Em conversa ao Flow Games, Epic traça futuro épico no Brasil
Com abordagem multifacetada, a Epic Games colhe grandes frutos aqui e no mundo
m grande presença na primeiríssima edição da Gamescom LATAM, a Epic Games não veste a armadura de seu nome – “épico” – à toa. Com números robustos, consistente crescimento e presença massiva no quesito comunidade, a gigante traçou um ótimo panorama de sua participação no Brasil.
Em entrevista ao Flow Games, Alain Tascan, EVP de Game Development, Mauricio Longoni, Senior Director (Epic Games Brasil), e Leão Carvalho, Senior Marketing (Epic Games Brasil), falaram sobre os desafios de se renovar, o trabalho intimamente ligado à percepção dos fãs e o ecossistema que a Epic está construindo – muito além de Fortnite.
Epic Games: números colossais
Até novembro de 2023, o número de usuários ativos mensais mostra 100 milhões, montante que representa uma enorme fatia de negócios para a empresa. “Crescemos pensando na comunidade e colocando-a em primeiro lugar”, diz Leão.
Para efeitos de contexto, a Aquiris, querido estúdio brasileiro que assina o icônico Horizon Chase, se uniu à Epic para se tornar a Epic Games Brasil, aliança que dá sequência a um investimento que a companhia brasileira recebeu da empresa americana em 2022. Isso, por conseguinte, gera um engajamento muito maior com a comunidade nacional.
“Temos um histórico de suporte em larga escala e isso amplia nossos horizontes por aqui”, diz Mauricio. “Investimos e pensamos no setor com grandes planos ao Brasil, e essa união permite que ampliemos nossa presença”, complementa.
Atuamos com transparência e muita comunicação junto à comunidade. É isso que tem permitido criar a ideia de ecossistema para além de Fortnite – Leão Carvalho, Senior Marketing na Epic Games Brasil
Para que se tenha uma ideia da devolutiva que a Epic dá à comunidade, cerca de US$ 320 milhões (quase R$ 2 bilhões na atual cotação do dólar) foram pagos a criadores third-party. Esse montante foi divulgado durante a Game Developers Conference, em março de 2024.
O programa Criadores de Ilhas, feito especificamente para criadores e desenvolvedores de Ilhas do Fortnite, permite que os participantes publiquem ilhas e sejam pagos por engajamentos. Até dezembro de 2023, foram computados 20 mil criadores nesse programa.
“É uma forma de engajamento que funciona para as duas partes. Atuamos com transparência e muita comunicação junto à comunidade. É isso que tem permitido criar a ideia de ecossistema para além de Fortnite, trazendo sempre novas pessoas à Epic”, comentou Leão. Também durante a GDC 2024 foi divulgada a quantidade de ilhas publicadas: cerca de 80 mil.
A “percepção” de algo maior com outras experiências
Ciente do carro-chefe que é Fortnite, a Epic ampliou, de um tempo para cá, as experiências que pode oferecer para abocanhar públicos diferentes, com o quesito acessibilidade e “fácil porta de entrada” em mente.
Títulos como LEGO Fortnite, lançado em dezembro de 2023 sob a proposta de oferecer um mundo aberto de sobrevivência com a estética que os fãs amam, servem como ponte para esse ecossistema, bem como Rocket Racing, que adiciona um tempero futebolístico “motorizado” na jogada – e cuja base de jogadores permanece sólida. A “percepção” sobre isso pode acometer pessoas fora da bolha de games.
“Se você me diz que sua mãe sabe o que é Fortnite, então acho que estamos cumprindo nossa missão”, brincou Alain Tascan, que viajou ao Brasil para visitar a Gamescom LATAM, em resposta à nossa colocação sobre o assunto. “Percepção é algo que muda com o tempo, mexe com a comunidade, faz a gente pensar em tudo que realizamos. Ampliar nossas experiências a um novo público, e seguir agradando a audiência já existente, é um desafio novo a cada dia”, concluiu.
Fortnite é um gigante por sua própria natureza, e os planos da Epic – lá fora e aqui – são um reflexo da transparência com a qual ela atua junto à comunidade. Vejamos como estarão os números na Gamescom LATAM 2025, que inclusive já está confirmada.
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