Conferimos Armored Core 6, um respiro frenético dos Souls

Armored Core não é novidade para a FromSoftware, que concebeu a franquia lá em 1997, no PS1, mas, em comparação aos últimos trabalhos do estúdio, o retorno a essa série representa, sim, um novo frescor à equipe de Hidetaka Miyazaki.

Afinal de contas, os últimos trabalhos desse time se resumem à consagração da fórmula soulslike, com Dark Souls, Bloodborne, Sekiro e Elden Ring. Armored Core 6: Fires of Rubicon permite que o estúdio volte a um estado mais experimental de retomar uma franquia querida pelos desenvolvedores – que agora têm mais dinheiro em caixa para se aventurar em algo diferente.

O game teve uma apresentação robusta durante a Summer Game Fest, e o Flow Games pôde conferir, de perto, um material deveras promissor.

Não se engane: Armored Core 6 é muito FromSoftware

Combinando 25 anos de experiência no desenvolvimento dessa franquia e de outras, o game oferece uma intensa experiência com mechas, em batalhas de ritmo acelerado, personalização detalhada e intensas lutas contra chefes – naquela dose de masoquismo que os fãs da From gostam.

Ambientado num futuro distante, Armored Core 6 mostra uma nova substância misteriosa, chamada “Coral”, descoberta no planeta remoto Rubicon 3. Como fonte de energia, esperava-se que essa substância aumentasse dramaticamente as capacidades tecnológicas e de comunicação da humanidade.

Em vez disso, causou uma catástrofe que envolveu o planeta e as estrelas próximas em chamas e tempestades, formando um “Sistema Estelar Ardente”.

Agora, corporações extraterrestres e grupos de resistência lutam pelo controle da substância. O jogador se infiltra como um mercenário independente em busca da substância, enfrentando as corporações e outras facções. É aqui que o estilo modulável e rápido de jogar brilha como centro das atenções.

Imagem: Bandai Namco

Gameplay frenético

Seguindo os alicerces dos antecessores, Armored Core 6 apresenta ação dinâmica e desenfreada, em que seus reflexos devem agir muito mais pela rapidez de pensamento do que por movimentos estudados – uma mudança considerável de ritmo em relação aos Souls.

A troca de tiros em si, observada isoladamente, remete a um shoot’em up 3D, mais ou menos na escola de Ace Combat, em que diversos objetos são exibidos no seu radar e você deve usar mísseis e metralhadoras para dar cabo deles.

Alguns mechas são mais ferrenhos que outros e não envolvem apenas o combate de fogo, mas sim o corpo a corpo. Essas lutas metálicas, quase que como arenas, rapidamente se transformam em batalhas à moda Souls, com alguma necessidade de calcular golpes e esquivas, além de calma e resiliência.

Imagem: Bandai Namco

A FromSoftware reforça que, embora Armored Core 6 sinalize a uma experiência diferente e mais modular em relação aos últimos jogos dela, o sentimento de satisfação após tentativa e erro ainda se faz presente como pilar da jornada.

Exploração robótica

Os gráficos são arrebatadores, bem como a quantidade de inimigos na tela – impressiona a performance, que se manteve estável diante de inúmeras explosões e oponentes presentes nas situações.

A exploração conta com a ajudinha das traquitanas que um mecha tem: pairar sobre os ares, realizar saltos gravitacionais de grande impulso e, é claro, destroçar quaisquer obstruções que incomodem graças a um arsenal de respeito.

Imagem: Bandai Namco

Tal como outros jogos do estúdio, sim, a exploração recompensa o jogador à altura de seu esforço – bem como reserva desafios secretos a serem descobertos, sem deixar a peteca masoquista cair. Aliás, a estrutura é focada em missões fechadas, não em mundo aberto.

Num escopo menor, que busca atender aos anseios e desejos do próprio Miyazaki-san em revisitar essa franquia, Armored Core 6: Fires of Rubicon pode ser uma grande porta de entrada a um dos títulos mais antigos da FromSoftware, ciente de que a base existente, embora moderada, também terá sua cartela de exigências.

O jogo será lançado no dia 25 de agosto para PS5, PS4, Xbox Series X|S, Xbox One e PC.