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Jogos como serviço: desenvolvedores não confiam no formato

De acordo com pesquisa, pelo menos 70% dos desenvolvedores não confiam no formato de jogos como serviço

17.04.2024 às 9:36

Cada vez mais, os estúdios e empresas parecem inclinados a fazer jogos como serviço, ou seja, títulos geralmente online que recebem atualizações e novidades para manter os jogadores ativos. Apesar dessa tendência de mercado parecer algo que as empresas querem, os desenvolvedores não parecem tão felizes ou até mesmo confiantes com isto.

Em uma pesquisa realizada pelo Game Developer com 600 desenvolvedores, quando perguntados sobre a sustentabilidade de jogos como serviço, 39% demonstraram estar levemente preocupados e 31% demonstraram estar muito preocupados. Somente apenas 4% deles não souberam responder o que pensar sobre o assunto.

jogos como serviço - desenvolvedores não confiam no formato

Imagem: Game Developer

A causa para esta preocupação está mais focada em dois motivos, sendo estes: jogadores perdendo o interesse nos jogos e competição com outros títulos como serviço. Não somente isso, eles também apontaram com menos ênfase para outras preocupações, como o aumento dos custos para conseguir novos usuários e até mesmo para o desenvolvimento.

Desenvolvedores vão na contramão do que pensam estúdios de jogos como serviço

Apesar de toda esta preocupação, como mencionado acima, empresas estão cada vez mais interessadas em jogos como serviço. Em março, por exemplo, a Warner Bros. Discovery reforçou que pretende se focar em títulos deste tipo.

A Warner, por sua vez, vale lembrar que tem enfrentado dificuldades com um de seus últimos jogos como serviço. O Esquadrão Suicida Mate a Liga da Justiça tem visto o seu número de jogadores online cada vez diminuir mais, chegando a ficar atrás até mesmo de outros jogos mais antigos focados na campanha.

esquadrão suicida - um dos jogos como serviço

Imagem: Warner Bros. Games

Ainda assim, continuando no assunto Warner, Morgan Stanley, CEO da empresa, chegou até a mencionar que franquias como Mortal Kombat, Game of Thrones, DC e Harry Potter estariam nos planos de jogos como serviço.

Um desenvolvedor de Knockout City, um jogo como serviço que já teve suas atividades encerradas, deu uma declaração há pouco tempo em que outros desenvolvedores deveriam lançar versões de seus jogos modificadas para terem “servidores privados”. A ideia para isso, claro, consiste em deixar o título acessível mesmo após a empresa desistir dele.

E você, leitor. O que acha dessa tendência de jogos como serviços? Eles te agradam ou prefere o mais clássico offline e focado em uma boa campanha? Participe ao deixar seu comentário!

Via: Videogameschronicle

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GuiBrito
GuiBrito
7 meses atrás

É muito bom ler isso, os desenvolvedores tem uma visão de mercado muito mais apurada que os que mandam nas empresas, é absurdo pensar em algo desse tipo. O problema que eles dão a vida para produzir esse tipo de jogo, e se não da resultado, eles que são os culpados e demitidos.
Quem sabe com tantos resultados dos novos jogos de serviços que são lançado, tem uma mudança de mentalidade.