Review: Like a Dragon Gaiden mata saudades do Kiryu em ótima aventura

Se você faz parte dessa galera mais purista, provavelmente vai adorar Like a Dragon Gaiden The Man Who Erased His Name. Afinal, além do Dragão de Dojima voltar ao protagonismo, o gameplay também retorna ao clássico formato beat ‘em up.

Imagem: Sega

Em muitos sentidos, essa é uma legítima sequência de Yakuza 6 The Song of Life, o que não é nenhuma surpresa para quem zerou o sexto capítulo, já que o próprio título de Like a Dragon Gaiden faz menção aos eventos climáticos daquela jornada.

Like a Dragon Gaiden é um legítimo capítulo completo da saga

Apesar de Like a Dragon Gaiden ter nascido como DLC (já que o diretor Masayoshi Yokoyama sugeriu ampliar a história do Kiryu durante o desenvolvimento de Infinite Wealth), em nenhum momento o novo game deixa a desejar quando comparado aos demais, sendo apenas um pouco mais curto.

E olha que foram apenas seis meses de desenvolvimento. O suficiente para o pessoal da Ryu Ga Gotoku polir gráficos muito bonitos e um gameplay lisinho, com Like a Dragon Gaiden ostentando as mecânicas de porradaria mais satisfatória que a sua linha de beat ‘em ups já teve.

Fonte: SEGA

Como sempre, há duas formas principais de se divertir em Like a Dragon Gaiden: seguindo a campanha principal e sua narrativa cinematográfica intercalada com fases de pancadaria pura, ou explorando o mundinho aberto e suas atividades paralelas.

Como de praxe, você poderá jogar fliperamas clássicos da produtora na faixa (como o novo SEGA Racing Classic 2), se aventurar no karaokê, ou até mesmo visitar o mais imersivo clube de cabaré de todos, investindo o seu suado dinheirinho em divertidas cenas com atrizes reais de carne e osso.

Há um modo foto que permite tirar selfies legais, e a adição da Akame Network dá um novo propósito para as atividades paralelas, premiando o jogador por se aventurar nas side-quests simplificadas. Tudo o que você faz agora rende frutos mais claros e diretos.

Like a Dragon: canção do exílio

Todos esses eventos acontecem enquanto Kazuma Kiryu, agora usando o nome de Joryu, é forçado a sair de sua aposentadoria pacífica e reclusa e encarar uma nova leva de desafios a mando de interesses superiores que, claro, não iremos spoilar por aqui.

Imagem: SEGA

O que posso dizer é que vale bastante a pena zerar especialmente os jogos Yakuza 6 e Like a Dragon a fim de entender melhor a história e apreciar as suas muitas conexões explícitas e outras mais sutis, mas fora as surpresas “estragadas”, dá até para começar a sua jornada na série por aqui se quiser.

O combate está bem redondinho e, dessa vez, você pode superar as hordas de inimigos de duas formas: usando o estilo Agent ou o estilo Yakuza. Este último é mais tradicional e focado em golpes corpo a corpo poderosos, com técnicas bem agressivas.

Já o estilo Agente é a grande novidade, com Kiryu abusando de golpes ligeiros, mas também de aparatos técnicos como invocar drones (o que você libera com 4 ou 5 horas de campanha) e usar teias ao melhor estilo Homem-aranha para prender e arremessar os rivais.

Motivos para amar o mais lendário Yakuza!

É muito legal que esse seja o primeiro jogo da franquia disponibilizado com legendas em português desde o seu lançamento (anteriormente, Like a Dragon também recebeu legendas, mas em um patch tardio), e é ótimo saber que isso também vai rolar no Infinite Wealth.

Like a Dragon Gaiden pode até não ser o título mais parrudo no que diz respeito a duração da campanha e quantidade de conteúdo, já que o foco principal dessas coisas parece estar em Infinite Wealth, mas não se deixe enganar: ele é um Yakuza bem completinho, polido e bem-feito.

Se você nunca jogou nada da série, é perfeitamente possível começar por aqui, se apaixonar e ficar com vontade de tirar o atraso. Já os veteranos vão adorar o retorno da lenda Kiryu e do sistema de combate mais tradicional. Que venham mais e mais fãs para essa franquia incrível!