
Review: ROG Xbox Ally X ainda não é um Xbox (mas é excelente)
O recente ROG Xbox Ally X está em nossas mãos e você confere aqui o review completo
Imagem: ASUS
nunciado em junho deste ano, o ROG Xbox Ally X foi anunciado e confirmou as suspeitas de que a Microsoft tinha um portátil planejado. Contudo, ele não foi exatamente o que muitos esperavam: um aparelho proprietário. Em vez disso, tivemos um OEM, ou seja, um hardware fabricado por terceiros que carrega o nome da marca.
Entretanto, não há problemas. Embora seja um PC portátil, a marca ROG Ally se estabeleceu muito bem no mercado e hoje é, potencialmente, o maior concorrente do Steam Deck. Mas como será que o ROG Xbox Ally X se comporta com o novo chip Z2 Extreme? E o Xbox Fullscreen Experience? Realmente se parece um console?
Se você tem dúvidas como essa, sem problemas. Nós passamos os últimos dias dissecando o novo ROG Xbox Ally X (o modelo mais parrudo) e trazemos aqui o nosso review completo. Confira!

Imagem: Asus/Microsoft
ROG Xbox Ally X tem hardware potente, mas não é um salto geracional
Enquanto gerações de consoles levam 7 ou até 8 anos para serem trocadas, o mercado de PCs portáteis anda aquecido e acelerado, com lançamentos constantes. Por mais que a tecnologia evolua a passos rápidos, ela ainda não dá um salto geracional que você espera – e podemos dizer algo similar do ROG Xbox Ally X em relação aos seus antecessores.
A marca Ally já é consolidada e, caso você não saiba, o ROG Xbox Ally X é o quinto produto da linha da ASUS em 2 anos. Em relação ao Ally X de 2024, a versão em parceria com o Xbox traz o chip Z2 Extreme como o coração da fera, 24 GB de memória RAM LPDDR5X e 1 TB de armazenamento. Você confere as especificações completas abaixo:
- Chip: AMD Ryzen AI Z2 Extreme
- Processador: 8 núcleos (3x Zen 5, 5x Zen 5c) e 16 threads
- Clock máximo (Zen 5): até 5 GHz
- Clock máximo (Zen 5c): até 3,3 GHz
- Clock base: 2 GHz
- GPU: chip integrado Radeon Graphics de 16 núcleos computacionais (em até 2.900 MHz)
- Memória RAM: 24 GB LPDDR5X-8000
- Armazenamento: 1 TB de SSD formato 2280
- Bateria: 80 Wh
- Conexões: 1x porta USB-C 3.2, 1x porta USB 4.0 Thunderbolt, 1x entrada de cartão micros
- Conectividade: Wifi 6E e Bluetooth 5.4
- Dimensões: 291x122x51mm
- Peso: 715 gramas
Mas o que isso significa na prática? Basicamente, o ROG Xbox Ally X tem um ganho de 15 a 20% em média em relação ao seu modelo anterior (que tinha quase as mesmas especificações do primeiro Ally, lançado em 2023). Alguns jogos podem ter apenas 10% de ganhos, enquanto outros raros casos podem chegar próximos de 30% – mas isso pode mudar com melhorias nos drivers no futuro.
É importante falar em porcentagens e não em frames por segundo para ter uma visão melhor. Em 20% de melhorias, se um jogo rodava antes em 30 fps, o novo portátil pode chegar a 36-37 fps; se antes ele rodava em 60, agora a média pode ser de 72-74 fps. É uma margem boa, mas nada gritante.

Imagem: Vini Munhoz/Flow Games
O chip Z2 Extreme do ROG Xbox Ally X tem 8 núcleos e 16 thread e é da arquitetura Zen 5 da AMD, ou seja: jogos mais famintos por processador terão performance melhor. Entretanto, creio que a GPU integrada, por ser RDNA 3.5, acabou se tornando uma escolha que pode ficar datada.
Ao não ter hardware dedicado de IA (de RDNA 4), o ROG Xbox Ally X terá suporte limitado ao vindouro FSR 4, que garante melhor desempenho e upscaling e imagem por IA similar ao DLSS, diferente da solução de software atual. Em contrapartida, a velocidade das memórias é muito boa e isso ajuda o sistema no geral, já que ela é integrada e ainda dispõe de 8 GB extras para VRAM dedicada.
Além disso, você pode ativar ou desativar núcleos do processador Z2 Extreme via Armory Crate, algo que pode dar prioridade à GPU em alguns jogos menos intensivos no processador e garantir ainda mais desempenho – mas isso só é recomendado para usuários que saibam exatamente o que estão fazendo.
Você verá benchmarks de alguns títulos nesse review abaixo, mas a potência depende de como analisamos. Sim, esse é o percentual de ganhos no absoluto máximo de potência no chip, o TDP, mas onde o ROG Xbox Ally X realmente brilha é em potências menores, de 10 a 17W.

Imagem: Vini Munhoz/Flow Games
O chip Z2 Extreme é significativamente melhor em manter boa performance em jogos com menor consumo energético, gerando saltos de 40 ou até 50% em relação ao Z1 Extreme do ROG Ally e Ally X em 15 a 17W, algo que achei muito positivo. Na prática, você tem desempenho excelente, mas gastando consideravelmente menos bateria.
Que, por falar nela, o ROG Xbox Ally X traz a mesma carga de 80 Wh do modelo de 2024, garantido cerca de 2 horas em potência máxima. Em nossos testes com um jogo AAA, com 100% de brilho de tela (inclusive após a diminuição automática após 50% de bateria) e com o RGB ligado, medimos cerca de 1h e 52 minutos de uso com 25 W de TDP.
Em 17W de TPD, essa duração pode passar das 3h30m, enquanto no modo silencioso de 13W essa duração pode passar das 10 horas dependendo do game, como algum título 2D simples. O aumento de potência de 10 para 13W no modo silencioso e de 15 para 17W no modo Balanceado ocorrem pela melhor eficiência do chip em relação ao Z1E e achei isso muito positivo.
Na parte de carregamento, notei que ele recarrega relativamente rápido até os 50% ou mais, mas demora um pouco para atingir os 100%, provavelmente para conservar a saúde da bateria. E, caso você esteja se perguntando, ele tem bypass de energia, ou seja: você pode jogar direto na tomada para extrair o máximo de potência sem medo de estragar a bateria, algo que considero muito bom.

Imagem: Vini Munhoz/Flow Games
Já a tela do ROG Xbox Ally X não possui muitas novidades, já que se trata do mesmo visor de 7 polegadas touchscreen, 1080p, 120 Hz e IPS que vemos desde o primeiro ROG Ally de 2023. Havia espaço para melhorias? Sim. Mas honestamente, esse display ainda demonstra uma qualidade altíssima com VRR e, para mim, tem o tamanho perfeito – além de que OLED encareceria ainda mais o produto.
Não subestime o design e ergonomia do ROG Xbox Ally X
Confesso que quando o ROG Xbox Ally X foi revelado em junho deste ano, o design não me convenceu. O estilo de encaixar uma tela entre abas de um controle me pareceu bem feio, vou ser honesto, mas após ter o aparelho em mãos fica evidente que foi a melhor escolha que a ASUS poderia ter feito.
A ergonomia do novo PC portátil o coloca em pelo menos no top 3 dos dispositivos mais confortáveis que já usei (e, para ser sincero, eu ainda o considero o melhor). Não só é melhor de usar, mas como a distribuição de peso nas abas laterais não cria fadiga com o tempo enquanto você joga sentado ou deitado, algo que sinto com o ROG Ally, Steam Deck e até mesmo com o Switch 2.
Além disso, o sistema de refrigeração do ROG Xbox Ally X é um dos melhores que já vi: além de extremamente silencioso, mesmo em alta carga de trabalho, a temperatura nunca ultrapassou os 80ºC no chip (o meu ROG Ally original quase levanta voo e ultrapassa facilmente a casa dos 90ºC).

Imagem: Vini Munhoz/Flow Games
E vale ressaltar: no chip, não na carcaça. O chassi nunca esquentou muito e o máximo foi eventualmente uma mão suando de leve – enquanto o meu Ally soprava vento extremamente quente nos meus dedos quando mal posicionados.
Eu ainda acho o visual do aparelho feio e ele é consideravelmente mais grosso do que os modelos anteriores, mas essa aparência certamente não se reflete no modo de uso. O que eu não gostei no novo design da linha Ally foram os botões traseiros.
O ROG Xbox Ally X continua a oferecer dois botões traseiros personalizáveis (que podem ser usados para atalhos, macros ou remapeamento em jogos), mas seu design é menor, mais difícil de acessar e, talvez, seja ruim para mãos menores. Eu prefiro o estilo antigo de botões maiores por uma boa margem.

Imagem: Vini Munhoz/Flow Games
Em contrapartida, os analógicos foram melhorados significativamente, oferecendo um tamanho ideal e menos “solto” e com atritos do produto original. O D-Pad continua excelente, os botões frontais são de altíssima qualidade, os botões de ombro são ótimos e os gatilhos têm um novo design maior e com vibrações consideravelmente melhores. Outro destaque é o botão do Xbox para funcionar melhor com a interface Xbox Fullscreen Experience.
O aparelho tem duas saídas USB-C, sendo uma delas Thunderbolt 4 para conexão de GPUs externas, uma entrada para cartão SD, agora localizada em uma região que evita queimar o componente (um dos problemas crônicos do portátil original) e uma entrada para fones P2. Além disso, vale a menção: embora o SSD de 1 TB seja excelente, você pode trocá-lo sem grandes dificuldades e há suporte para o modelo convencional 2280.
A revisão de design do ROG Xbox Ally X é ótima e combina muito bem para a jogatina portátil, se tornando um dos pontos mais positivos do aparelho.





Software: a vantagem e o calcanhar de Aquiles
Um dos chamarizes do ROG Xbox Ally X durante o anúncio era prometer a usabilidade de um console em um ambiente de PC, simplificando a usabilidade para algo mais amigável – algo que, inclusive, foi pauta de discussão e desejo em um dos nossos podcasts do Flow Games.
Mas afinal, o ROG Xbox Ally X é um Xbox? Essa pergunta não pode ser feita puramente do ponto de vista de “os jogos de Xbox rodam aqui”, mas sim se ele se comporta de forma similar a um console. E a resposta é simples, mas há nuances: não, o aparelho não é um Xbox (e está consideravelmente longe de ser um por enquanto). Contudo, ele ainda pode ser no futuro.
Vamos começar pelos pontos positivos. A interface do aparelho realmente é mais amigável e tenta mitigar o front end do Windows que pode afastar quem busca por uma experiência mais “limpa”. E, em muitos aspectos, o Xbox Fullscreen Experience até se sai bem.

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Além de ser quase 100% funcional com um controle, sem depender de mouse e teclado (ou da interface touchscreen), há alguns recursos para simplificar a vida do usuário, como configuração automática de preset gráfico para jogos e, durante o processo de review, até mesmo perfis otimizados de energia*. Reparou o asterisco? Já retomamos esse assunto.
Outro ponto interessante do Xbox Fullscreen Experience no ROG Xbox Ally X é o “Windows desinflado”, desativando diversos recursos do sistema não necessários para jogos. Isso ajuda na performance? Não, mas garante 2 GB extra de RAM para o sistema, algo especialmente útil em um aparelho que possui RAM e VRAM compartilhada.
Além disso, o Advanced Shader Delivery da Microsoft é realmente uma funcionalidade muito interessante e funcional para o usuário. Um dos pontos negativos de jogar no PC é a compilação de shaders de jogos modernos, que podem levar diversos minutos. Com essa solução, o tempo é cortado em mais de 80% e agiliza a jogatina*. Mas vamos aos pontos negativos.
Por mais que haja valor nessa tentativa, tudo isso funciona melhor na teoria do que na prática. Ao ligar o ROG Xbox Ally X pela primeira vez, toda a interface ainda é do Windows 11, requerendo sair do modo controle algumas vezes e demorando horas (mais de duas horas pelo menos) para tudo ser configurado.

Imagem: Vini Munhoz/Flow Games
E, quando ligado, não há nenhum tipo de tutorial para guiar o usuário, seja para a usabilidade no geral ou para funções importantes, como atualizações de sistema. Que, inclusive, por falar nelas, é uma grande bagunça tentar atualizar o seu aparelho: há ao menos três diferentes locais para deixar tudo em dia e nada é explicado ao usuário.
Eu já estava usando o Xbox Fullscreen Experience, tenho experiência de anos com PC e já tenho um ROG Ally, então sei como me virar, mas não necessariamente é assim para um usuário comum. Há atualizações do Windows, que são difíceis de acessar via Xbox Fullscreen Experience, atualização do próprio app do Xbox (que é via Microsoft Store e você depende de alertas) e updates do Armory Crate, da ASUS.
Inclusive, as atualizações do Armory Crate são as mais importantes, já que atualizam drivers, BIOS e mais. Entretanto, é tudo pouco intuitivo. Para um PC, isso é relativamente normal, mas não para uma experiência de console, especialmente quando comparamos com o SteamOS que requer um único botão – e vale lembrar que não há tutoriais ou indicações para o usuário, mas ocasionalmente há pop-ups notificando.
Até mesmo para mudar os planos de energia para a tela não desligar (algo que previne downloads) foi difícil de chegar sem ser pela interface do Windows convencional. Há muitos contratempos e elementos mal otimizados para a experiência de usuário.


Além disso, especialmente quando você jogar títulos da Steam ou outras lojas, é comum ver pop-ups de firewall, janelas do CMD e, em algumas vezes, até mesmo o jogo abrir e não ter a janela aberta para o usuário, requerendo trocar entre janelas.
As próprias interfaces do ROG Xbox Ally X se conflitam bastante, com o Armory Crate às vezes passando por cima do Windows ou o botão Xbox não servindo no Steam Big Picture, por exemplo.
No geral, a interface do ROG Xbox Ally X com o Xbox Fullscreen Experience parece um grande Beta, com muitas interferências comuns do Windows, problemas e bugs. A realidade, é que a experiência parece o Xbox App com um botão F11 apertado para deixar em tela cheia. Ainda há muito para melhorar.
Lembra dos asteriscos acima? Embora positivos e bem legais, eles só funcionam, por ora, em jogos do Xbox App, não da Steam, GOG e mais. E isso vale, inclusive, para jogos do Xbox Game Studios na Steam. Além disso, o Xbox Fullscreen também pode consumir mais bateria do portátil por desativar o gerenciador mais refinado de energia de cada núcleo do processador.

Imagem: Vini Munhoz/Flow Games
ROG Xbox Ally X não é um Xbox (ainda)
A experiência de usar o ROG Xbox Ally X não é ruim. Na verdade, é até um pouco melhor do que via Windows 11 convencional. Mas, por ora, dizer que é a mesma coisa que em um Xbox está longe de pintar a realidade – e anos-luz de distância da usabilidade do SteamOS, por exemplo.
É inegável que a Microsoft está trabalhando para melhorar a experiência, já que durante o período de reviews houve alguns updates que trouxeram novidades, mas ele ainda é um rascunho do que deveria ser (e honestamente não sei se um dia chegará lá).

Imagem: Vini Munhoz/Flow Games
Em breve, a Microsoft divulgou que o sistema vai lançar um indicador de sincronização de saves para garantir ao usuário que seu progresso está na nuvem, além de fazer a biblioteca do usuário deixar mais claro quais jogos rodam bem.
Mas é bom ver que o ROG Xbox Ally X está sendo aprimorado com o tempo, já que lançou oficialmente em outubro. Contudo, a estratégia foi falha aqui: o Xbox Fullscreen Experience acabou de entrar em Beta para PCs e outros portáteis, mas esse deveria ter sido o primeiro passo do planejamento.
Com a experiência refinada pelos usuários previamente, o lançamento poderia ser mais suave e próximo de um produto final, algo que ele claramente não é agora, mas acho que ele pode ser melhorado nos próximos meses.

Imagem: Vini Munhoz/Flow Games
Benchmarks: o Xbox ROG Ally X é muito poderoso
Por ser um aparelho com um salto de performance não tão grande, estava esperando um desempenho bom e bem interessante para qualquer tipo de jogo, mas nada próximo de um console. Mas, na realidade, quase tudo que eu tentei jogar, tive êxito em ter uma boa taxa de quadros e, surpreendentemente, até mesmo uma boa qualidade de imagem
Tudo que joguei nele rodou bem, me impressionei como o ROG Xbox Ally X conseguiu dar conta até mesmo dos games mais pesados. Alguns deles, inclusive, sofrem para rodar em PCs mais modestos, como Indiana Jones e o Grande Círculo (na estreia, não havia portátil capaz de rodá-lo) e The Outer Worlds 2, que é muito pesado na CPU.

Imagem: Xbox
Contudo, a Microsoft parece ter otimizado muito bem seus jogos com o tempo para que o portátil desse conta do recado, além de drivers atualizados que aparentam ter gerado um salto modesto de poder bruto (como foi o caso de Assassin’s Creed Shadows, antes quase injogável e agora rodando muito bem).
Inclusive, Assassin’s Creed Shadows é um exemplo interessante. Durante a publicação deste review, o embargo para a versão de Switch 2 já caiu e podemos fazer uma comparação. Mesmo com o Switch 2 tendo uma versão dedicada e otimizada especialmente feita para o console, o poder de fogo bruto do ROG Xbox Ally X cria uma distância gigantesca em qualidade, tanto em resolução quanto em performance.
O chip Z2 Extreme é hoje um dos mais fortes do mercado, lado a lado com produtos como o Intel Core Ultra 7 258v, mas ainda perde para builds customizadas, como o Win GPD 5, que utiliza o Ryzen AI Max+ 395, um chip para notebooks e desktops que foi encaixado em alguns PCs portáteis. Confira os resultados abaixo:
Indiana Jones e o Grande Círculo (Baixo, 1080p, XeSS Qualidade)
- 17W – áreas densas (31-32 fps), local fechado (35-36 fps)
- 25W – áreas densas (39-41 fps), local fechado (44-45 fps)
- 35W – áreas densas (39-42 fps) , local fechado (46-48 fps)
- Com frame generation em 35W – 64-70 fps


The Outer Worlds 2 (Baixo/Médio, 1080p, FS3 Equilibrado)
- 17W – local fechado (30 fps), cidade e mundo aberto (22-25 fps)
- 25W – local fechado (25-37), cidade e mundo aberto (27-32 fps)
- 35W – local fechado (40 fps), cidade e mundo aberto (30-35 fps)


Doom The Dark Ages (Modo Portátil, 1080p com resolução dinâmica para atingir 60 fps, FSR 3 Equilibrado)
- 17W – 50 a 60 fps (resolução dinâmica mais agressiva)
- 25W – 55 a 65 fps



Assassin’s Creed Shadows (Baixo, 900p, FS3 Qualidade)
- 25W – mundo aberto (40 a 45 fps), local fechado (45 a 60 fps)
- 35W – mundo aberto (42 a 47 fps), local fechado (47 a 60 fps)




Black Myth Wukong (Médio, 1080p, FSR 3 Qualidade)
- 25W – 33 a 35 fps
- 35W – 37 a 40 fps




Silent Hill 2 (Baixo, 720p, XeSS Qualidade)
- 17W – 28 a 35 fps
- 25W e 35W – 35 a 45 fps
- 25W e 35W (900p) – 29 a 32 fps


*Gostaríamos de fazer testes com Cyberpunk 2077, mas o jogo apenas crashava. Além disso, vale reforçar que games como Silent Hill 2 e outros títulos com Unreal Engine 5 possuem problemas crônicos em chips portáteis e não ativam iluminação global.
ROG Xbox Ally X vale a pena?
Sem dúvida alguma, o ROG Xbox Ally X é um excelente portátil. Na realidade, talvez um dos melhores que temos hoje no mercado. Boa usabilidade, design ergonômico, boa duração de bateria, potência na medida certa e, apesar dos tropeços, uma interface mais amigável que o Windows convencional.
E, como todo bom parágrafo que gera antecipação, existe um “mas” nessa história. O ROG Xbox Ally X custa R$ 9.999 oficialmente no Brasil (e US$ 999 nos EUA). É um preço elevado, mas curiosamente está muito competitivo com o cenário de portáteis e não está fora da realidade com os concorrentes. Então qual é o problema?

Imagem: ASUS
A realidade é que o ROG Xbox Ally X tem uma concorrência com “ele mesmo”: não o próprio produto, mas sua própria linha. A ASUS já retirou o Ally de 2023 das prateleiras, mas não é difícil encontrá-lo por R$ 4.500 a R$ 5.000 em algumas lojas. Usado, esse valor pode cair para até R$ 3.500.
E, se você me acompanhou até aqui, viu que a performance é excelente e a bateria é ótima, mas não são saltos gigantescos em relação ao seu modelo anterior. Nos cenários mais otimistas de 20% de desempenho extra, é difícil justificar pagar o dobro ou até mais.
Há outros PCs portáteis, como o Lenovo Legion Go S, que vai te economizar alguns milhares de reais na hora da compra e ainda garantir uma boa performance. A realidade é que novos produtos têm encarecido globalmente, mas sem trazer grandes saltos de performance, como é o caso do ROG Xbox Ally X.

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Além disso, o Xbox Fullscreen Experience não é ruim e traz um certo valor para quem quer uma experiência mais similar a de um console, mas ele tem muito a melhorar e está muito atrás do SteamOS. Na realidade, tão atrás que o meu desejo é só retirar o Windows do ROG Xbox Ally X e inserir o SteamOS, que agora tem suporte oficial na linha Ally da ASUS.
Não me entenda mal. O ROG Xbox Ally X é mais do que bom e beira a excelência, mas o preço é salgado. Se eu tivesse o dinheiro para investir em um, ele certamente seria a minha escolha número 1 de preferência, mas é bom saber que existem alternativas ótimas para bolsos menos recheados.
O ROG Xbox Ally X foi gentilmente cedido pela Microsoft para a realização desta análise.

ROG Xbox Ally X
O ROG Xbox Ally X tem uma excelente performance, ótimo tempo de bateria, design ergonômico e interface mais amigável, mas é bem salgado e ainda requer melhorias no modo "console".
Prós
- Desempenho muito bom e com jogos otimizados
- Extremamente ergonômico e confortável de usar
- Xbox Fullscreen é melhor que Windows 11 normal para uso
- Excelente duração de bateria
- Melhorias de drivers e softwares chegam regularmente
Contras
- Xbox Fullscreen Experience ainda deixa a desejar
- Ergonômico, mas não é o portátil mais bonito do mercado
- Ótima performance, mas sem um salto geracional
- Preço salgado











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