Ubisoft Montreal quebra promessa e enfurece funcionários

Sem dúvidas, 2020 foi um ano desafiador de muitas maneiras para todos nós e, entre as dificuldades, veio a adaptação para trabalhar em formato de home office, algo que a Ubisoft Montreal abraçou de vez e fez uma promessa significativa: todos os funcionários que quisessem manter essa forma de trabalho remota poderiam adotá-la permanentemente.

Contudo, a parte “permanente” não foi tão longeva quanto pareceu em um primeiro momento. Recentemente, a divisão da companhia anunciou que todos os funcionários, com exceção daqueles em regime especial, devem voltar aos escritórios a partir do dia 11 de setembro.

Imagem: Ubisoft

Você deve imaginar que a decisão da desenvolvedora não foi bem-recebida pelos funcionários: afinal, com essa promessa, muitos planejaram e fizeram escolhas para se adaptar a este modelo de trabalho, algo que está sendo revogado agora. Por conta disso, aparentemente há um clima de tensão na companhia.

Entre as reclamações estão relatos de que os escritórios de Montreal já tiveram diversos problemas severos, como vazamentos de água, infestações de ratos, insetos e até “falta de benefícios comuns”, sem especificar exatamente o que é isso.

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Por que a Ubisoft forçou a volta do trabalho presencial?

Oficialmente, o motivo é bem protocolar e algo que já vimos em outros locais com os mesmos argumentos: melhorar a proximidade pessoal entre a equipe e coisas do tipo. Entretanto, analistas de mercado e os próprios funcionários têm uma outra teoria para isso.

Segundo especulação, essa pode ser uma jogada da Ubisoft para reduzir a equipe de funcionários. Como? Basicamente, empregados infelizes tendem a pedir as contas e buscar novas oportunidades (desta forma, a Ubisoft não demite ninguém, não paga benefícios nem lida com crises de imagem com os temidos “layoffs”).

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De acordo com os rumores, isso seria uma maneira de enxugar o quadro de funcionários, já que a empresa passa já há um tempo por problemas financeiros. Há anos, a companhia também tem sido alvo de críticas, como salários baixos, crunch e até abuso moral e sexual.

Se olharmos um pouco mais no passado, esse foi o caso com a Blizzard após essa medida: muitos empregados, descontentes com a decisão, deixaram a empresa em massa, algo que pode se repetir com o caso da Ubisoft.

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Em resposta ao portal IGN, a empresa revelou que quer criar um sentimento de “pertencer a um lugar” quando se trabalha presencialmente, além de melhorar a produtividade com relações pessoais mais próximas, alcançar uma sinergia maior e ter processos que funcionam melhor pessoalmente.

Entretanto, a Ubisoft também revelou que está em processo de transição e todos os problemas estão sendo discutidos individualmente com cada funcionário, priorizando para que o bem-estar de todos seja a prioridade.

Fonte: via GameRant