Crash a caminho? Embracer Group cancelou 29 jogos em 6 meses

Em mais uma evidência do quão insustentável é o atual modelo de videogames pautado em aquisições sem fim e inúmeras demissões, o Embracer Group confirmou ter cancelado nada menos do que 29 jogos ao longo dos últimos seis meses.

Como parte de seu plano de reestruturação, sabemos que no primeiro trimestre desse ano fiscal, encerrado em junho, ela tinha 153 projetos em andamento entre estúdios internos e financiamentos externos. Dali em diante, as coisas desandaram feio.

Embracer Group continua cancelando jogos e prejudicando trabalhadores

No segundo trimestre o total caiu para 138 e, finalmente, para 124 no terceiro trimestre, em dezembro. É essencial notar que ao longo desse período a sua mão de obra foi reduzida em 8%, o que concretamente levou a 1.387 demissões. Foram cortados 871 desenvolvedores internos, 264 externos, e 252 funcionários internos que não trabalhavam ativamente com desenvolvimento.

Segundo Lars Wingefors, o CEO da Embracer, “ainda falta completar alguns processos que fortalecerão o nosso equilíbrio financeiro. Estamos na reta final e esses processos já estão maduros”.

São tempos particularmente sombrios para as empresas de games que não operam no oriente. Com o custo crescente dos jogos, um modelo pautado em muitas aquisições e demissões, e cada vez mais cancelamentos, já podemos vislumbrar alguns sinais de que há um possível crash a caminho caso as coisas continuem como estão.

Prestamos todo o nosso apoio e solidariedade a todos os trabalhadores que perderam os seus empregos na busca incessante da Embracer Group por mais estúdios.

Fonte: Videogameschronicle