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Epic Games explica por que não processou Sony, Nintendo e Xbox

Afinal, as batalhas legais eram sobre as lojas digitais, então por que a Epic Games processou Apple e Google, mas não as demais?

04.12.2023 às 13:30

No passado, vimos uma batalha legal gigantesca entre a Epic Games e Apple (com a vitória da empresa da maçã) e posteriormente uma da Epic contra a Google, que ainda está em andamento. O motivo: burlar as regras das lojas digitais e disponibilizar Fortnite “por fora”, evitando o pagamento de comissão pelas microtransações.

Contudo, por que isso também não ocorreu com as empresas de console, como PlayStation, Xbox e Nintendo? Afinal, todas essas companhias também cobram uma fatia por cada venda em suas lojas.

epic games store

Imagem: Epic Games

Por que a Epic Games processou somente Apple e Google?

Durante parte do julgamento entre o impasse legal contra a Google, a Epic Games explicou que a situação com os consoles é diferente. Para Randy Gelber, CFO da companhia, as fabricantes de console precisam compensar o subsídio pela criação do hardware com as vendas digitais, o que as diferenciam de Apple e Google.

Não é novidade que Sony, Microsoft e Nintendo perdem dinheiro com seus consoles, já que a prática comum é lançá-los com preço abaixo do seu custo de produção para garantir uma base sólida de jogadores – e ganhar dinheiro ao longo dos anos com vendas de software e comissões.

epic games apple

Imagem: Epic Games

Além disso, o executivo citou que o suporte para os apps dependem totalmente da desenvolvedora no mercado mobile, cenário que muda bastante no cenário dos consoles. Portanto, para Gelber da Epic Games, a situação das empresas de consoles é diferente de Apple e Google.

Apesar de trazer pontos relevantes, o CFO da Epic Games não comentou que tanto a Google quanto a Apple também produzem seu próprio hardware (especialmente no caso da Apple, que o ecossistema do iOS não existe em outros aparelhos).

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Imagem: Google

Entretanto, relatórios fiscais mostram que as companhias não perdem dinheiro com cada hardware produzido, diferente dos videogames de mesa e portáteis, o que mudaria esse cenário. E aí, Randy Gelber está certo em distinguir mobile de consoles? Teremos que esperar para ver o resultado do julgamento entre a Epic Games e a Google.

Fonte: via Eurogamer

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