Oficial: TODOS os jogos da Bethesda são exclusivos Xbox desde 2021
Agora sabemos: uma decisão em 2021 firmou que todos os games da Bethesda são exclusivos do Xbox
Esta quinta-feira (29) marca o último dia de audiência da Microsoft com o FTC, órgão regulador de comércio americano. Entre as novidades apresentadas, temos a notícia de que Phil Spencer confirmou em 2021 que todos os jogos da Bethesda seriam exclusivos de Xbox a partir daquele ponto.
Apesar de parecer um assunto que, nesta altura, já tínhamos como algo certo, a realidade é que a Microsoft evitou tocar muito neste tópico desde 2021, data em que adquiriu a Zenimax, empresa-mãe da Bethesda. Desde então, é uma incógnita se todos os títulos da empresa seriam exclusivos ou não.
No passado, ficou subentendido que todas séries e ideias novas, como Redfall e Starfield, seriam exclusivos, mas franquias grandes, como The Elder Scrolls, Wolfenstein e mais seriam discutíveis caso a caso. Entretanto, parece que essa não é bem a realidade.
Todos os jogos da Bethesda são exclusivos de Xbox
De acordo com uma troca de emails entre Phil Spencer, chefe da divisão Xbox, e Matt Booty, presidente do Xbox Game Studios, Spencer afirmou que todos os games da Bethesda a partir daquele ponto seriam exclusivos do ecossistema Xbox (consoles, PC e nuvem).
A informação foi surpresa até mesmo para executivos de alto escalão, como Tim Stuart, CFO do Xbox, que respondeu em email para Matt Booty o seguinte:
Todos os jogos a partir de agora? Não só novas IPs, mas TODOS os jogos a partir de agora? Uau.”
Parte dessa evidência é Indiana Jones, que mesmo contratualmente decidido ser um jogo multiplataforma, teve uma renegociação para ser exclusivo de Xbox e PC.
Portanto, se ainda havia dúvidas entre os fãs da Bethesda, agora está bem claro que a estratégia já estava desenhada e em execução desde novembro de 2021.
Mas afinal: por qual motivo jogos da Bethesda não seriam exclusivos de Xbox?
Você deve estar se perguntando o porquê de essa declaração sequer ser uma dúvida: não é para isso que as aquisições servem? Para adquirir propriedades intelectuais e torná-las exclusivas na plataforma de seu novo detentor? Afinal, é basicamente isso que a Sony faz há um tempo.
Entretanto, quando o assunto envolve grandes publishers sendo compradas, a questão não é tão simples assim, da mesma forma que vimos em Minecraft com a aquisição da Mojang em 2014.
Em suma, com franquias multiplataformas já estabelecidas, transformá-las em exclusivas podem significar uma grande perda de receita para a companhia. Pense dessa forma: até 2021, a Bethesda tinha um faturamento determinado por arrecadar de múltiplas fontes de renda, mas, quando algumas dessas fontes desaparecem, a arrecadação também.
Isso é algo que o próprio Tim Stuart questionou: “teremos problemas [de margem de lucro] neste modelo de negócios se deixarmos de lado uma quantia enorme de unidades PlayStation de fora do modelo”.
Porém, parece que ter prejuízos é algo que a Microsoft está disposta a arcar se isso significar aumentar a relevância do Game Pass e da marca Xbox, conforme apurado por Tom Warren do The Verge durante as múltiplas reuniões do FTC com a companhia.
Agora, a dúvida que paira é a seguinte: seria esse um argumento contra a aquisição da Activision no fim do dia? Apesar de a exclusividade de jogos não ser um problema de um modo geral na indústria, reverter a decisão de games multiplataforma no futuro é algo que pesa contra o Xbox.
Afinal, se a Microsoft já disse no passado que estaria disposta a ter prejuízos (e vale lembrar: isso não é apenas valores de faturamento, mas também eventual queda de preço de ações e desvalorização da empresa) em troca de melhorar a marca Xbox, poderia isso voltar a se repetir com Call of Duty e outras franquias da Activision Blizzard?
Vimos recentemente que o PlayStation lucra muito com a série em seus consoles e esse poder também ser um argumento a ser levado em consideração.
Fonte: via IGN
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