversar sobre uma série que estavam adaptando de um videogame chamado The L…”, relembra o artista, que nem conseguiu terminar de falar o nome antes dos sobrinhos gritarem “THE LAST OF US” e implorarem para que ele aceitasse o papel. “Com esse apoio, fiz o meu melhor para que Craig e Neil me escalassem como Joel”, brinca.

Bella Ramsey é Ellie

A atriz inglesa, conhecida por um papel pequeno, mas espetacular, em “Game of Thrones“, foi sincera ao dizer que, apesar de adorar estar fazendo parte da série, não é uma gamer. “Eu tenho um Wii e jogo Mario Kart a, sei lá, cada três meses. Mas com certeza já tinha ouvido falar de The Last of Us e da Ellie, porque ambos são icônicos”, comenta Bella Ramsey em entrevista ao Flow Games. “Ela [Ellie] é tão legal, foi ótimo poder interpretá-la”, completa.

Ela [Bella Ramsey] É a Ellie

Essa falta de um “currículo gamer” não parece ter afetado o trabalho da jovem estrela e, definitivamente, não incomodou o chefão do seriado live-action. “Ela É a Ellie. É muito fácil cair pro lado do cosplay ou imitação [quando se faz uma adaptação]. Mas para interpretar e se tornar essa personagem, você precisa de algo que venha de dentro”, afirma Mazin.

Um fato marcante – e talvez, até meio polêmico – da produção do live-action de “The Last of Us” foi o pedido para que o elenco não jogasse ou pesquisasse muito sobre o game. O produtor cita exatamente Ellie para explicar essa decisão.

Imagem: HBO Max

“Ashley Johnson não precisou assistir a ninguém para interpretar Ellie, ela apenas se tornou a personagem. E isso é exatamente o que Bella fez”, diz o executivo, que acredita que é justamente a intérprete da heroína nos jogos quem mais vai curtir essa nova versão de Ellie.

Uma obra para todos

Durante o papo Craig Mazin se mostrou bastante consciente da “fama” que as adaptações de videogame para a TV e o cinema têm. De fato, parece que o produtor buscou entender exatamente o que causava essa dissonância entre as mídias para que pudesse combatê-las ativamente durante a produção do show de “The Last of Us”. Segundo o executivo, esses problemas de adaptação acontecem por muitos motivos.

Primeiro, porque alguns jogos não têm um foco muito grande em história e personagens. Assim, a equipe de produção precisa “inventar” muita coisa que não está na obra original e distância os dois produtos, confundindo os fãs. Depois, porque o gameplay é um fator essencial para levar o público para dentro do jogo, enquanto na TV você apenas assiste.

Temos como base um game com uma história extraordinária, com personagens e relações incríveis

Mazin acredita que a franquia da Naughty Dog combate naturalmente esses dois pontos. “A primeira coisa que eu e Neil conversamos foi: temos como base um game com uma história extraordinária, com personagens e relações incríveis. Então, a decisão mais inteligente foi fazer uma série de TV de verdade com isso, não tentar simplesmente fazer tudo igual ao jogo”, analisa o produtor.

Para ele e Neil, era necessário apenas manter o espírito e a essência de The Last of Us para que fosse possível entregar um show que seria amado pelas pessoas que jogaram o game, mas também um que mesmo quem não conhece nada da obra possa se apaixonar. “E eu acho que conseguimos, realmente acredito nisso”, finaliza.