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TRETA! Líder da Epic xinga Valve, que só diz: “Tá bravinho?”

O CEO da Epic chamou de "babacas" os responsáveis da Valve ao esbravejar sobre políticas da Steam

14.03.2024 às 14:02

Farpas foram trocadas entre Tim Sweeney, o líder da Epic Games, e a Valve, empresa proprietária da Steam.

Sweeney chamou de “babacas” os contratados de Gabe Newell, dono da Valve, e recebeu uma resposta que certamente fez subir o sangue do executivo. Entenda essa treta!

Valve para a Epic: “Tá bravinho?”

O conflito se resume a uma questão de política de preços. Atualmente, a Valve está envolvida num processo antitruste, nos EUA, com o estúdio Wolfire, que alega domínio da empresa de Newell no controle de preços de jogos sobre os serviços rivais. Até aí, essa é uma questão que os serviços estão sujeitos a enfrentar corriqueiramente.

Nesse caso, o fato curioso está nos autos do processo: eles revelam interações espinhosas entre o chefe da Epic e dois líderes da Valve, Newell e Scott Lynch, COO da empresa. A conversa ocorreu entre 2017 e 2018 e só agora veio a público, graças a esses documentos.

steam

Imagem: Steam

Na troca de e-mails, em que também foi mencionado o longo embate entre Epic e Apple, Sweeney reclama da taxa de 30% sobre as vendas na Steam. “Existiram bons argumentos [para essas taxas] no começo, mas a escala agora é alta e os custos operacionais foram reduzidos, enquanto a rotatividade de lançamentos de novos jogos é tão rápida que o breve marketing ou o valor de aquisição do usuário que a vitrine oferece é muito desproporcional à taxa”, argumentou o chefão da Epic.

Ele continuou: “Aposto que a Valve obteve mais lucro com a maior parte dos próximos 1000 do que o próprio desenvolvedor. A matemática para chegar lá é de 30% para a Valve, 30% para marketing e 15% para custos de servidores/engines, então o sistema fica com 75% e isso deixa 25% para realmente criar o jogo, pior do que a economia de distribuição no varejo na década de 1990”, escreveu.

Acima você obteve um pouco de contexto sobre a rusga entre as duas partes. A interação teria ocorrido em 2017 e não houve um desfecho divulgado para essa conversa específica. Mas já deu para entender o “ranço” de cada lado. E é aí que, em 2018, após algumas mudanças nas políticas da Steam, Sweeney fez outra abordagem, dessa vez nem um pouco cordial.

Na época, a Valve aplicou mudanças em royalty. E a Epic Games Store estava se preparando para chegar ao mercado (bem como a árdua batalha entre Epic e Apple, que já se tornou “endêmica”). Em e-mail enviado a Gabe Newell e Scott Lynch, ambos da Valve, o líder da Epic fala de seus problemas com a Apple e cita a loja da Epic, que seria concorrente direta da Steam. A taxa de Epic seria apelativa: 12%. O que Sweeney buscou, portanto, foi uma resposta da Valve a isso, no sentido de que as duas partes (Valve e Epic) poderiam unir forças contra a Apple.

Mas o cara não foi feliz em sua abordagem: “Neste momento, vocês, babacas, estão dizendo ao mundo que os fortes e poderosos obtêm termos especiais, enquanto 30% são para os pequenos. Todos enfrentaremos uma batalha prolongada se a Apple tentar manter seu monopólio e 30% fechando acordos de bastidores com grandes publishers para mantê-las caladas. Por que não oferecer a TODOS os desenvolvedores um negócio melhor? Qual a melhor maneira de convencer rapidamente a Apple de que seu modelo agora é totalmente insustentável?”, esbravejou.

A resposta de Lynch, COO da Valve, foi simplesmente essa: “Tá bravinho, bro?“.

O processo no qual esses documentos surgiram é muito maior do que isso, mas essa interação do passado recente mostra como um fogo pode ser apagado brevemente numa troca calorosa de e-mails – e como o líder da Epic definitivamente não soube fazer isso.

Via PC Gamer

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