Cultura Pop

The Last of Us: criador fala da recepção negativa do episódio com Bill

O showrunner da série, Craig Mazin, falou da importância que o episódio teve para o restante da produção

28.08.2023 às 11:47

Atenção, a matéria a seguir pode conter spoilers, se você ainda não assistiu à série, a leitura ficará por sua conta e risco.

Apesar do sucesso estrondoso da série de The Last of Us na HBO Max, o conteúdo da produção teve algumas controvérsias. O polêmico episódio com Bill e Frank gerou uma recepção mista entre os fãs. Muitos viram como exagerado e criticaram duramente por terem dedicado grande parte para mostrar o relacionamento homossexual dos dois personagens.

No entanto, o co-criador da série, Craig Mazin, disse que apesar de tudo, o episódio foi necessário para dar continuação à narrativa.

the last of us

Imagem: HBO

Episódio de Bill e Frank em The Last of Us foi bem criticado

Em uma entrevista concedida ao IndieWire, Craig Mazin, comentou sobre o episódio polêmico e disse que mesmo com as críticas, ele foi importante para dar sequência aos acontecimentos.

“Algumas pessoas não gostaram do Episódio 3 porque, você sabe, é coisa gay. E então eles tentam retroativamente encontrar uma razão [diferente e inofensiva].[Mas] uma das reclamações que vi foi: ‘Ah, é apenas um episódio filler – um episódio que não faz parte da história original – Isso não avança a história. E eu pensei, ‘Acho que esse episódio avança a história mais do que qualquer outro episódio que temos’ – porque não é o enredo, é o personagem. É a carta que Bill deixa para Joel que alimenta o resto do show”, disse Mazin.

No jogo, a relação de Bill e Frank é contada de uma forma mais ‘tímida’, no entanto, com o objetivo de retratar de uma forma diferente, a HBO aborda mais a fundo a conexão dos personagens. E querendo ou não, traz uma mensagem importante.

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Imagem: HBO

O Bill da série é retratado como uma pessoa rígida, que só liga para si mesmo. Mas após conhecer Frank, ele começa a ver tudo com outros olhos, se mostrando mais favorável em um mundo hostil para os humanos. Apesar de se tratar de um relacionamento LGBT+, a série de The Last of Us mostra que é possível cultivar o amor na pessoa mais frígida e em meio ao caos no mundo.

Muito do que trata esta história é apenas abordar a romantização do amor de frente e explorar onde ele pode dar certo e onde pode dar errado. Mas o fato é: o amor em si é imoral. É imoral porque não segue regras. Não é por isso que o amor existe. Não tem nada a ver com regras. Não vive na parte do nosso cérebro que cria regras”, disse Mazin.

Sendo assim, a história reforça o pedido de Tess para que Joel cuide de Ellie. No qual mostra no último episódio, Joel salvando Ellie e sacrificando toda a humanidade para não perdê-la, retratando o amor que ele criou por ela.

A 1ª temporada de The Last of Us está disponível no HBO Max. Vale ressaltar que a série de The Last of Us recebeu 24 indicações ao Emmy Awards.

Via: Eurogamer

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