YoDa entrevista Magistrike
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YoDa revela os bastidores de Magistrike, o seu primeiro jogo

Conheça Magistrike, o jogo do YoDa que está em financiamento coletivo até janeiro de 2024

15.12.2023 às 8:30

Imagem: Flow Games

Como a arrecadação continuará até o dia 21 de janeiro de 2024, fomos conversar diretamente com o diretor criativo do projeto para conhecer mais sobre os bastidores da produção. Leia a seguir a nossa entrevista exclusiva com Felipe Noronha, o YoDa.

Flow Games entrevista YoDa sobre Magistrike

Flow Games: Como foi que surgiu essa ideia de entrar para o mundo de desenvolvimento de jogos depois de dedicar tanto tempo da sua vida aos videogames de uma forma ou de outra?

YoDa: Olha, eu sempre tive uma vontade muito grande, a galera que me acompanha sabe… acho que desde 2019 eu falo em criar um jogo? Mas para mim sempre foi algo muito fora da realidade, algo muito distante, eu nunca imaginei que estaria participando disso.

Era como um sonho, algo do tipo “eu tenho essa vontade muito grande mas eu não vou correr atrás disso agora porque eu sei que o buraco é muito embaixo, é muito difícil, envolve muito dinheiro, não vai ser legal e não vai dar certo”.

Então sempre fui muito assim até vir a oportunidade de estar participando da criação de um jogo que é a minha cara, que é o Magistrike. Essa ideia já tem muito tempo, eu só não estava imaginando que ia acontecer tão rápido!

Acabou que através de um contato com a Nuuvem, que já ia fazer um colab com a gente, nos conectamos e acabamos falando sobre jogos, aí comuniquei que eu tinha essa vontade muito grande. Depois eles chamaram a galera da Phyrexy, e aí juntou a Nuuvem, Sehloiro e Phyrexy.

yoda financiamento coletivo jogo magistrike

Imagem: Flow Games / YoDa

Eles já têm a experiência de produção de jogos, e me perguntaram se eu tinha interesse de participar. Tivemos várias conversas, eu queria entender o modelo do jogo, até porque eu não sou o cara do RPG single player, né, eu sou mais do multiplayer.

Quando eles falaram que era uma parada especializada em multiplayer, eu falei “é isso, vambora”.

Você acha que a sua experiência com o cenário competitivo de videogames ajudou em algo na hora de desenvolver Magistrike?

YoDa: Depois que eu saí do LOL, joguei muito multiplayer. Até jogo alguns RPG single player na live, mas assim, se for colocar em porcentagem, ficaria uns 10% single player e 90% multiplayer. Eu realmente gosto muito da interação com outros jogadores.

Agrega muito ter essa experiência em jogos multiplayer, sei como é difícil criar e manter um jogo desses. É muito louco porque você fica naquelas “Ah, se eu pudesse fazer um jogo, faria assim…”. Acho que a maioria da galera hardcore, que gosta mesmo de jogar, em algum momento pensou isso, né?

E agora eu estou tendo essa oportunidade de fato. Agora eu posso fazer um jogo, então será que eu consigo fazer nessa maneira? É muito legal, é um desafio muito grande na real, apesar de a gente não ter começado a produção ativamente ainda.

Porque não estamos com o dinheiro arrecadado do financiamento coletivo, mas tivemos o investimento inicial e conversas estruturando algumas coisas internas. E só nessas conversas iniciais eu já vi que seria um desafio muito difícil e legal.

yoda

Imagem: Grupo SehLoiro

É como se eu pudesse fazer o que eu sinto falta em algumas coisas dar certo.

Você já consegue ter uma noção do tamanho da equipe com que está trabalhando para tornar o jogo realidade?

YoDa: Eu acho que vai depender muito do quanto a gente vai arrecadar no financiamento coletivo, tá muito explícito lá nas metas o que a gente quer entregar de acordo com o valor que vai ser arrecadado.

Levando em consideração que a gente vai bater com certeza a terceira meta de R$ 700.000, a gente já tem algumas pessoas no gatilho do tipo “putz, começando o projeto, você estaria a fim de entrar?”.

Então eu não posso te falar um número exato ainda, mas o que estamos focando hoje é primeiro no core gameplay do modelo extraction com os devs que nós temos. Nós já temos já o John, o cara que é o head e está ajudando todos os outros devs brasileiros a entender e criar o jogo.

league of legends

Foto: Divulgação/YoDa

No outro lado temos a parte da direção de arte, onde temos algumas pessoas engatilhadas e uma já com a gente fazendo algumas coisas, ideias de como a gente quer que fiquem os modelos dos personagens e tal.

A parte de lore nós estamos agora indo atrás de um cara para ficar como líder, de mestre de RPG mesmo. Apesar de o jogo não ser essa vibe de RPG, a gente quer criar toda uma história por trás, quem sabe até lançar um livro?

A história interfere na gameplay, tá todo mundo junto, né? Tem que ser muito fiel. A gente não quer só fazer umas coisas largadas, então estamos administrando bem essa parte.

Batendo a terceira meta a gente tem a galera do Dumativa para a parte musical, para a trilha sonora. Na comunidade a gente tem toda a galera do Sehloiro que cuida de toda a parte de mídia, social media, de chamar a galera e mostrar como está o jogo também.

Quer dizer, ele não existe ainda, então mostrando como vai ficar o jogo, mostrando o protótipo, como vai ser, um modelo novo de extraction isométrico, mostrar como vai funcionar.

E tem a galera da Nuuvem que cuida mais da parte do lançamento em todas as plataformas. Recomendo fortemente ao pessoal que comprem na Nuuvem, nossa parceira, mas o lançamento vai ser global em todas as plataformas. Eu acho que a gente tá dividido mais ou menos assim nessa etapa hoje.

E está sendo tranquilo encontrar mão de obra qualificada aqui no Brasil para o jogo?

YoDa: Não tá não (risos). A galera que é muito boa vai para fora, sabe? A gente tem uma sorte muito grande de ter uma galera aqui que tem muita experiência e é muito boa, principalmente o John, que já teve uma experiência grande com jogos multiplayer.

A gente está bem estruturados na parte dos heads, mas achar mais pessoas com experiência está sendo um desafio. Até porque a gente não quer deixar o projeto com muitos estrangeiros, a gente quer vender Magistrike como um título brasileiro.

magistrike entrevista yoda

Imagem: Nuuvem

Primeiro porque a gente quer dar essa oportunidade para a galera. Apesar de ser uma coisa ainda muito irreal, a gente está em um tempo bastante legal, já teve alguns jogos que estão saindo, igual ao RPG do Cellbit, do Jovem Nerd, a Bágdex…

Então eu acho que a gente está em um tempo bom para mostrar do que a gente é capaz, e é isso. Não está sendo fácil, para ser sincero, achar gente qualificada. Mas estamos conseguindo estruturar bem e vai ficar bacana, a galera tá muito animada para fazer algo legal.

E a reação da comunidade ao Magistrike nas suas transmissões e eventos, tem sido legal?

YoDa: O que a gente mostrou até agora foi só um protótipo, não o jogo ainda, era só para a galera ter uma ideia de como vai ser.  A gente quer fazer melhor do que aquilo. Às vezes tem gente criticando que a mecânica não está polida, mas nem existe mecânica ainda (risos).

O jogo nem começou a ser feito. Só que a gente não podia lançar um trailer sem gameplay, sem dar uma ideia de como é, porque como não tem coisas parecidas por aí, esse modelo de extraction isométrico, ia ficar muito tipo “ah, no que eu estou investindo?”, sabe? Um tiro no escuro.

Quando quero investir em algo, quero comprar, preciso ter pelo menos uma noção do que está vindo. Então fizemos essa gameplay protótipo e a ideia é criar o jogo com a comunidade. Quando finalizar o financiamento, a gente não vai guardar tudo e só mostrar quando estiver em uma fase boa.

A gente quer mostrar tudo desde o início, atualizar a comunidade pelo menos uma vez por mês, mesmo quando estiver tudo ainda feio no começo, tudo quadrado, vamos ser transparentes sobre o desenvolvimento o tempo inteiro.

Queremos fidelizar a comunidade, mostrar que quem está por trás disso são pessoas, sonhadores, não é um robô atrás de uma empresa. E também porque acreditamos demais no poder da comunidade, deles ajudarem e darem ideias, apontarem o que não está ruim ou bacana.

A comunidade pode nos ajudar a criar um jogo foda!

Inclusive quando você olha os nossos tiers, vai ver que o jogo está custando R$35. É um valor que hoje em dia no mercado achamos acessível. E tem outros níveis maiores de R$500, R$1.000, R$2.000, e um dos benefícios é participar ativimente do processo criativo.

Tem alguma novidade de Magistrike que você já possa anunciar para o público do Flow Games?

YoDa: “Uma coisa que a gente não anunciou em redes sociais ainda, só falei em lives, mas a nossa previsão é de lançar o beta no final do ano que vem. O primeiro beta é para quem comprou, só eles vão poder jogar, e a ideia é lançar no final de 2024, ou no máximo começo de 2025.”

Curtiu a nossa entrevista com o YoDa? Está ansioso pelo jogo? Compartilhe conosco a sua opinião sobre o Magistrike do YoDa a seguir!

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