Jogamos: Skull and Bones diverte se estiver entre amigos

A convite da Ubisoft Brasil, o Flow Games testou o endgame do jogo, isto é, o conteúdo apresentado após a conclusão das missões principais da campanha. E sim, há uma fartura de atividades que, coletivamente, se tornam mais cativantes.

Mas será que isso é capaz de convencer aqueles que desligaram sua atenção do jogo após tantos anos de adiamento? Ou que a proposta é robusta o suficiente para atrair veteranos do gênero? Vamos às reflexões.

O endgame de Skull and Bones: sobrevida de conteúdo

Após ter o prato principal arrematado, jogos de natureza online precisam oferecer uma sobremesa caprichada no pós-campanha. Faz parte da cartilha do multiplayer e é o que mantém a experiência viva dentro do conceito de “serviço”. Como o próprio sentido denota, o intuito é justamente “servir”, e fazer isso continuamente é um complexo desafio que os estúdios devem superar.

Dito isso, Skull and Bones propõe que os jogadores sigam explorando os mares com uma série de atividades:

• Busca por tesouros perdidos
• Encalço e captura de piratas lendários
• Caça de animais marítimos raros
• Batalhas navais contra robustas tropas inimigas
• Coleta de equipamentos e itens novos

E mais. Dentro disso, há uma série de eventos dinâmicos que surgem pelo mapa e reúnem outras demandas – sempre pensadas no caráter coletivo, em missões que funcionam disparadamente melhor se cumpridas entre amigos do que sozinho.

Imagem: Ubisoft

Sim, jogar entre amigos é fundamental para extrair o melhor do jogo

Em Skull and Bones, você é, por definição, um pirata. Portanto, o mundo ao seu redor se comporta dessa forma e você responde a isso: converse com pessoas, aceite missões num quadro, colecione tesouros, mude sua aparência, implemente um visual arrojado e adote o seu próprio estilo. Skull and Bones te dá esse tipo de liberdade e isso é bem legal.

E sim, as ilhas são exploráveis a pé, para quem ainda estava com essa dúvida, mas tenha em mente que esse não é o foco do gameplay, centrado nas navegações e batalhas marítimas. Aqui, Skull and Bones brilha quando você consegue reunir um grupo de amigos e todos saem juntos velejando mar afora para desbravar os confins do oceano – magia essa que Sea of Thieves matou a pau faz tempo.

Skull and Bones chega um pouco atrasado nessa fila, mas tenta fazer seu ingresso valer o tempo. É muito divertido jogar aos berros no chat quando você e seus comparsas estão bombardeando uma baleia assassina gigante ou diante de um pirata lendário rodeado de capangas.

Aqui, o trabalho em equipe é crucial: use as laterais do navio, mude sua rota, flanqueie o adversário, atente-se à direção do vento e, por obséquio, tenha um CURADOR no time. Esse carinha é simplesmente imprescindível na estratégia de combate naval. Nada de novo no front, novamente, mas tudo fica melhor quando o multiplayer acontece – mais ainda entre amigos. No entanto, é preciso ter o quórum para isso, porque, ao jogar sozinho, a experiência definitivamente perde sua alma.

Veredito parcial e ajustes

Além das ressalvas citadas acima, há dois feedbacks de extrema relevância que o Flow Games gostaria de registrar para que a Ubisoft corrija:

O tempo para os eventos dinâmicos é muito curto: você não tem sobras nas longas (e árduas) batalhas, e algumas missões requerem que o jogador leve o item de vitória até o mandante para obter a recompensa. Se houver qualquer empecilho na rota, esqueça. E a velocidade do barco, mesmo com o vento soprando a favor, é consideravelmente lenta, portanto, esses ajustes podem refinar um pouco mais o dinamismo do gameplay.

Outro detalhe vai para a interface: ao navegar por menus, alguns avisos brotam na tela em cima de ícones e descrições importantes, obstruindo um pouco a visualização. São pequenas correções que se traduzem em refinamento mais do que qualquer outra coisa.

Em suma, embora seja lançado na prorrogação de uma janela de entusiasmo, Skull and Bones reserva sua magia aos amantes de um bom multiplayer, com uma dose adicional de encanto aos fãs da temática de piratas. O generoso endgame é só um reflexo dos esforços que a Ubisoft faz para deixar a experiência robusta a todos os jogadores. Vejamos como isso se reflete com o tempo.

Skull and Bones será lançado no dia 16 de fevereiro de 2024 para PS5, Xbox Series X|S e PC.

O Flow Games testou o endgame de Skull and Bones a convite da Ubisoft Brasil.