Preview: Call of Duty Black Ops 6 refresca fórmula com novidades
O Beta fechado de Call of Duty Black Ops 6 aconteceu no último fim de semana, mas está bom? Confira
requentemente, Call of Duty é comparado à FIFA (agora EA Sports FC): ano vai, ano vem, mas o alicerce de gameplay é quase o mesmo, mudando coisas pontuais. Justamente por conta disso que Call of Duty Black Ops 6 pode estar atraindo mais atenção do que o normal recentemente, já que é o primeiro há um tempo que vai mexer em certas estruturas.
No último fim de semana, tivemos acesso ao Beta fechado de Call of Duty Black Ops 6 (o Beta aberto começa amanhã, dia 6) e testamos algumas horas para ver as mudanças na prática. Então, afinal: essa é a primeira mudança grande da franquia em anos ou é mais uma iteração?
Call of Duty Black Ops 6 muda fundação, mas não abala estruturas
Se você está por fora, Call of Duty Black Ops 6 já teve alguns trailers destacando as novidades da fórmula que vai apresentar, como: movimento omnidirecional, a possibilidade de usar oponentes como escudo humano e as iterações de sempre, como novos gadgets, kill streaks etc.
O astro da vez é o “omnimovement”, ou movimento omnidirecional, que permite que os jogadores saltem, esquivem, pulem de costas, mergulhem para frente, de lado e da forma que acharem melhor para jogadas, tudo isso combinado com deslizes rápidos e corridas aprimoradas (que vimos desde Modern Warfare).
Outro ponto interessante é com os cenários foram confeccionados para aproveitar o leque de ações extras que os jogadores têm à disposição, como portas que reagem fisicamente a impactos, corrimãos e ladeiras que propiciam os saltos etc. Além disso, você pode usar um oponente como escudo temporariamente, garantindo uma proteção extra interessante.
Essa combinação de movimentação de Call of Duty Black Ops 6 é refrescante na fórmula CoD, que já tem mais de uma década de semelhanças e poucas adições. Em um primeiro momento, não pareceu algo revolucionário e uma sensação que altera profundamente o gameplay, mas sim um extra interessante para a dinâmica variar um pouco mais, oferecendo novas opções de abordagem.
Entretanto, talvez o Beta de Call of Duty Black Ops 6 não tenha oferecido os cenários ideais para testar isso de uma maneira mais vasta, pois em poucos dias vi um meta sendo criado e difícil de escapar dele.
Novo meta ou questão de costume?
Se você já teve a chance de jogar Call of Duty Black Ops 6 nos dias que esteve disponível para quem já fez a pré-venda do game, deve ter reparado em uma constante que dominou as partidas: o uso do movimento omnidirecional constante combinado com SMGs ou Shotguns.
Os mapas apresentados nos três modos disponíveis no Beta eram relativamente pequenos (e com espaços nos cenários maiores), criando gargalos e pontos cegos ideais para armas letais de curto alcance – que, quando somadas, acabam eliminando estratégias que se diferenciem dessa última.
Por ser uma fórmula com mais de uma década, ainda é difícil entender se Call of Duty Black Ops 6 ruma para um estilo diferente de jogadas (ou até se isso é intencional). Por ser um teste Beta, muitas coisas podem mudar até o lançamento do jogo, programado para o fim de outubro.
Agora uma opinião particular minha: talvez, da mesma forma que vimos com a corrida aprimorada (a que a arma fica apontada para cima), as opções de pulos e esquivas do movimento omnidirecional poderiam ser um pouco mais limitadas, com cargas de uso ou uma barra de vigor que limite o uso constante dessa mecânica.
Talvez eu esteja errado e seja apenas uma percepção do Beta de Call of Duty Black Ops 6 que, como disse, trouxe um playground limitado para entendermos o real impacto no escopo maior.
Ainda há problemas normais de um Beta
Como é esperado de um jogo em Beta, Call of Duty Black Ops 6 ainda tem algumas arestas para aparar e entregar uma experiência polida, como bugs, problemas de performance e crashes.
Não vi muitos deles (o que já é positivo), mas os poucos que eu notei incomodaram a ponto de atrapalhar o rumo das partidas. O principal deles foi, sem dúvidas, crashes não tão raros durante a jogatina: não era tão incomum o jogo travar, fechar e ver o alerta de problemas – em outros casos, o game ficou congelado por mais de um minuto até ser fechado.
Outro problema chato foi notar stutterings, as famosas “engasgadas” de performance. Eu joguei Call of Duty Black Ops 6 no PC, como uma GeForce RTX 4090, um i7-13700K e 32 GB de RAM DDR5 e o desempenho estava dentro do esperado com tudo no Ultra, mas, de vez em quando, o frametime de renderização tinha picos altos.
Traduzindo o “tequiniquês”, isso significa que o jogo apresenta alguns milissegundos de tela congelada, que não parece ser de shader compilations nem de carregamento de mapa (rodei o game em um SSD NVMe de 7200 MB/s e os mapas são pequenos). Procurando na internet, vi os mesmos relatos aparecendo. Pode parecer bobeira, mas isso é muito impactante durante os tiroteios.
Novamente, ainda é um Beta, que começou em agosto, para um jogo que lança no fim de outubro, então há quase 2 meses para entregar uma experiência mais redonda
Call of Duty Black Ops 6 chega ao PC, PS5, PS4, Xbox Series e Xbox One no dia 25 de outubro (e o Beta aberto começa nesta sexta, dia 6 de setembro).
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