
Imagem: Rockstar Games
GTA e PS2: como a Sony assegurou seu maior acordo de exclusividade
A história de GTA está muito entrelaçada com a do PlayStation, e Xbox também tem papel nisso
Não é segredo para ninguém que as histórias de Sony e Rockstar estão entrelaçadas com PlayStation e GTA, respectivamente, especialmente na geração PS2, quando o mundo conheceu GTA 3 e tudo que veio depois dele.
Um artigo recentemente publicado pelo IGN realça algumas curiosidades em torno daquele que talvez tenha sido o maior acordo que a dona do PlayStation fez em sua história. Confira!
GTA e PS2: relação íntima
Foi em conversas de bar, ou melhor, happy hours pós-expediente em pubs, que Chris Deering, presidente da Sony Computer Entertainment da Europa no início dos anos 2000, começou a perceber o potencial de um acordo. Os GTAs originais, aqueles de câmera aérea, até venderam bem, mas não alcançaram clamor público (ou de críticos) tão alto assim.
Sabendo que o PlayStation estava com uma nova geração de consoles à frente – o PS2 – e que haveria um competidor inédito no mercado, o Xbox, de ninguém menos que a gigante Microsoft e cujo protótipo foi apresentado pelo próprio Bill Gates, o executivo da Sony iniciou conversas mais ousadas com parceiros, incluindo a Take-Two, dona da Rockstar. Ele sabia que precisava de um exclusivo que pudesse estremecer o mercado.

Imagem: Rockstar/via ScreenRant
Deering e David Reeves, então líder de marketing da Sony da Europa, marcaram encontros com várias publishers, populares e impopulares. Um deles foi com a Take-Two, dona da Rockstar. O jogo State of Emergency foi citado como “gratuitamente violento” pela Sony, o que deixou os executivos da Take-Two céticos para avançar numa possível negociação com GTA 3.
“Ouvimos suas reclamações. Expliquei a nossa posição e que ajustes poderiam ser feitos para um compromisso aceitável. Perguntamos se poderíamos fazer uma exclusividade em GTA e outro jogo, com o conhecimento prévio de que GTA estaria fazendo algo original”, disse Zeno Colaço, então vice-presidente de relações entre publishers e desenvolvedores na Sony da Europa. A ideia era assegurar a exclusividade para um anúncio na E3 2000.
As conversas avançaram e a Sony, entendendo que precisava expandir sua presença no Ocidente e que GTA tinha um aspecto cultural americanizado, até ajudou no desenvolvimento, relata Obbe Vermeij, desenvolvedor que trabalhou por muitos anos na empresa e passou por suas franquias mais importantes, eventualmente servindo como fonte de curiosidades de seu tempo por lá num blog pessoal. A Sony teria enviado cerca de 20 dev kits de PS2 (e eram raros).

Imagem: GTA Forums
E o resto é história. “Tipicamente, um jogo venderia bem por três ou quatro meses e depois simplesmente morria. Com GTA 3, não foi assim. Vendeu bem, mas depois não morreu. Continuou vendendo porque as pessoas falavam aos seus amigos e o jogo era escolhido organicamente. E assim continuou”, relata Vermeij.
E sim, a Sony cumpriu sua parte muito bem, segundo o artista. “Sabíamos que a Sony estava muito ligada nisso e prometeram um monte de marketing e entregaram tudo”, contou.
“Eles chegaram ao Sunset [hotel em que uma das conversas ocorreu] para reclamar. Saíram com US$ 2 milhões que não estavam esperando. E fizemos o melhor acordo de exclusividade de todos os tempos!”, enalteceu Colaço.
Posteriormente, e até os dias atuais, GTA foi disponibilizado em outras plataformas, mas é com a Sony que a Rockstar mantém um acordo de marketing para divulgações, incluindo trailers e gameplays exibidos a partir de capturas no PlayStation, entre outras coisas. E aí, nada como umas bebidas e um “clima de boteco” para fazer uma das negociações mais históricas dos games, não é mesmo?
Fonte: IGN
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