
Review: novo Hyrule Warriors é o melhor da franquia
Hyrule Warriors Age of Imprisonment tira bom proveito do Nintendo Switch 2
Imagem: Nintendo
e você jogou a campanha de The Legend of Zelda Tears of the Kingdom e ficou pensando "nossa, seria legal poder passar mais tempo com a Zelda e ter uma aventura com ela e seus amigos", saiba duas coisas. Uma é que você não está sozinho nessa. E outra é que Hyrule Warriors Age of Imprisonment torna o seu sonho realidade.
Pois é, mesmo que você não seja lá muito fã de musou, pode ser que valha a pena experimentar essa jornada, já que ela mistura elementos o suficiente de narrativa e de coisas mais “zeldísticas” a fim de garantir que os fãs da série divirtam-se do início ao fim. Entenda no nosso review completo a seguir.
A série brilha no Nintendo Switch 2
Quando o primeiro Hyrule Warriors foi lançado lá em 2014 para o Nintendo Wii U, ficou evidente o quão bem as aventuras de Link e Zelda encaixavam com o hack and slash frenético ao melhor estilo Dynasty Warriors.
Em parceria com a desenvolvedora Omega Force, a Nintendo deu cara nova para uma de suas mais respeitadas franquias. Só que mesmo com ports para 3DS, edições definitivas no Switch, e até uma sequência para Nintendo Switch, a Age of Calamity, sempre pareceu que esses jogos estavam mordendo mais do que conseguiam mastigar. Ao menos até agora.
Afinal, a graça dos musou é justamente lotar as telas com centenas de inimigos e manter uma boa performance estável no processo, tornando o ato de fatiar as hordas imensamente gratificante.
Com o hardware mais parrudo do Nintendo Switch 2, e o desenvolvimento migrando para o novo estúdio AAA Games fundado pela Koei Tecmo em 2024, Hyrule Warriors Age of Imprisonment mostra a série em seu potencial técnico máximo.
Prato cheio para os fãs
Você sabe que a aventura vai ser densa quando um musou dedica uns 90% da sua primeira hora de gameplay a contar uma história ao invés de encher o jogador de batalhas sem parar. Inclusive, se você não zerou The Legend of Zelda Tears of the Kingdom, é uma boa ideia fazer isso antes de jogar Hyrule Warriors Age of Imprisonment, a não ser que você não ligue para spoilers.
Vou tentar evitá-los ao máximo por aqui, mas há coisas que não dá para deixar de fora. Por exemplo, a aventura começa assim que a Zeldinha acorda na Hyrule do passado, onde é encontrada pelos primeiros rei e rainha fundadores de Hyrule. Entre zonai, hylians e construtos, a princesa guerreira luta para encontrar uma forma de voltar ao tempo presente, exatamente como vimos em Tears of the Kingdom.
Se lá nós tínhamos apenas lampejos dessa trama através de flashbacks e cutscenes, em Hyrule Warriors Age of Imprisonment nós protagonizamos os eventos em primeira mão, tendo o prazer de ir para o campo de batalha ao lado de Mineru e muitos outros rostos conhecidos da época. Com a ameaça de Ganondorf e dos Gerudo no horizonte, a tal “era do aprisionamento” está lotada de batalhas épicas de tirar o fôlego.
Eu cheguei até a ficar arrepiado na primeira vez em que aconteceu de estar prestes a começar uma fase, e a cutscene revelar que eu estava revendo um grande momento de Tears of the Kingdom por outra perspectiva. Finda a cena familiar, foi um deleite poder participar de uma batalha em larga escala dando prosseguimento ao que já era muito legal apenas assistindo passivamente em Tears of the Kingdom. Hyrule Warriors Age of Imprisonment está repleto de agradinhos assim.
Hack and slash raiz
Se você nunca encostou em um Dynasty Warriors ou em outras adaptações de musou da Nintendo, como o ótimo Fire Emblem Warriors, a ideia aqui é que você possui múltiplos personagens jogáveis, cada um deles portando uma série de golpes especiais diferentes para varrer os inimigos no campo de batalha.
Essas arenas costumam ser relativamente “fechadas” em seu design, e cabe ao jogador acompanhar um mapinha no canto da tela para ver quais áreas estão infestadas de inimigos, sob risco de ocupação, ou que são alvo da próxima missão principal para seguir com a história. No geral, é uma fórmula que funcionava bem nas décadas anteriores, e que segue bem eficaz, ainda que repita muitos dos antigos problemas do gênero, como a falta de variedade de oponentes.
É muito gratificante ver a Zelda usando uma “espada de luz” quase como se fosse uma Jedi, e então saltar rapidamente para o controle de outro personagem, como o imponente Rei Rauru, emendando uma esquiva na hora certa para ativar um ataque flurry e sobrecarregar as defesas inimigas. Se nem isso quebrou a barra de escudo do rival, que tal ativar um ataque de sinergia especial entre os personagens?
Além do espetáculo visual, isso implica em ficar de olho nos medidores de cooldown e até mesmo aplicar elementos estratégicos e de risco e recompensa nas batalhas. Por exemplo, além de causar muito dano, os golpes especiais também servem como um contra-ataque para os golpes especiais dos inimigos, garantindo que você consiga escapar sem tomar dano. Se vale mais a pena jogar na ofensiva ou defensiva, fica a cargo do jogador no calor da batalha.
Apresentação de primeira
Mesmo podendo escolher entre diferentes níveis de dificuldade, o desafio de Hyrule Warriors Age Of Imprisonment não é dos mais altos, especialmente levando em conta que os seus heróis sobem de nível e ficam ainda mais poderosos com o passar do tempo.
Como o design dos mapas não é muito variado, e os sub-chefes tendem a se repetir bastante, eu sinto que Hyrule Warriors Age of Imprisonment é melhor aproveitado em pequenas sessões, quem sabe jogando apenas duas ou três fases por vez, parando antes de cansar. Assim você minimiza os problemas inerentes ao gênero musou e capitaliza no que Hyrule Warriors Age of Imprisonment traz de melhor: o clima cinematográfico.
Tanto em inglês como em japonês, a atuação dos dubladores ficou ótima e bastante imersiva, o que me faz lamentar mais ainda a falta de localização em português.
E apesar de certos aspectos dos cenários terem texturas um pouco mais simplórias, a modelagem dos personagens ficou bem acima da média, e quem já gostava de Tears of the Kingdom vai encontrar uma experiência ainda mais deslumbrante em Hyrule Warriors Age of Imprisonment. Só, obviamente, sem aquele mundão aberto da aventura principal.
Vale a pena jogar Hyrule Warriors Age of Imprisonment?
Se você gosta de musou, Hyrule Warriors Age of Imprisonment é um prato cheio. Se não curte, o maior foco em narrativa e as ligações diretas com o universo de Zelda talvez sejam até o bastante para te persuadir a cair nos encantos do mais puro hack and slash. Esse é um legítimo exclusivo de peso para o Nintendo Switch 2, e quem curte a franquia certamente vai adorar cada minuto da campanha.
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Hyrule Warriors Age of Imprisonment
Publisher: Nintendo
Desenvolvedora: Koei Tecmo AAA Games Studio
Plataformas: Nintendo Switch 2
Lançamento: 06/11/2025
Tempo de review: 18 horas
Maior, melhor e mais polido que os seus predecessores, Hyrule Warriors Age of Imprisonment é o melhor musou da Nintendo até hoje, e prato cheio para os fãs de Zelda.
Prós
- Boa história que amarra bem com Tears of the Kingdom
- Maior polidez técnica do que todos os musou da Nintendo
- Boa variedade de personagens jogáveis e poderes
- Excelente atuação na dublagem
- Visual cinematográfico com ares de Ghibli
Contras
- Trilha sonora poderia ser mais marcante
- Falta de localização em português
- Faltou maior variedade de inimigos e chefes











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