Hands-on: confira nossas primeiras impressões de Blue Protocol
Recentemente, o Flow Games esteve em Los Angeles para testar Blue Protocol, o novo MMO da Amazon Games
pesar de a Summer Game Fest deste ano já ter acabado há um tempinho, o Flow Games ainda tem uma última novidade desvendada durante o evento: nossa experiência hands-on com Blue Protocol, um dos próximos grandes lançamentos da Amazon Games no Ocidente.
Esse nosso contato com o MMORPG produzido pela Bandai Namco estava sob embargo até esta semana, mas, agora, finalmente podemos falar um pouco mais a respeito da jogatina – que, inclusive, acaba de receber um belíssimo trailer de combate aqui no Brasil.
Da mesma forma que aconteceu com nosso preview de Throne and Liberty, dividimos o conteúdo de Blue Protocol em duas partes: uma matéria de primeiras impressões, que você confere nesta publicação, e uma entrevista recheada de informações com um dos executivos por trás do game, que estará no ar muito em breve.
Sem mais delongas, bora conferir o que achamos do título em nossa aventura realizada em Los Angeles, durante o Play Days da Summer Game Fest 2023.
Mergulhando em Blue Protocol
Ao todo, tivemos cerca de 50 minutos para nos aventurar pelo mundo de Regnas, o cenário de fantasia e magia de Blue Protocol. O tempo é semelhante ao do nosso teste rápido com Throne and Liberty, mas com uma estrutura bem diferente.
No MMORPG next-gen da NCSoft, a proposta foi de experimentar o trecho inicial da campanha sem interrupções, reproduzindo exatamente o que você vai encontrar no game pela primeira vez. Na jogatina com visual anime, no entanto, tudo foi dividido em 3 seções distintas – quase sem tocar na trama principal do jogo.
Primeiro, engatamos uma exploração inicial do mapa, com heróis começando do zero. Depois, encarnamos personagens mais poderosos para dar uma olhadinha em áreas mais avançadas. Por fim, encaramos uma dungeon repleta de desafios – mas com ótimas companhias.
Bem-vindo à Regnas
A introdução a Blue Protocol não poderia ser melhor: você já começa num combate massivo que ensina os comandos básicos de ação da jogatina – tudo extremamente fluido e divertido. Depois, é recebido por uma abertura ao melhor estilo anime, com trilha sonora épica, belíssimas animações e um gostinho do que você vai encarar na brincadeira.
Após essa apresentação de impacto, somos convidados a criar nosso próprio herói ou heroína. Mesmo sendo mais simples do que as telas de criação de personagens de outros jogos do estilo, o MMO traz uma bela seleção de opções e customizações para o seu avatar.
Essas escolhas vão desde o sexo do aventureiro até sua altura, cor dos cabelos, compleição facial e até mesmo estrutura corporal. Ainda é possível mudar coisas como pose e iluminação para ter uma ideia melhor do resultado de suas escolhas.
Com a parte visual concluída, chega a hora de escolher que tipo de personagem você será no mundo de Regnas. Ao todo, Blue Protocol estreia com 5 classes distintas: Blade Warden, Keen Strider, Spell Weaver, Twin Striker e Foe Breaker.
Blue Protocol estreia com 5 classes distintas: Blade Warden, Keen Strider, Spell Weaver, Twin Striker e Foe Breaker.
No teste realizado na SGF, fomos no Spell Weaver para brincar com o sistema de magias do game e experimentar um pouco do combate à distância. A escolha foi perfeita, uma vez que após finalizarmos o processo de criação fomos colocados no trecho introdutório da campanha principal e pudemos conferir na prática como os feitiços funcionam – com alguns deles gerando recursos enquanto outros gastam para gerar efeitos poderosos.
Durante essa etapa, também somos apresentados a Feste, uma aparentemente simpática garota-demônio que serve de guia para o jogador iniciante. Não demora para que a menina revele que só tem um rostinho inocente, enganando seu herói para que ele trabalhe de graça para ela e ajude a quitar suas dívidas.
Parece um tema pesado, mas é tudo feito com muito bom-humor, diálogos bem construídos, cutscenes primorosas e animações de alta qualidade. Em questão gráfica, aliás, Blue Protocol dá um show e vai além do que outros títulos com o mesmo tipo de design – pense em Genshin Impact e Honkai Star Rail, por exemplo – entregam.
Sim, o cel shading é bem similar ao que já vimos no mercado, mas os traços de personagens e NPCs tem um peso diferente, com imperfeições (positivas) que dão a impressão de que eles foram feitos à mão. Outro detalhe impressionante? A animação da boca durante as conversas traz menos quadros do que o restante da cena, uma referência clara a como isso funciona em animes de verdade e um resultado muito charmoso para o produto.
A música, os efeitos sonoros e a dublagem acompanham o ótimo nível gráfico de Blue Protocol, causando uma imersão quase imediata na jornada do MMO e em seu universo.
Começando com o pé direito
Por falar em universo, pouco depois de concluirmos a porção inicial da campanha, fomos liberados para explorar a região com bastante liberdade. Ainda na cidade, hubs de missões chamam atenção para quem busca quests principais ou tarefas secundárias, com outros tantos NPCs circulando pelo local para bater um papo ou pedir sua ajuda.
É quando você coloca os pés no mundo aberto, no entanto, que tudo fica mais tangível. Divididos em zonas distintas e recomendadas para diferentes faixas de nível, cada cenário é bastante vasto e muito, muito bonito – e colorido!
Nesse primeiro contato com o ambiente, pudemos nos acostumar melhor com a movimentação do game, que segue o básico do WASD e teclas para pular, correr, interagir com objetos, além dos botões do mouse para realizar ataques rápidos ou pesados.
No nível 1, você ainda não tem todas as habilidades (ou a malemolência) para sentir como se o seu aventureiro fosse realmente poderoso, mas é um gameplay bem gostosinho e que te convida a avançar cada vez mais enquanto detona coelhos, cobras, seres elementais e outros bichos fofinhos.
Uma dose de poder em Blue Protocol
Tudo isso mudou de figura quando fomos instruídos a voltar à tela de seleção de personagens e escolher 1 entre os 5 heróis de alto nível disponíveis para testes – cada um representando uma das classes oferecidas no game, é claro.
Para termos um melhor senso de progressão e escala, fomos mais uma vez no Spell Weaver, com a proposta de nos aventurarmos por outros dois mapas reservados a jogadores de nível 20 ou mais. Ah, agora sim: com a barra cheia de skills, equipamentos melhores e inimigos à altura, o combate de Blue Protocol fica ainda mais prazeroso.
Afinal, em vez de apenas alternar entre ataques básicos e fortificados, você pode escolher entre um leque muito maior de opções de golpes. Isso vai desde magias em área devastadoras, cooldowns maiores e mais poderosos, e ferramentas de controle de grupo – ideias para lidar com packs maiores de monstros ou para fugir se a coisa apertar.
Nesse ponto, também pudemos brincar com o sistema de mounts, utilizando uma montaria muito bacana para circular pelo cenário mais rapidamente e encurtar distância após usar os teleportes globais espalhados pelo mundo.
Mas, vale reforçar, foi o treino extra com mais skills e bichos mais fortes que nos preparou para o que vinha a seguir: uma dungeon desafiadora.
Multiplayer na prática
De surpresa, o pessoal da Amazon Games interrompeu nossa exploração da região de nível mais alto para apresentar uma tarefa: nós iríamos ingressar numa das masmorras de Blue Protocol, mas, para isso, teríamos que nos juntar a outras 5 pessoas.
Nada de bots ou outros devs para completar o time, nossos companheiros de dungeon foram outros jornalistas e produtores de conteúdo que estavam no mesmo local, testando a jogatina bem perto da gente.
O grupo começou tímido, mas não demorou para que os grupos de mobs, alguns puzzles menores e minibosses salpicados pela instância fizessem com que a comunicação do time se tornasse mais intensa e vocal.
Na luta contra o chefão final da incursão – que tomou boa parte desse trecho derradeiro de testes –, pedidos para usar atordoamentos, soltar uma cura ou dar aquela “ressada” se tornaram mais comuns. Quando o bicho finalmente foi ao chão, a sessão acabou em risos e palmas de toda a party, tanto no mundo virtual quanto no real.
Segundo um dos desenvolvedores que acompanhava nossa experiência com Blue Protocol, a ideia é que, quando for lançado, o jogo traga um sistema de chat de voz integrado justamente para reproduzir essa sensação de boa comunicação e trabalho em equipe.
Blue Protocol – Considerações finais
Apesar de não termos gastado nem 1 hora inteira jogando Blue Protocol, a sessão nos deixou uma impressão extremamente positiva. A jogabilidade é fluida, os gráficos chamativos, toda parte sonora soberba e a diversão está claramente integrada ao produto.
Blue Protocol nos deixou uma impressão extremamente positiva.
Por termos tido uma experiência que contou com a curadoria minuciosa da publisher do título no Ocidente, no entanto, pode ser que nossa percepção seja diferente da que os jogadores tenham com a produção final. No entanto, duvidamos seriamente que isso vá acontecer, uma vez que foi possível captar logo de cara que o título possui uma base sólida.
Ou seja, cabe a dupla formada por Bandai Namco e Amazon Games garantir que esse alicerce seja bem utilizado para capturar e manter o interesse do público ao longo do tempo. Elementos como monetização, adaptação para o público Ocidental e cadência de conteúdo podem definir o sucesso ou não do projeto.
Todos esses, é claro, são tópicos que abordamos na entrevista que fizemos com o pessoal da Amazon Games lá em Los Angeles e que você confere em breve aqui no Flow Games. Seja como for, todos nós teremos mais oportunidades de tirar nossas próprias conclusões sobre o jogo antes de sua estreia.
Isso porque Blue Protocol tem lançamento programado para 2024 no Ocidente, mas ainda sem uma data ou janela de tempo específica. O jogo terá versões para PlayStation 5, Xbox Series X/S e PC, e deve receber um Beta fechado até o final deste ano.
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Marcelo Rodrigues, editor do portal do Flow Games, viajou a Los Angeles e acompanhou todas as novidades do Summer Game Fest 2023 – incluindo Blue Protocol – à convite da Amazon Games.
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