Prévia: Visions of Mana entrega mundo belo com alguns erros
Visions of Mana traz um mundo lindo, mas peca em alguns aspectos. Confira nossas primeiras impressões!
A série Mana, desde os seus primórdios no Super Nintendo, sempre chamou a atenção com seus mundos vivos e uma pegada diferente de outros RPGs. Visions of Mana, anunciado durante o TGA 2023, marca em agosto a chegada de um jogo “verdadeiramente novo” da franquia após praticamente uma década.
A Square Enix cedeu gentilmente uma chave para que o Flow Games possa testar o Visions of Mana de forma antecipada. A seguir, com base no começo da aventura, confira nossas primeiras impressões sobre o jogo!
Visions of Mana traz história simples
Sem entrar em muitos detalhes, o enredo de Visions of Mana gira basicamente em torno de pessoas que são escolhidas como a alma de um elemento, que varia de acordo com seu vilarejo.
Essa escolha da alma não chega a ser tão bem explicada, mas é basicamente importante para que o mundo, ou cada vilarejo, continue sendo abençoado com dias de paz e saúde para o povo. Após a seleção da alma, o jogador, que também é o guardião da alma, é apresentado a um mundo semiaberto para partir em sua jornada até a Mana Tree e cumprir seu destino.
Os personagens principais, como visto nos trailers, são Val e Hinna, que também são amigos de infância. Pessoalmente, eu gosto de RPGs com orçamento menor, mas devo admitir que senti falta de uma ênfase ou um esforço maior em apresentar os personagens e sua devida história.
O principal motivo para eu não ter gostado dos personagens principais está em seus diálogos rasos e falas óbvias dada a situação em que ocorrem, chegando até mesmo a serem previsíveis. Não apenas isso, as piadinhas entre os dois protagonistas não chegam a ser cativantes e cansam um pouco por serem até mesmo forçadas.
Pelo lado positivo, a trama, mesmo neste capítulo inicial, não demora tanto assim para desenrolar e a ação começa logo cedo em Visions of Mana. Dessa forma, enquanto a história não é tão bem explicada, pelo menos o ritmo visto no jogo agrada e ameniza a situação.
Além da parte do enredo principal, logo em seu começo Visions of Mana oferece algumas side quests, que concedem itens que geralmente não são vendidos ou ouro. O seu funcionamento é bem simples, basicamente consistindo em o jogador ir até um ponto e pegar um item ou derrotar um certo bicho.
Um mundo belo, mas com algo faltando
O Visions of Mana traz um dos mundos mais bonitos que já vi. Praticamente, no começo da aventura, somos levados a alguns vales com belas paisagens e que possuem cores bem vivas. Rodando o jogo no PC com a resolução 1440p e tudo no máximo, o mundo acaba se mostrando gracioso devido a uma direção artística acertada por parte da Square Enix.
Como mencionado anteriormente, o mundo de Visions of Mana acaba sendo semi aberto, ou seja, ele traz algumas regiões para serem exploradas com pequenos loadings. Ao menos no começo da aventura, essas regiões não são exageradamente grandes, algo que considero positivo, e ainda trazem áreas para serem exploradas.
Isso, claro, me comprou bastante, uma vez que sou o típico jogador que não pode ver uma bifurcação e querer explorá-la antes de seguir para o objetivo principal. Apesar de eu considerar este um ponto positivo, o loot destas áreas no começo da aventura não se mostra tão recompensador, apesar de ajudar na evolução de habilidades.
Outro ponto interessante adicionado em Visions of Mana, que não estava tão presente assim em seus antecessores, são pequenos elementos plataforma. Basicamente, alguns itens e até mesmo baús estarão em locais que não são acessados apenas com pulos simples.
A minha maior parte para a crítica do mundo de Visions of Mana, entretanto, fica com o fato de o jogo trazer poucos inimigos para serem enfrentados, dada a área que temos para explorar. Além disso, as poucas cabanas ou casas encontradas durante o caminho sequer podem ter suas portas abertas, ou seja, toda atividade é praticamente externa e a exploração é um pouco prejudicada ou repetitiva.
Nas cidades, por sua vez, os NPCs não parecem ter as vidas mais animadoras possíveis e geralmente estão parados. Na primeira vila, por exemplo, eles quase sempre estão apenas conversando e nada mais. Já ao falar com eles, honestamente, eu ainda não peguei um diálogo com algo revelador ou que me desse algo útil.
Combate divertido, mas simples demais
Assim como os outros jogos da franquia, Visions of Mana é um RPG de ação que preza por um combate mais simples. Essa simplicidade o torna bem divertido, mas ele está longe de ser perfeito.
Basicamente, o jogo traz dois botões de ataque, sendo um destes destinado para especiais, que na verdade não se diferem muito dos normais. Além deles, claro, o Visions of Mana traz magias para serem utilizadas, que podem ser acionadas a partir de um menu ou atalhos.
Enquanto o combate até que flui bem, principalmente com mais de um personagem na party, existe um pequeno problema. É relativamente fácil acertar seus inimigos, exceto quando eles são do tipo voador. Para facilitar a vida, ao menos na teoria, existe um botão para “travar o alvo”, mas este geralmente coloca a câmera tão distante que fica fácil perder a noção de onde está o personagem.
Mesmo com este problema na questão da câmera, jogando no modo normal, eu não tive nenhuma dificuldade nos combates nas áreas iniciais, até mesmo contra o seu primeiro chefe. Aqui, inclusive, vale notar que Visions of Mana possui quatro níveis de dificuldade para ser jogado.
Outro ponto a ser abordado, de forma não tão positiva, é que os personagens secundários (aqueles que não estão sendo controlados diretamente na luta) até dão bastante dano, mas não ajudam tanto em outros pontos. Inclusive, nas estratégias a serem definidas, o jogo não permite grandes alterações referentes ao seu estilo.
Já o seu sistema de evolução é bem interessante. Basicamente, as almas vêm com elementos que concedem classes aos personagens, sendo que cada uma delas traz habilidades diferentes, o que ao menos a princípio parece trazer um bom sistema em questão de diversidade.
Será que Visions of Mana entrega uma grande campanha?
O começo da aventura de Visions of Mana pode até encantar com seu belo mundo, mas alguns pequenos problemas podem ser vistos logo nas primeiras horas. Entretanto, caso siga o padrão visto no resto da franquia, o jogo deve oferecer uma campanha com 30 ou mais horas, espaço de sobra para evoluir alguns aspectos.
Mas se o Visions of Mana entregará tudo, nós apenas saberemos isto apenas mais para frente. O seu lançamento está marcado para o dia 29 de agosto de 2024.
Comentários
Uma pena o jogo não ter suporte ao portugues…
talvez deva sair ptbr quando for lançado o jogo completo
se nao sair, so aguardar os fãs lançarem tradução