Videogames são proibidos na seleção de futebol da Itália
Para o técnico da seleção italiana, é inaceitável que os atletas passem a madrugada toda jogando videogames
Parece que o clima ficou sério na concentração do time da seleção italiana de futebol. Para Luciano Spalletti, novo técnico do time, é inaceitável ter videogames disponíveis para os atletas jogarem a madrugada toda no dia anterior de uma partida importante. Por conta disso, os consoles estão proibidos a partir de agora.
De acordo com o técnico, essa é uma medida para que os jogadores tenham foco e responsabilidade em realizar performances que os fãs e torcedores da Itália merecem – especialmente se lembrarmos que a seleção italiana ficou de fora das duas últimas edições da Copa do Mundo.
Proibir videogames na concentração: será que dá certo?
As informações sobre a proibição de videogames na concentração da seleção vieram através de uma entrevista de Luciano Spalletti ao jornal La Gazzetta dello Sport, em que o técnico revelou que os atletas devem “deixar seus PlayStation em casa” e que o objetivo é ganhar o jogo do dia seguinte, não as partidas de Call of Duty da madrugada.
A decisão de banir videogames na seleção da Itália vem em conjunto de uma limitação severa do tempo em que os jogadores profissionais podem passar em seus celulares.
Apesar de a medida ser polêmica e parecer uma aversão aos produtos tecnológicos, para Spalletti esse não é o caso: o objetivo é que os atletas tenham responsabilidade e não abusem, descansando e reunindo o foco para a partida de futebol – e não necessariamente um preconceito com tecnologias.
Eu tolero celulares, mas não durante os tratamentos ou massagens. Eu falei sobre videogames porque há coisas que eu não gosto. Se modernidade é jogar PlayStation até às 4h da manhã com uma partida no dia seguinte, então não funciona. A garotada hoje em dia prefere colocar uma foto no Instagram com o novo penteado do que abaixar a cabeça e trabalhar. Esses não são os valores que a minha Itália deve transmitir. Vocês vêm à Nazionale para ganhar a Eurocopa, não para ganhar no Call of Duty”
Apesar de a medida ter um fundamento lógico, será que ela terá efeito? Afinal, os jogadores podem usar o tempo livre da madrugada para usarem seus smartphones sem nenhuma fiscalização: é mais sobre disciplina do que aversão à tecnologia.
A Eurocopa acontece em junho e, para o técnico Luciano Spalleti, ele “quer ganhar a Eurocopa e a Copa do Mundo, não apenas participar”. E aí, será que a proibição vai render frutos?
Fonte: La Gazzetta dello Sport/via Adrenaline e Pledge Times
Comentários
Na minha humilde opinião, isso (de jogar videogame) não tem nada a ver com o desempenho de um jogador profissional. Obtenção de concentrar | foco vem de pessoa a pessoa. Advém da disciplina dela. E vou mais além: creio que esse tipo de entretenimento faria bem para a mentalidade dos esportistas de alto de rendimento, visto que a pressão do dia a dia beira (uma linha tênue) a ser desumano. E tirar esse lazer, seria de tal crueldade sem tamanha. Além de ser imbecil do Gestor que pensou nisso.